Sem ideia do que fazer ou para onde ir, nas minhas férias de
12 semanas, consultei um amigo italiano que conhece, como ninguém, a Itália e
as boas coisas da vida; sem titubear ele me convenceu a partir para a ilha onde
a HBO filmou “White Lotus 2”.
Se você ainda não
assistiu, assista.
Cultura, história, gastronomia, vinhos, azeites de oliva,
frutas, queijos, chocolate, natureza, cerâmica, clima... a melhor combinação
que jamais havia visto no planeta.
Antes da ida consultei B&B para dicas de vinhos e vinícolas.
A lista de B&B, que sugere vinhos sicilianos foi
impecável (pesquei algumas dicas com Bacco e outras usei o Search da página).
Entre algumas vinícolas maiores (caso de Marsala) e outras bem
pequenas, nenhum dos meus companheiros se arrependeu das visitas.
Em uma minúscula e desconhecida vinícola, aos pés do Etna, o
proprietário quase que inconformado me perguntou o que fazíamos ali.
Foi um diálogo engraçado (que na Itália sempre tem um gosto
melhor).
A “caponata” e os vinhos foram espetaculares e inesquecíveis.
Na Sicília é possível beber todo tipo de vinho, desde os
espumantes até os doces.
Jovens, de guarda, evoluídos... .Em sua grande maioria são muito
frescos, leves, agradáveis e vem com preços para estudantes.
O solo vulcânico, perto do Etna, cria um terroir maravilhoso.
A água, que vem do
degelo, penetra no sub-solo e garante vida próspera às vinhas durante o ano
todo.
O vivente tem que ser um guerreiro para encontrar comida ou
vinhos ruins em qualquer lugar Sicilia.
Apesar das notícias, de que predadores estão se mudando para a
ilha e que os preços dos vinhos deverão subir, eu continuo no time que acredita
que há uma elasticidade que pode ser imposta aos vinhos (principalmente ETNA DOC) da
ilha.
Estamos seguros por
ora.
O número de “enocornos-mansos” pode nos surpreender, mas eles serão
enganados, ainda e bem antes, pelos Bordeauxs (bônus: já vem com o X de gênero
neutro!!), piemonteses predadores, prioratos parkerianos, etc. etc. até chegar
a vez e hora dos vinhos Sicilianos.
Por isso e mais, continuo a pensar que sempre teremos vinhos
para substituir aqueles cujas regiões ou estilos caíram nas garras das
vinícolas corporativas.
Sempre haverá substitutos.
Sicília tem que ser sentida, ouvida, admirada em silêncio,
comida e bebida.
Conversas com os locais
é mais que uma necessidade, é uma delícia.
Abuse dos lugares caros.
São bem mais baratos que as caras bombas de nossa pátria amada.
Sempre que possível contrate um guia local para saber mais
sobre os monumentos locais.
Se mostrar apenas um pouco de interesse, eles têm a maior boa
vontade em falar sobre muitos outros assuntos.
Vale os míseros euros que esses lutadores, orgulhosos de sua
terra, faturam.
Sicília: Trocentos sítios da UNESCO, patrimônios da
humanidade.
Imperdível. Nada se equipara a ela no planeta.
Enquanto isso alguns cretinos com cérebro de vaca louca passam
faca em obras do Di Cavalcanti e jogam relógio de 1700 e bolinhas no chão na
capital do bananal.
Percamos as esperanças.
Bonzo
existe inveja boa? se sim, é o que estou sentindo agora... lá vou eu pesquisar coisas pra uma viagem à Sicília...
ResponderExcluirPercorra a ilha toda, costa e interior. Ha otimas surpresas e coisas maravilhosas que ficarao na sua memoria para sempre. Ande, ande, dirija, dirija....fuce fuce fuce.
ExcluirPara quem prefere tinto, mesmo no calor da Sicília, vinhos da uva frappato são uma boa opção.
ResponderExcluirAve maria, discordo, Sicília transborda nero d’avola medíocre e que carrega “doc” e oportunismo pra todo lado. Dá uma entrada num supermercado brasileiro e leva um nome bacana “ nero d’avola” pra casa. Olha, a Sicília está invadida por mentira. Essa resenha do vulcão com sedimentos aí também é baboseira feito mendoza, olha, Sicília é cannoli e o resto é conversa pra boi dormir
ResponderExcluirVocê dormiu?
ExcluirJá vao me falar q tasca d’almerita é bom e que remete a pinot noir, num remete não.. é só um vinho bom, vem gastronômico é que se não tiver comida do lado já cansa na segunda taça
ResponderExcluirHá ótimos vinhos feitos com a Nerello mascalese. E o produtor Tasca d’Almerita não é o único.
ExcluirA matéria é boa, mas tem a filtrar o deslumbramento turístico
ResponderExcluirLembro do meu pai guardando o Duca de Salaparuta, como algo precioso. Quando abria já tinha virado vinagre. Será que voltaremos a este tempo no Brasil, em que o Duca competia com o Valpolicela Bolla, o Liebfraulmilch garrafa azul e o Mateus Rosé? A matéria agradou, obrigado.
ExcluirA Sicilia é linda! Se eu pudesse, moraria lá. Só que tenho medo do Etna.
ResponderExcluirTem o Vesuvio por perto também
ExcluirEtna nao explode. So o Veve, dos que estao por perto.
ExcluirÉ longe. Tem o mar Tirreno entre os dois. Ficaria a salvo. Acho. rsrs
ExcluirTalvez um tsunami
ExcluirMas aí você quer me ferrar. Hahaha
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