Facebook


Pesquisar no blog

terça-feira, 14 de maio de 2024

OS ENO-ABUTRES

 


A inundação, que atingiu o Rio Grande do Sul, como todas as tragédias, tende, com o passar dos dias, a se transformar no palco perfeito para os oportunistas, políticos, demagogos aproveitadores, arrivistas, influencers e todos os picaretas de plantão, que, mesmo diante de grande sofrimento, desanimo, desesperança etc., declaram, com maestria, seus falsos e vazios sentimentos de pesar, compaixão e solidariedade.

Lagrimas de encomenda, falsas promessas, declarações bombásticas, ajudas e atos humanitários cuidadosamente filmados e divulgadas e, pasmem, até cobertores para húmidos e trêmulos cavalos.... É o vale tudo para aparecer, na mídia, como benfeitor e salvador dos desabrigados.



Muito sofrimento, total desanimo e angustia sem fim.

Quando a tragédia assume grandes e dramáticas proporções aparecem, pontualmente, os abutres.

Assaltos, roubos, saques, estupros, depredações; há de tudo um pouco (ou muito...) em um cenário perfeito para os abutres e chacais.



No desastre do Rio Grande do Sul, surge uma nova espécie de urubu: OS ENO-ABUTRES!

Os eno-predadores-produtores-gaúchos, não contentes em praticar, durante décadas, preços escorchantes por garrafas de qualidade mais que discutível, aproveitam, a comoção generalizada, para pedir, com a mais asquerosa desfaçatez, aos consumidores brasileiros, para comprarem mais e mais vinho gaúcho e assim ajudar na reconstrução do estado e minimizar o sofrimento das vítimas da aluvião.

São os eno-abutres mais descarados de que se há notícia.

Comprar vinho gaúcho não vai ajudar em nada a população que tudo perdeu, mas vai, seguramente, encher ainda mais os cofres (a prova d’água, fogo, terremoto, seca etc.), dos Aurora“Senzala”, Garibaldi “Senzala”, Salton “Senzala”, Lídio Carraro, Miolo, Geisse, Casa Valduga, Casa Perini, Bueno Wines, Pizzato, Galiotto, Campestre etc. etc. etc. que nada perderam.



Os eno-abutres querem apenas aproveitar o momento de comoção nacional para faturar e lucrar, ainda mais.....

O clássico comportamento canalha dos abutres do vinho.

Em sua última e ridícula apelação, os eno-predadores gaúchos, declaram que ocorreram perdas importantes e 500 hectares de vinhas foram destruídos (será?) pela correnteza da enchente.

Quando li a triste notícia quase chorei....de tanto rir



A área plantada de vinhas, no Rio Grande do Sul, cobre nada desprezíveis 40,000 hectares.

Uma rápida e simples conta revela que a “grande perda”, dos 500 hectares, representa 1,3% da área plantada.

Como de costume os eno-abutres camuflam a verdade e mentem descaradamente, assim, a “tragédia” fica por conta da população gaúcha que, além de tudo perder é obrigada a conviver com a pior espécie de necrófagos: O abutre das vinhas.  

  


Para socorrer os flagelados não compre vinhos gaúcho.

Para enviar ajuda procure um aos inúmeros canais, públicos ou privados e depois, se puder e quiser, mande os eno-abutres à merda...eles merecem



Dionísio

PS é bem provavel que os vinhedos destruidos sejam os de uva de mesa , pois os de uva vinífera são cultivados nas partes mais altas e não foram atingidos pela enchente.

.

21 comentários:

  1. Oficialmente não há estatísticas sobre essas perdas. A par da qualidade questionável dos vinhos, seria interessante verificar se ocorrerá aumento nos preços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você tem alguma dúvida? Os preços terão o aumento "calamidade"

      Excluir
    2. Não duvidaria NADA que já já apareça uma "safra especial solidária" com uma nuvem de chuva no rótulo e promessa de reversão de lucros ou algo similar. Apenas espere.

      Excluir
  2. Tento separar os abutres dos coitados que levaram uma solapada e perderam vinhedos e/ou produção. Não são poucos, os pequenos produtores que foram devidamente fodidos nessa chuvas.

    ResponderExcluir
  3. Provei o branco dessa nova vinícola paulista e achei até interessante. Mas os valores já praticados mostram que o instinto predador é o verdadeiro terroir nacional. Impressionante!

