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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

VOU PRODUZIR BAROLZINHO




 Tempos difíceis, falta grana, todos na pindaíba, economia de guerra, mas é justamente nas recessões e nas dificuldades que grandes oportunidades surgem para aqueles que tem bom faro para negócios.

No final de semana fui “convocado”, por um parente (serpente?), para comparecer a um churrasco em Pirenópolis.

Já havia conseguido escapar de uma dezena de outros convites de churrasco, na meca dos turistas cachaceiros do Distrito Federal, mas desse não escapei.

Tanque cheio, saco também, lá fui eu para a cidade goiana esperando poder voltar para Brasília o mais rápido possível.

Estrutural, Taguatinga, Ceilândia, Aguas Lindas ....... Horror dos horrores.

 Escapei ileso de todas as cidades elencadas e depois de fugir de Aguas Lindas a viagem e a paisagem me pareceram menos piores.

Em Cocalzinho, todavia, a depressão voltou com força total.


Acelerei para fugir rapidamente de Cocalzinho, mas........uma lembrança, um estalo, uma fagulha.

“Aqui é a terra prometida das vinhas e dos vinhos, aqui o Beato Espaguete encontrou aquele vinho “aberração de tão bom”, aqui é o futuro Eldorado vinícola do planeta ”.

Se você não conhece Cocalzinho e for religioso, reze para nunca conhecer...... Cocalzinho é uma tremenda bosta.

Mas negócios são negócios e se um dentista consegue produzir, naquele fim de mundo, um vinho aberração de tão bom”, eu também posso.

No primeiro boteco, que encontrei na cidade, parei o carro, entrei e comprei um vidro de pimenta de cheiro.

Enquanto pagava a pimenta, tentava esconder meu interesse e o real motivo de minha parada.

 Com a cara de paisagem e de quem não quer nada, perguntei: “Quanto está valendo um alqueire na região? ”

O barrigudo dono do boteco, pensativo, balançou a cabeça e indagou “Terra bruta ou formada? ”

“As duas”, respondi.

“Varéia de 20 mil até 50 mil o alqueire” (48.400 m²)

Agradeci o “varéia”, a informação e continuei a “viagem calvário” até Pirenópolis, mas sempre pensando na possibilidade de me tornar um viticultor e produzir um “Barolzinho” (Barolo de Cocalzinho).

Se nosso dentista consegue produzir e vender um Barbera por R$ 175, eu poderia vender um “Barolzinho” por R$ 450.

Com a ajuda do $ommelier E$paguete talvez conseguisse até R$ 600.

Deixando os sonhos e voltando à realidade, decidi acelerar o projeto da compra de terras, antes que franceses, espanhóis, italianos, portugueses etc. descubram o “terroir” de Cocalzinho, seu potencial vinícola e inflacionem os preços.

Imaginem, por exemplo, um produtor de Barbera D’Alba, que cultivas as vinhas em terras que custam, em média, 200 mil Euros o hectare e que sua sangue para vender suas garrafas por 5 Euros (R$ 22), encontrar um fantástico “terroir” por míseros 2 mil Euros o hectare e conseguir vender a Barbera por 38 Euros?

Manda às favas Alba, Asti, Nizza, Vinchio, Vaglio Serra e todas as colinas do Piemonte, corre para o eldorado goiano de Cocalzinho e compra tudo o que encontra à venda.

Mais uma vantagem: Se os amigos olharem com cuidado a foto no cabeçalho notarão uma enorme quantidade de cupinzeiros espalhados pelo maravilhoso “terroir” de Cocalzinho.

Cada cupinzeiro é habitado por milhões de cupins que podem ser cozinhados e vendidos aos eno-tontos (há milhares....) em degustações organizadas pelo nosso $ommelier mor que, harmonizando vinho e cupim, mais uma vez fará história.

Dionísio

7 comentários:

  1. Kkkkk excelente viagem. Dessas de arrepiar os calcanhá. E o churrasco?¿?

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  2. E o churrasco, teve bao? Quem vai cozinhar os cupins a Mara Alckimim ? Dudu Camargo ? ou o novo rei do creme de leite o Petrarca ?

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  3. O churrasco uma bosta, os vinhos outra bosta. Os cupins que vai cozinhar? Os três e os três se equivalem , mas cada um em sua especialidade: A Mara com sua decadência , o Dudu com suas garrafas quase sempre vazias , o Petrarca com seu tsunami de creme de leite O Beato tentado ser o novo Cristo escalando o cruzeiro medieval

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  4. Cara, tenho uma garrafa de intrépido e babderoas em casa, compradas em Pirenópolis há três meses, deles. Sobre a qiakidqua dos vinhos, nada poaso dizer ainda pois não derrubei as garrafas. Mas não me cobraram tudo isso, foi 80 e 140 reais respectivamente

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