O ESPINHOSO RETORNO AOS VINHOS E VINHAS
Está programando viagem para a Europa?
Pretende voar pela TAP = “Transporte
Aéreos Patéticos”?
Não sei se há algum remédio para prevenir a explosão do saco,
mas se houver compre em quantidade mais que razoável: A TAP “Transportes Aéreos
Patéticos”, acaba com qualquer paciência.
O “Calvário TAP” já inicia quando o viajante prepara a mala
para embarcar.
O viajor recebe um comunicado da companhia aérea alertando
para a necessidade de realização do teste antígeno, certificado vacinal,
compilação de um módulo para a desembarcar em Portugal e de outro para
ingressar na Itália.
O módulo, para poder entrar na Bota, é fácil, simples, rápido,
mas o exigido, pelas autoridades portuguesas, para poder pisar em solo luso, é
dose para estourar qualquer saco.
Somente pode ser compilado após a realização do check-in, pois
exige o número correto do assento que será utilizado durante a viagem.
Até aí tudo bem e o formulário se parece com muitos outros da
atual e paranoica “luta” contra o Covid.
O drama começa quando você é solicitado a informar se
reside em Portugal.
Eu não moro em Portugal, nunca morei, mas o formulário “exige”
que tenha um endereço no país.
Não acredita?
Tentei inúmeras vezes informar que não possuía residência em
Portugal, mas sempre aparecia a mensagem: “ O endereço e o código postal não estão corretos. Verifique
o endereço”.
Tentei ligar a para a TAP “Transportes Aéreos
Patéticos” para obter alguma ajuda, alguma informação.
Depois de incontáveis
tratativas percebi que era uma “Missão Impossível” e o melhor seria satisfazer
o programa do governo português que me exigia residente em alguma cidade lusa.
Brigar, com
qualquer governo, é desaconselhável e resolvi “morar”, então, em Cascais, mais
exatamente na Avenida Sabóia nº 5 - código postal 2765-278 e.......Finalmente
pude enviar o formulário, que foi aceito, apesar de eu nunca ter pisado na
Avenida Sabóia nº5, em Cascais,
A INQUISIÇÃO
Formulários, teste antígeno, comprovantes de vacinas (Brasil e Itália), todos regulares, impressos e em mãos.
Pontual, como de costume, me apresentei ao balcão da “Transportes Aéreos Patéticos” três horas antes do embarque.
O funcionário, que me atendeu,
revelou ter grande admiração pelos métodos de Tomás de Torquemada e não
satisfeito com a papelada impressa exigiu que eu comprovasse sua originalidade
apresentando todos os e-mails correspondentes.
Não sou um “herege” submisso,
passivo e a discussão, com o Torquemadazinho, da Transportes
Aéreos Patéticos (TAP), atingiu rispidez e volume elevados.
O inquisidor, talvez
surpreso e impressionado com minha lividez facial, finalmente resolveu me
deixar embarcar.
Embarcar? Sim, mas somente
e após quase 2 horas de atraso.
A TORTURA
O sorriso plastificado dos
comissários (as), me desejando “boas vindas”, me animou um pouco, mas aquele
pouco desapareceu completamente quando constatei que a aeronave era vetusta e a
“executiva” fora planejada para “executar” e não confortar.
A poltrona, pétrea, mais
parecida com um caixão funéreo, entrou imediatamente em conflito com meus 1,80
e 85 kg: Para sair do esquife é preciso, para pessoas mais volumosas, não pouco
esforço e destreza.
Coquetel
de boas-vindas?
Nem pensar.... Somente após
uma hora de voo os comissários resolveram trabalhar e ofereceram o clássico
saquinho de amendoins, 2 vinhos tintos, 2 brancos e 1 espumante.
Optei pelo espumante
“Aliança” e imediatamente senti saudade de uma taça de “Murganheira”.
Depois do “jantar”, mais
uma taça de “Aliança”, finalmente um ótimo Porto e.......tentei dormir.
Acionei o botão que
indicava a posição “sono”, o caixão foi deslizando, deslizando até alcançar as
entranhas da poltrona à frente.
Pronto!
Juro que por alguns
segundos me imaginei uma múmia egípcia....
Cruzei os braços e tentei
fechar os olhos.
As costas reclamaram,
braços e pernas, idem e o cérebro amaldiçoou a quase-executiva da “Transporte Aéreos Patéticos”.
Na próxima matéria: “A CHEGADA”
Bacco
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