Demorou, mas até Carlo Petrini, fundador e presidente da “Slow
Food”, percebeu que as colinas das “Langhe”, pátria, entre outros grandes vinhos,
do Barolo e Barbaresco, um dos territórios vinícolas mais prestigiosos e
importantes do planeta, foram de tal forma endeusadas e badaladas que o preço
do hectare, de vinhas, Nebbiolo, ultrapassou a soleira do bom senso e se
aproxima da loucura.
As terras dos Barbaresco e Barolo sofreram, nas últimas
décadas, um agressivo assalto da especulação.
Investidores, que nunca tiveram algum contato com a viticultura,
foram atraídos pelo glamour do vinho e das colinas das “Langhe”.
Dispostos a gastar “montanhas” de $$$$$, os novos “Gaja”, seduziram corações e carteiras, conseguindo, assim, comprar tradicionais vinícolas como a Vietti, Serafino, Coppo, Borgogno, Saffirio, Gagliardo etc.)
Resultado? O valor dos vinhedos alcançou a estratosfera
A exagerada valorização,
das terras, aumentou o prurido nas mãos e bolsos dos jovens viticultores que já
não hesitam em vender suas ricas vinhas e dar um adeus (banana, seria mais
apropriado....) à secular herança vinícola.
Os novos empresários,
do vinho, sem nenhum compromisso com a enologia local, tradições, cultura e
costumes do território, querem apenas brilhar e faturar alto no charmoso mundo
vinícola.
As Langhe estão caminhando, a largos passos,
para se transformarem em uma nova Bordeaux.
Para dar uma ideia, da incrível especulação, bastaria lembrar
que, atualmente, um hectare de vinhas, “Nebbiolo da
Barolo”, pode tranquilamente custar hiperbólicos e insanos quatro milhões de Euros.
É bom lembrar
que, nos anos 1970, o mesmíssimo hectare, poderia ser adquirido por 4/5 milhões
das velhas Liras, valor que corresponde a atuais 2.000/2.500 Euros.
O mais incrível e que nas confinantes vinhas do “Monferrato” e “Roero” o preço do
hectare vale dezenas de vezes menos.
Carlo Petrini, todavia, escondeu e camuflou, o quanto ele
contribuiu, com seus eventos, feiras, propaganda, investimentos, lojas, etc. para
a glamourizar Alba e arredores até transformá-la em uma das regiões vinícolas
mais badaladas e caras do planeta.
Resultado?
Até eu, que visitava as Alba quatro, cinco, ou até mais vezes
por ano, transferi minhas atenções para os vizinhos Monferrato e Alto Piemonte onde ainda é possível comer, beber e dormir,
muito bem, por muito, mas muito menos.
Gosta de vinho produzido com uvas Nebbiolo?
No Alto Piemonte, ótimos vinhos como o Carema, Fara, Ghemme, Lessona, Gattinara,
Boca, Bramaterra, sem a mesma complexidade e estrutura do Barolo,
mas que possuem grande elegância, refinados, harmônicos, de acidez bem
integrada e mais fáceis de beber, podem ser encontrados, ainda, por 12/30 Euros.
Em minha última passagem, pela região comprei algumas garrafas
de Gattinara por 15 Euros e mais outras, de Ghemme, por 16 Euros.
Mas é bom se apressar...... Os predadores já descobriram o
campo fértil (e barato) do Alto Piemonte e iniciaram a “inva$ão”.
Aldo Conterno comprou, em Gattinara, a tradicional vinícola
Nervi.
Paolo De Marchi (Isole Olena Cepparello) abriu
as portas da “Proprietà Sperino” em Lessona.
Resultado?
O “Gattinara Nervi”, que custava 15/20 Euros, hoje ostentando,
na etiqueta, o nome “Gattinara Nervi Conterno” só entrega sua rolha por
salgados 50/160 Euros.
€ 140,00 € 126,00-10 %Prezzo minimo ultimi 30 giorni
O Lessona “Proprietà Sperino” é vendido por nada razoáveis 60/80
Euros, mas você pode alegrar suas papilas, com o ótimo e até melhor, Lessona da “Tenute
Sella” por 22/26 Euros.
Para não corre o risco de ser sodomizado, brutalmente, o melhor KY ainda é o de encontrar
novos caminhos e descobrir, por exemplo, o Carema da
“Cantina Produttori di Nebbiolo di Carema” (15,90 Euros), ou o “Carema Riserva”
(21,90 Euros).
€15.90
Beber bem é preciso, ser assaltado pelos predadores é
idiotice.
