Leio, no “Il Sole 24 Ore”, o maior jornal italiano
especializado em economia, finanças, negócios etc., que Renzo
Rosso e a Canevel se
unem para lançar o “Diesel Prosecco Doc
Biologico”.
Algumas informações complementares sobre os dois nomes acima
citados.
Enzo Rosso é o fundador e proprietário da etiqueta “Diesel” que, entre
outras coisas, produz calças jeans, com tecido chinês, no Vietnam, Marrocos,
Tunísia ou em outro país onde a mão de obra seja barata.
A calça “Diesel”, pronta, passada, embalada e entregue em Breganze
(matriz italiana), custa, ao Enzo Rosso, entre 10 e
15 Euros.
Calça Diesel Thommer-Y-Ne
ou de
A calça do Enzo é vendida, aos “consumitários” (consumidores
otários) brasileiros por R$ 900 – 2.200.
Não atoa Enzo Rosso é milionário e como todo empresário bem-sucedido
diversifica seus negócios.
Rosso tem atração fatal pelo vinho e para realizar seu sonho,
em 1993, comprou 100 hectares de terras nas colinas da província de Vicenza e
fundou a “Diesel Farm”.
Coerente com sua visão universal, Rosso, não produz uma garrafa
sequer com castas locais ou de outras regiões italianas, Renzo parte, resoluto,
para a França e talvez sonhando, com uma nova Bolgheri no Veneto, vinifica
Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Chardonnay etc.
O sonho só não virou pesadelo, pois Renzo Rosso ganha tanta
grana vendendo calças e camisetas marroquinas que pode até presentear os
“consumitários” de sua griffe com uma garrafa de seu totalmente desconhecido
vinho.
Agora que você já conhece “Rosso Diesel Farm” precisa conhecer a “Canevel”
A Canevel”, empresa com sede em Valdobbiadene que produz
aproximadamente 1 milhão de garrafas de Prosecco, vendeu 60% de suas ações à
vinícola “Masi” mais conhecida por
seus Amarone, Valpolicella, Bardolino, Soave, Pinot Grigio, Lugana etc.
Até aqui nenhuma novidade. Uma empresa compra outra e a vida
continua, mas quando um grande nome da moda entra na jogada prepare-se que vem
chumbo “Rosso”
Um pequeno parêntesis:
Se alguém acredita que picaretagens vinícolas são exclusividades brasileiras
está redondamente enganado.
Há uma grande quantidade de eno-picaretas em todos os cantos
do mundo e todos visam o seu “Visa”, “Mastercard”, “American Express” etc.
Bobeou?
“Prosecco Diesel”.... Entrou.
A “Diesel” e a “Canevel” juram que a “criatura” em gestação parirá
apenas 15.995 garrafas.
Se a parição será de 15.995 garrafas ou de 159.995 ninguém
poderá jamais saber, afinal, imprimir etiquetas e facílimo….
Para finalizar traduzo as declarações comoventes, sublimes,
quase poéticas, de Federico Girotto da “Canevel” e de Renzo Rosso ao anunciarem
o “Prosecco Diesel”
Girotto: “Com este
Prosecco concretiza-se a combinação entre a expertise da Canevel, sobejamente
reconhecida no mundo dos espumantes e a
aproximação alternativa ao internacional “brand lifestyle” da Diesel. Um
espumante de personalidade inconfundível ponto de encontro entre a
sustentabilidade, naturalidade e democracia.
(Não entendi bosta nenhuma, mas Girotto fala justamente para
que ninguém entenda...)
Responde, Renzo Rosso: “Foi gratificante, para mim, poder colaborar com este projeto…. Graças ao inovador processo “single fermentation totally bio” realizamos um produto único, de altíssima qualidade e respeitando o ambiente. Adicionamos, ainda, a alma criativa da Diesel para juntos celebrarmos mágicos momentos. ”
Pela minha experiência, quando leio que Renzo Rosso quer
celebrar “ mágicos momentos” corro à farmácia mais próxima para renovar meu
estoque de KY.
Dionísio
Passarei longe. Prefiro álcool a diesel. Não sei por que, mas tenho um preconceito em relação a vinhos produzidos por gente que não é do ramo, apenas com intuito comercial. Nesta turma entram jogadores de futebol, artistas, narradores (lembram de algum?) etc. Até já provei alguns vinhos desta turma, o que transformou meu preconceito em conceito.
ResponderExcluirSalu2
Perfeito! Alguns paraquedistas: Galvão Bueno, Sting, Boccelli, Madonna, Brad Pitt, Ferragamo, Messi etc. etc. etc. Produzindo vinhos caros e dispensáveis
ResponderExcluirBacco, Dionísio, vocês já provaram o Grignolino produzido pelo Hernanes, que jogou na Lazio? tenho alguma esperança de não ser caro e dispensável como os vinhos desses paraquedistas...
ExcluirNão conheço, mas o Grignolino não é caro máximo 8 Euros
ExcluirUm que foge a está regra são os vinhos do Coppola. Já bebi coisa boa com a etiqueta dele!!
ResponderExcluirLinda história..#contemironia
ResponderExcluirhttps://www.istoedinheiro.com.br/bira-wines-vinhos-de-coracao-italiano-com-alma-argentina/
Tá cheirando picaretagem da grossa
ExcluirOpa cheirando? Seus problemas acabaram
Excluira Vinícola Cárdenas criou o PRIMEIRO RÓTULO DO MUNDO COM CHEIRO POR FORA DA GARRAFA!!!
Você irá se surpreender com estes cinco (5) vinhos, já premiados.
Já provei um Sangiovese argentino que não me agradou.
ExcluirA Càrdenas entrega o "mau cheiro" de seus vinhos: Os mesmos aromas artificiais usados externamente com toda certeza foram os mesmos adicionados ao líquido da garrafa.
ResponderExcluirEssa Cardenas é um piada...pipocam propaganda deles em todas as rede sociais que eu participo, sempre o mesmo cara falando que o "Petit Verdot da Cardenas é o melhor do Brasil por que ganhou medalha de ouro no concurso seiládoque/nãomeimporto" (minha pergunta é; existe algum outro doido fazendo Petit Verdot no Brasil???). E os vinhos devem ser tão ruins, que eu já vi até mesmo alguns ufanistas defensores dos vinhos nacionais falando que os vinhos são intragáveis.
ExcluirFaz lembrar a história da Salton qdo o consumo de tannat começou a crescer e logo após a Salton começou a vender no Brasil. Ao perguntar como isso se deu, ele respondeu que "estava caminhando pela vinícola e encontrou parreiras perdidas"...Mas na realidade importava o vinho do Uruguai mesmo!!! :))))
ExcluirAconteceu o mesmo xom o Prosecco. O Angelo Salton , pouco antes de meorrer, disse que estava no Fasano em São Paulo e viu um grupo de mulheres que bebiam o espumante italiano que já fazia muito sucesso. Ele lembrou que possuia 30 hectares de uva Glera em suas propiedade e lançou o Prosecco.....A Salton sempre adorou uma boa picaretagem.
ResponderExcluir