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quinta-feira, 9 de junho de 2022

ALBA MON "CHER" AMOUR

 


A pandemia e a paranoia me afastaram de Alba por dois longos anos.

Retornei, semana passada, à capital dos grandes vinhos e boa cozinha do Piemonte.

 Devo confessar que algumas surpresas, nem sempre agradáveis, ocorreram em minha breve passagem pela região.




As “Langhe” e seus vinhedos, continuam belíssimas, os turistas, de todas as partes do mundo, voltaram tomando de assalto restaurantes, bares, hotéis, agro turismos etc., mas algo mudou sensivelmente e para pior: Os preços ...

Sim, o turismo, na região, exige cartões reforçados, “bombados”.

É verdade que nosso Real se valorizou, frente ao Euro, em quase 12%, mas os preços piemonteses e de toda a Itália, pulverizaram a boa notícia com aumentos de 15-20 e até 30%.

Encontrar um bom hotel, agro turismo ou B&B, com diárias abaixo de 100 é raro, quase impossível.


O “Alba Residence”, meu endereço favorito em Alba, que em 2020 oferecia ótimas acomodações com diária de 50-60 Euros, em 2022 não entrega seus macios colchões por menos de 100 Euros.

Os restaurantes, que permaneceram fechados durantes meses, querem recuperar os perdidos “Euros-Covid” com aumentos importantes e conseguir almoçar ou jantar, mesmo bebendo apenas uma taça ou duas de vinho, por menos de 40/50 Euros, somente em sonho….

Feliz o tempo em que meu amigo Franco Bertolone levava para sua adega um litro de Barolo “Vigna Rionda” de Tommaso Canale desembolsando 10 Euros.

  Depois do falecimento de Tommaso, o mesmíssimo vinho, ostentando, agora, a etiqueta “Ester Canale”, não entra em nenhuma adega por menos de 315/350 Euros.

Nem todos os produtores locais tiveram o privilégio e a sorte de Davide Rosso, herdeiro de Tommaso Canale, de frequentar o famoso “Curso Predador” da quase-vinícola Miolo, mas quietos, quietos, aumentaram seus preços em 15-30-40%.


Comprar, diretamente do produtor, um bom Barolo ou Barbaresco, por menos de 30 Euros, é quase tão difícil quanto encontrar um petista inteligente.

Após consumir litros e litros de gasolina, visitar várias vinícolas e quase enfartar com os altos preços, tive um pouco de sorte e encontrei duas moscas brancas: Barbaresco “Vallegrande 2017” Ca’ del Baio (27 Euros) e Barolo “Pernanno 2016” Sobrero (37 Euros).

Ca’ del Baio e Sobrero, duas velhas conhecidas, aumentaram seus preços, mas não exageradamente e ainda é possível beber seus ótimos Barbaresco e Barolo por preços quase humanos.


Quem apostou que a pandemia limitaria as vendas, aumentaria os estoques das vinícolas, o que forçosamente levaria à uma diminuição dos preços, perdeu a aposta: Os produtores, dos grandes tintos piemonteses, quase já não têm garrafas para vender e somente as entregam para quem pagar mais.

A senhora Sobrero, que há anos me vende garrafas de seu Barolo, me atendeu friamente e quando pedi um desconto respondeu que seria impossível descontar um Euro sequer.


Maneira mais elegante de dizer: “...se quer, quer e se não quiser há quem queira e f.. ”.

Diferente foi a recepção na Ca’ del Baio.

Depois eu conto.....

Bacco 

6 comentários:

  1. E ainda ganha R$2,00 de cashback kkkk
    Vinho chateau petrus 1997
    https://www.americanas.com.br/produto/3272681815

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    Respostas
    1. .....e o mais interessante que pode ser falso. O Petrus é um dos vinhos mais falsificados do planeta

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  2. Estimado pestvs magnum: Nao falta vinho bom e barato no mundo. Manda essa turma de predadores andar de moto com o bozo.

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  3. Diante destes preços abusivos praticados pelos italianos nao é uma ótima oportunidade de valorizar os nacionais? #contemironia

    Vinícola Villa Francioni leva para SC três medalhas da Decanter, um dos maiores concursos de vinhos do mundo

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  4. Sim, especialmente as tremendas-bostas caras da Villa Francioni. Vinho tinto seco Dilor Suruba Vinícola R$ 650 (120 Euros) . Enloqueceu?

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