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domingo, 27 de fevereiro de 2022

TRANSPORTES AÉREOS PATÉTICOS

  
O ESPINHOSO RETORNO AOS VINHOS E VINHAS

Está programando viagem para a Europa?

Pretende voar pela TAP = “Transporte Aéreos Patéticos”?

Não sei se há algum remédio para prevenir a explosão do saco, mas se houver compre em quantidade mais que razoável: A TAP “Transportes Aéreos Patéticos”, acaba com qualquer paciência.

O “Calvário TAP” já inicia quando o viajante prepara a mala para embarcar.

O viajor recebe um comunicado da companhia aérea alertando para a necessidade de realização do teste antígeno, certificado vacinal, compilação de um módulo para a desembarcar em Portugal e de outro para ingressar na Itália.



O módulo, para poder entrar na Bota, é fácil, simples, rápido, mas o exigido, pelas autoridades portuguesas, para poder pisar em solo luso, é dose para estourar qualquer saco.

Somente pode ser compilado após a realização do check-in, pois exige o número correto do assento que será utilizado durante a viagem.

Até aí tudo bem e o formulário se parece com muitos outros da atual e paranoica “luta” contra o Covid.

O drama começa quando você é solicitado a informar se reside   em Portugal.

Eu não moro em Portugal, nunca morei, mas o formulário “exige” que tenha um endereço no país.

Não acredita?

Tentei inúmeras vezes informar que não possuía residência em Portugal, mas sempre aparecia a mensagem: “ O endereço e o código postal não estão corretos. Verifique o endereço”.

Tentei ligar a para a TAP “Transportes Aéreos Patéticos” para obter alguma ajuda, alguma informação.

 Depois de incontáveis tratativas percebi que era uma “Missão Impossível” e o melhor seria satisfazer o programa do governo português que me exigia residente em alguma cidade lusa.

Brigar, com qualquer governo, é desaconselhável e resolvi “morar”, então, em Cascais, mais exatamente na Avenida Sabóia nº 5 - código postal 2765-278 e.......Finalmente pude enviar o formulário, que foi aceito, apesar de eu nunca ter pisado na Avenida Sabóia nº5, em Cascais,

A INQUISIÇÃO

Formulários, teste antígeno, comprovantes de vacinas (Brasil e Itália), todos regulares, impressos e em mãos. 

 Pontual, como de costume, me apresentei ao balcão da “Transportes Aéreos Patéticos” três horas antes do embarque. 

O funcionário, que me atendeu, revelou ter grande admiração pelos métodos de Tomás de Torquemada e não satisfeito com a papelada impressa exigiu que eu comprovasse sua originalidade apresentando todos os   e-mails correspondentes.

Não sou um “herege” submisso, passivo e a discussão, com o Torquemadazinho, da Transportes Aéreos Patéticos (TAP), atingiu rispidez e volume elevados.

O inquisidor, talvez surpreso e impressionado com minha lividez facial, finalmente resolveu me deixar embarcar.

Embarcar? Sim, mas somente e após quase 2 horas de atraso.

A TORTURA

O sorriso plastificado dos comissários (as), me desejando “boas vindas”, me animou um pouco, mas aquele pouco desapareceu completamente quando constatei que a aeronave era vetusta e a “executiva” fora planejada para “executar” e não confortar.

A poltrona, pétrea, mais parecida com um caixão funéreo, entrou imediatamente em conflito com meus 1,80 e 85 kg: Para sair do esquife é preciso, para pessoas mais volumosas, não pouco esforço e destreza.

Coquetel de boas-vindas?

Nem pensar.... Somente após uma hora de voo os comissários resolveram trabalhar e ofereceram o clássico saquinho de amendoins, 2 vinhos tintos, 2 brancos e 1 espumante.

Optei pelo espumante “Aliança” e imediatamente senti saudade de uma taça de “Murganheira”.

Depois do “jantar”, mais uma taça de “Aliança”, finalmente um ótimo Porto e.......tentei dormir.

Acionei o botão que indicava a posição “sono”, o caixão foi deslizando, deslizando até alcançar as entranhas da poltrona à frente.

Pronto!

Juro que por alguns segundos me imaginei uma múmia egípcia....

Cruzei os braços e tentei fechar os olhos.

As costas reclamaram, braços e pernas, idem e o cérebro amaldiçoou a quase-executiva da “Transporte Aéreos Patéticos”.

Na próxima matéria: “A CHEGADA”

Bacco

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