Imagine uma cidade com menos de 30.000 habitantes e centro de
um território com, aproximadamente, 100.000 almas, famosa em todo o mundo por
seus vinhos, gastronomia e chocolates (Ferrero Rochet), que num raio de 25 quilômetros
abriga mais de 300 restaurantes.
Imaginou e pensou em Alba?
Acertou!
Sem sombra de dúvidas, Alba e as aldeias que o circundam, é um
dos lugares em que melhor se come na Itália e no mundo.
Exagero?
Então reclame com a guia Michelin que concedeu suas famosas
estrelas para 17 restaurantes da região.
O número é surpreendente na medida em que sabemos que os
franceses, da Michelin, não são pródigos na distribuição de estrelas fora da
França.
É fácil deduzir, então, que a concorrência obriga os
restaurantes locais a se superarem constantemente.
Nesta “guerra” é preciso sempre renovar, ser competente,
profissional e atento à concorrência.
Não conheço, nem poderia, todos os restaurantes da região, mas
uma centena, ou mais, foram visitados, avaliados e comentados aqui em B&B.
Quando ainda tinha saco para acompanhar grupos de turistas,
percorrendo as vinhas das Langhe, sempre procurei escolher os melhores e mais representativos
endereços gastronômicos para apresentar aos meus hospedes.
No final, de cada giro, a clássica pergunta: “Qual foi o melhor restaurante?”
Todos, repito, todos e sempre apontavam o “BERCAU”, de Verduno,
como o melhor endereço da viagem.
O “Bercau”, acrônimo de Bergamin e Cauda, sobrenomes dos sócios proprietários do
restaurante, nasce, há mais de 15 anos, em uma antiga propriedade da prefeitura
de Verduno.
O Gian Alessandria era cliente assíduo de um restaurante, em
Cinzano, pertencente ao magnata Oscar Farinetti (Borgogno e Fontanafredda entre
outros) e gerenciado pelos dois rapazes.
Ao tomar conhecimento que a prefeitura de Verduno procurava
alguém competente e que se dispusesse a tocar um restaurante na cidade, pensou
imediatamente em Massimo Bergamin e Gianni Cauda.
As conversas foram se aprofundando, as arestas aparadas, os
valores acordados e finalmente a “Trattoria Dai Bercau” abriu as portas em uma
ruazinha escondida na, também, escondida Verduno.
Já se passaram mais de 15 anos e a “Trattoria dai Bercau”,
apesar do difícil acesso, de não estar localizada em uma cidade eminentemente turística,
não ostentar uma placa indicativa sequer na fachada, não conheceu um momento de
crise.
A “Trattoria dai Bercau” é um fenômeno gastronômico
conhecido e comentado no mundo todo.
Dois: a grande cozinha de Gianni Cauda e o savoir-faire na sala
do competentíssimo Massimo Bergamin.
Dois jovens brilhantes, trabalhadores incansáveis, matéria
prima de primeira, carta de vinhos inteligente…como fracassar?
Impossível!
A crise passou longe da “Trattoria dai Bercau”.
O local foi obrigado a
aumentar o número de mesas, de funcionários, além de expandir e modernizar a
cozinha.
Nesta temporada de trufas,
quem visitar Alba e arredores deve dar uma desviada, conhecer Verduno, beber algumas
taças do ótimo Pelaverga
do Alessandria, jantar no “Dai Bercau” e apertar as
mãos dos meus amigos Massimo e Gianni.
Não perca os famosos antepastos (mínimo de cinco), os risotti,
agnolotti, massas (mínimo três variedades), o coelho, galinha de angola, cordeiro,
brasato al Barolo etc.
Antes de pagar, os
costumeiros 28/35 Euros, termine o pantagruélico jantar com um dos doces (não
perca o Brunet) da casa.
BERCAU, impossível não gostar.
Imagine uma cidade com menos de 30.000 habitantes e centro de um território com, aproximadamente, 100.000 almas, famosa em todo o mundo por seus vinhos, gastronomia e chocolates (Ferrero Rochet), que num raio de 25 quilômetros abriga mais de 300 restaurantes.
ResponderExcluirBENTO GONCALVES???
Acertou na mosca!!!!
ResponderExcluirBacco, esses vinhos em pé e expostos à luz do sol é o grande serviço de vinhos do Piemonte na Europa??No verão tmbm deve ser assim com certeza!! Que Bza deve ser. ..
ResponderExcluirSim, vc tem razão Os Idiotas dos piemonteses não sabem trabalhar com vinho .Sugiro que vc e a AB$ organizem um curso para ensinar aqueles otário todos os macetes.
ResponderExcluirParedes bem grossas, janelas pequenas, provavelmente um toldo do lado de fora da janela, clima europeu, é... Tecnicamente poderíamos dizer que seria como um adega climatizada! Se a saída de vinho é grande, até seria adequado que as garrafas estivessem previamente de pé dois dias antes do consumo. Perfeito!
ExcluirDesculpem-me mas esse restaurante aí está de lascar: além do sofrível armazenamento das ampolas o antepasto de mortadela é de ovo parecem grosseiros, o vinho servido em meia garrafa com taça aparente de vidro revela falta de conhecimento no serviço de vinho (calharia bem uma boa variedade de vinhos em taça da região) mas cadê a disposição dos proprietários? ? Façamos uma vaquinha para boas taças de cristal e uma adega climatizada ...
ResponderExcluirEsse Eduardo não poderia conhecer a França se ele acha que ovo de entrada é pecado.
ExcluirEduardo, sabe d'nada inocente. Mortadela???? Só faltava ter escrito mortandela...Aquilo é vitello tonnato. Vá pesquisar no Google. Vaquinha só se for pra você poder ir conhecer in loco.
ResponderExcluirEduardo = troll ou ignorante.
ExcluirBacco, quais cidades do Piemonte você recomendaria conhecer?
ResponderExcluirSe vc curte enogastronomia , todas as da região de Alba e Asti.
ResponderExcluirObrigado !!!
ExcluirA melhor para ir lá, sem dúvida, é em outubro na feira de trufas. No pavilhão no centro de alba vc conseguirá uma "ralada" a preço módico alem de provar vários vinhos da região de graça!
ResponderExcluirObrigado, Eduardo
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