    AQC

    https://www1.folha.uol.com.br/colunas/isabelle-moreira-lima/2024/05/solos-vulcanicos-e-pele-dos-vinhos-sao-aposta-de-nova-vinicola-paulista.shtml

    ResponderExcluir
  4. Olá, meus amigos, eu sou o Gentleman das receitinhas e gostaria de compartilhar o menu de hoje, além de ressaltar que eu e meu grande amor já exercemos atitude solidária ao Estado do Rio Grande do Sul, e não aos abutres.
    Tenho dúvida na harmonização vinhosa com o prato principal. Quero uma noite linda, oferecer tudo de melhor para minha minha gata, o amor de minha vida!
    Entrada: Bruschettas com porcini e sálvia (Ferrari Brut)
    Principal : Risoto à cacio e pepe (sim!)( sugestão vinhosa?)
    Sobremesa: Peras confitadas em calda de damasco e Vin Santo ( o mesmo!)
    Atmosfera, sabores, lembranças (!),leveza nas palavras, ternura e tragédia poética de um Tango…vamos ouvir “Márcia, Eu Te Amo” de BPowell e aproveitar todo o momento!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sabemos que é falso. O verdadeiro não diria "Bruschettas com porcini e sálvia" e sim mini-bruschettas com Funghi Porcini Secchi La Pastina e um leve toque de salvia.

      Excluir
  5. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gentleman das receitinhas aqui, obrigado Bacco! Mas eu já estava bastante confortável, o meu amigo me chamou de gente boa também! Só me lembro disso! 👌

      Excluir
  6. Gentleman das receitinhas aqui!
    Prato principal harmonizado, um luxo de sabor, vinho de frescor instigante, fruta saborosa, preenchida por acidez muito limpa e prolongada, adicionou muito requinte à picância do risoto. Às cegas, por não estar muito habituado com brancos desta região, eu arriscaria ser um branco 2022, explosivo em juventude, mas não, é um 2019, pásmem! Quase não sobrou para o menu de domani! Hihihi…

    ResponderExcluir
  7. Greve de fome pela volta do Tagarecha e pelo sumiço para sempre do corninho e do connoisseur.

    ResponderExcluir
  8. Taga faz falta, a não ser que ele mais o guri das receitas e o connoisseur sejam os 3 a mesma pessoa. Daí temos que fazer vaquinha para mandar o cara para o Pinel. Eu faço a minha contribuição em enobitcoins, que tem valor futuro muito maior que hoje.

    ResponderExcluir
  9. Reparem bem, na reportagem os próprios produtores admitem que a safra já havia sido colhida e está em produção normalmente, a própria repórter coloca que apenas 1% da área de viticultura foi atingida pela chuva e a reportagem deixa claro que os grandes prejudicados foram os ligados ao enoturismo (hotéis, restaurantes, guias, pequenos lojistas, etc). No entanto a campanha é "compre vinho gaúcho". Oi?

    https://veja.abril.com.br/coluna/al-vino/desastre-no-sul-o-grito-de-socorro-vindo-dos-produtores-gauchos-de-vinhos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mas as vinícolas também fazem parte do enoturismo. Tirando as grandes, a maior parte da venda de vinhos das vinícolas vem do enoturismo.

      Excluir
    2. E que vinhos gaúchos voce achará pra comprar no mercado e ajudar a campanha? A das grandes.

      As pequenas que só vendem no enoturismo não tem seus rótulos no pão de açúcar ou no assai.

      Excluir
    3. Sim, por isso que a matéria referencia o brasildevinhos que agrupa os links para as lojas virtuais dessas pequenas viniciolas. Ninguem falou para ir comprar vinho no Pao de Açucar...

      Excluir
    4. Você poderia nos informar quais os preços praticados pelas pequenas , sofridas e "pobres" vinícolas do RS (vinhos, degustações, estadas etc.)?

      Excluir
    5. Uma vez, num estrelado restaurante do RJ, me ofereceram um vinho gaúcho de uma "minúscula vinícola". Sabe aquela história de "uma pequena família sonhadora com delicada producao artesanal?". A garrafa por aí custa R$290 no varejo. O vinho (Merlot) era bom pro padrão gaucho, mas nem de loooonge valia o preço.

      Muito bem, alguns meses depois fui a Bento Gonçalves a trabalho e aproveitei um tempo livre para procurar a tal vinícola minúscula de produção artesanal. Quem sabe lá vendiam a precos razoáveis. Não achava. Nada. Nem endereço, google maps, waze, nada. Nem no site ou instagram havia endereço. Nem no meu hotel conheciam. Então perguntei a um guia local que me contou que na verdade a vinícola não existia como tal, eram apenas alguns vinhedos pertencentes a uma das grandes produtoras comerciais trabalhados pelo enólogo deles. Inacreditável.

      Tagarela.

      Excluir
    6. Eu não coloco e não colocarei todas as vinícolas como coitadinhas, sofridinhas ou predadoras. Tem de tudo nesse meio também.

      Janjao Botelho P.

      Excluir
    7. Esperamos tanto tempo por um pronunciamento do Tagarecha e me aparece ele com 5 minutos de texto e so. O mundo já foi melhor.

      Excluir