Há tempo não frequento e não comento os restaurantes do
deserto gastronômico brasiliense.
“Gero”, último bom endereço que sinalizou
uma melhora (piorar seria impossível...), na gastronomia da capital, fechou as portas
e com ele se foram as esperanças de mudanças.
A explosão do Gero provocou uma debandada de funcionários, que
abriram muitos Gero-Satélites, mas nenhum com om brilho da rara estrela que
passou pelo planalto.
Voltamos aos velhos tempos dos “chefes-blefes”.
Ainda lembram da “Alice,
Quem-Foi-Que-Te-Disse”, “Dudu Camargo e seus restaurantes dispensáveis”, “Zuu”, “Cielo”, “Maestri”, “Viene Qua”, “Gazebo” etc.
que durante alguns anos torturaram nossos paladares e bolsos praticando
gastronomia de 5ª categoria?
Não recordam?
Para os que esqueceram, ou não tiveram o azar de “desgustar” a
cozinha dos “chefes-blefes”, surge um novo endereço que promete: “Olivae”
O “chef”, do restaurante mencionado, parece ser o herdeiro do “gastro-masoquismo”
que tanto torturou, naqueles anos, os paladares dos incautos e infelizes
brasilienses.
Leio, no “Face”, que o “chef” do “Olivae”, Agenor “Jason” Maia,
resolveu brindar os paladares candangos com um caprichado “Menu
Degustação Sexta Feira 13”
Nosso Jason das panelas não economiza “espantos” e inicia o
“Sexta Feira 13” com Focaccia+ Azeitona
+ Azeite.
Para empurrar, goela abaixo, a untuosa e calórica especialidade
lígure, nosso sádico chef propõe um espumante Charmat: “Gran Legado Brut”
Salve-se quem puder.....
Quem escapou da focaccia e do “Gran Legado Brut” enfrentará,
em seguida e sem descanso, uma lagosta que, coitada, saiu das profundezas do
mar para ser soterrada em uma telha, com trigo, rabanete e purê de pequi.....
Aqui, somente os bravos resistem.
Quem acha que o pesadelo gastronômico já terminou não conhece
o chef Jason..... Jason não se entrega, não dá trégua e ataca de “pirarucu-light”.
“Jason” Maia, sabiamente, compensa a gordura do pirarucu com
ingredientes delicados e indicados para quem quer controlar o peso.
Ainda lembram da
focaccia-azeitonas-azeite?
Pois é.…o pirarucu-light
é acompanhado por banana da terra, farofa de camarão seco e picles de cebola
roxa.
Imaginem o desespero do estômago, que já armazenou focaccia,
azeite azeitona, lagosta, telha com trigo, rabanete, purê de pequi ao receber
pirarucu, banana da terra, farofa de camarão seco e picles de cebola roxa...
Nosso Jason das panelas, em ato de mais puro sadismo, resolve encerrar o inimaginável “Menu Sexta Feira 13” como sua famosa “Pièce de Résistance”: “Costela 12 Horas e Mandioca à Brás” (melhor do que mandioca à Dilma....).
Os comensais que conseguirem se levantar e caminhar até a
porta receberão um “Vale-Brinde”: 2 rolos de papel higiênico (Imaginem, no dia,
seguinte a tortura intestinal do pobre comensal onde lagosta, pirarucu,
costela, rabanete, mandioca, pequi, picles, banana, camarão, quiabo, ficam brigando
para poder sair e esquecer aquela infernal suruba gastronômica)
Sensibilizado com o já enorme sofrimento das pobres cobaias do
Jason das panelas deixarei de comentar a sobremesa.
Uma coisa, porém, devo mencionar: O jantar na “Vineria Macchiavello”, em
Santa Margherita Ligure, regado com espumantes “Mattia Vezzola “ da vinícola Costaripa,
que Bacco comentou na matéria anterior, custou R$ 240.
O “Menu Sexta Feira 13” R$ 266.
Dionísio.
Rindo ate 2025. Boa. Pobre estomago, pobre carteira. Coitado do tubo digestivo do comensal.
ResponderExcluirSó o tubo digestivo? E o resto?
ResponderExcluirNo menu há algo de bom.... o Encruzado e acho que é só! hehe
ResponderExcluirTodo pão é de fermentação natural.🙄 O que pode variar, é o tempo de fermentação..
ResponderExcluirNa verdade, tudo é natural. Mas você pode fazer pão sem leveduras, utilizando fermento químico, o famoso pó royal.
ExcluirQuanta merda....royal é natural?????.....nego nao faz pao e vem dar pitaco.....existe o fermento bilologico industrializado (aquele do sachet tipp fleishmann seco e fresco). O royal é para bolo...quando se fala em fermentacao o fermento e cultivado in loco,apenas com farinha e agua....cujo pao fica otimo com alta hidratacao ( acima de 70%) e fermentacao longa 12/18/24 horas.
ResponderExcluirO conceito de natural e artificial é muito relativo. Me diga o que não é natural? Já viu a composição do fermento Royal? Tudo coisa que se encontra na natureza. Amido de milho, fosfato monocálcico, bicarbonato de sódio e carbonato de cálcio. O que não é natural nisso? Não confunda natural com biológico. E dá uma olhada melhor que verá que pode sim ser usado para fazer pães, não apenas bolos. Os fermentos aos quais você se refere podem ser cultivados não apenas com farinha e água, mas com outros substratos também. Que o pão fica ótimo, não há dúvida, desde que a pessoa saiba fazer.
ExcluirFalando em superstars brasileiros, vejam a prepotência do cidadão:
ResponderExcluirhttp://www.marcelocopello.com/post/prova-com-todos-os-bordeaux-de-1855-faz-uma-reclassificacao
Palhaçada da grossa. Se fizerem a mesma prova, novamente e às cegas, a classificão muda mais uma vez e aposto que não repetem os mesmos aromas e gosto. Achei espetacular o tal "bosque úmido" ...... picaretagem.
ExcluirCerta vez li sobre uma classificação dos vinhos de Rioja, feita pelo Tim Atkin, que é um cara conhecido. Eu, que nem espanhol sou, fiquei revoltado, pois vem um cara de outro país classificar vinhos do meu? Bem, o que aconteceu? Ninguém deu bola para a tal classificação e tudo morreu por alí. Agora vem um brasileiro se meter a querer reclassificar os vinhos de Bordeaux? Era só esta que faltava.
ExcluirO Brasil é o paraíso dos eno-picaretas
ExcluirPai guarda vinho de R$ 18 mil por 17 anos, e filha o usa em sangria
ResponderExcluirhttps://www.google.com/amp/s/www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2021/07/05/pai-guarda-vinho-de-r-18-mil-por-17-anos-e-filho-usa-em-sangria.amp.htm