Bacco
Pior do que ver alguns produtores multiplicando os preços, é saber que tem muito enotonto seguindo comprando, ao invés de tentar outras alternativas... Falando em Nebbiolo, vc conhece os vinhos da Arpepe, uma vinícola situada mais ao leste, no norte da Lombardia? Tomei o Rosso di Valtellina, o vinho de entrada, e achei sensacional, bate muito Barbaresco de rótulos tradicionais..
ResponderExcluirNão conheço os vinhos da Arpepe, mas sei que na Valtellina há ótimos Nebbiolo, que na região assume o nome "Chiavennasca"
ResponderExcluirAdoro rosso di valtelina. Bom, barato, delicioso.
ExcluirPeguei uma única garrafa na black friday e me arrependi. Me arrependi de ter comprado uma só. Deveria ter levado de caixa.
ExcluirBarolo, Barbaresco, Bordeaux, Bento Goncalves, Brasilia, Biboca do Pinhal....vinho para tonto. Perdao aos nativos das regions citadas, mas ha centenas de outras regioes no Mundo com vinhos iguais ou melhores e muito mais acessiveis. Que se lasquem, os predadores. Vao atras de arabe brega, chines do politburo ou de politico em Brasilia; aqui nao.
ExcluirPerguntei à Inteligência artificial se os vinhos Brasileiros são bons, essa foi sua resposta:
ResponderExcluirOs vinhos brasileiros têm ganhado reconhecimento internacional por sua qualidade e diversidade. Aqui estão alguns pontos fortes:
*Regiões produtoras*
1. *Vale do São Francisco (BA)*: Conhecido por vinhos de clima quente, como Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot.
2. *Vale dos Vinhedos (RS)*: Produz vinhos de alta qualidade, especialmente Merlot, Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
3. *Campanha Gaúcha (RS)*: Destaca-se por vinhos tintos, como Merlot e Tannat.
4. *Serra Gaúcha (RS)*: Produz vinhos de clima frio, como Chardonnay e Pinot Noir.
*Variedades recomendadas*
1. *Merlot*: Suave e frutado.
2. *Cabernet Sauvignon*: Intenso e complexo.
3. *Chardonnay*: Fresco e mineral.
4. *Tannat*: Robusto e tânico.
5. *Syrah*: Frutado e especiado.
*Marcas brasileiras renomadas*
1. *Adega Cooperativa Garibaldi*: Uma das maiores e mais antigas do país.
2. *Vinícola Salton*: Conhecida por vinhos de qualidade e acessíveis.
3. *Vinícola Miolo*: Produz vinhos premium.
4. *Vinícola Lidio Carraro*: Destaca-se por vinhos inovadores.
5. *Vinícola Guerra*: Produz vinhos orgânicos.
*Prêmios e reconhecimentos*
1. *Concurso Internacional de Vinhos* (Paris, 2019): Brasil ganhou 22 medalhas.
2. *Guia Vinhos do Brasil* (2020): 150 vinhos brasileiros receberam 3 estrelas.
3. *Robert Parker*: Vários vinhos brasileiros receberam notas acima de 90 pontos.
*Preços*
1. Acessíveis: R$ 20-R$ 50.
2. Médios: R$ 50-R$ 100.
3. Premium: R$ 100-R$ 250.
Os vinhos brasileiros oferecem excelente custo-benefício. Experimente e descubra suas marcas e estilos favoritos!
sai mais barato pagar US$ 20 por mês pelo acesso ao ChatGPT ou ao Grok do que molhar a mão dos nossos isentos blogueiros e jornalistas. se os quase-viticultores gaúchos descobrem isso, vai ter um monte de influenciadores na fila da sopa...
ExcluirZé
A inteligência artificial, consultada, era "Made in Maranhão"?
ResponderExcluirTá aí o que você queria...
ResponderExcluirhttps://www.miolo.com.br/espumante-miolo-under-the-sea-750ml
Olá, anônimo!
ExcluirAqui fala o connoisseur. Estou inquieto e ansioso, fui convidado para um jantar em 2 semanas em que se abrirá um under the sea. Será um jantar harmonizado com 4 garrafas de vinho nacional: abre com um banco da Valduga, servirão de tinto o potente Tannat da Pizzato (louco pra provar!) e também o prestigiado Paralelo 31 do Galvão Bueno (um blend que esta dando o que falar). O Gran finale será com a sobremesa: eclair de creme de frutas vermelhas com MIOLO Under the Sea. Não foi barato, mas sei que valerá cada centavo!
Tim Tim!
emocionante......
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