Uma rápida pesquisa confirma o que sempre pensei da viticultura
nacional: Uma cara porcaria e um insulto ao consumidor
Alguns dados:
A ”vitis labrusca”, utilizada na vinificação do “Pérgola Branco Suave”, pode render de 20 e até 50 toneladas
por hectares.
Não havendo controle, algum, é impossível precisar quantas toneladas por hectare a Campestre colhe e esmaga para produzir o “Pérgola”.
A DOC “Soave” determina e limita a produção máxima
de 14 tonelada por hectare da uva Garganega utilizada na produção do vinho homônimo..
O preço mínimo, estabelecido pelo governo do Brasil, para uvas
híbridas e americanas, é de R$/kg 0,94/1,1
O preço mínimo da uva Garganega, a mais utilizada na
vinificação do Soave, é de Euro/kg 0,40/0,65 (R$
2,4/3,9 kg).
Gostaria de informar mais alguns dados que pulverizam qualquer
tentativa da Campestre de justificar o preço do “tremenda-bosta-Pérgola”: 1 hectare de vinhas,
no Rio Grande do Sul, custa R$ 100/150mil.
1 hectare, na DOC Soave, custa Euros 200/300mil (R$ 1,2/1,8 milhões)
Tem mais: O salário mínimo, do Rio Grande do Sul, é de R$ 1.567,00
O salário médio, do trabalhador rural, na Itália, é de Euros 1.250 (R$ 7.500).
Em uma rápida e simples conta matemática é fácil perceber que
a uva utilizada, na vinificação do “tremenda-bosta Pérgola”, produz mais que o dobro
e custa menos da metade do que a Garganega”, as terras do Soave são 10 vezes
mais caras e os salários…Bem, deixa para lá
Aqui começa o mistério......
Como pode então o “Pérgola” custar mais
do que o Soave?
Qual a margem de lucro da Campestre?
Mistério.....
Mistério que sempre reinou no mundo do vinho no Brasil e cujo
resultado é conhecido, notório: as vinícolas metendo
a mão no bolso do consumidor.
Mas não é somente a Campestre que mete a mão
descaradamente.
O mesmo insulto ao consumidor, a mesma ganância, a mesma desfaçatez,
são comuns e adotadas por quase todos os predadores de vinhos nacionais
Exemplos: “Singular Nebbiolo” Lidio Carraro que é um insulto à
casta piemontesa, custa insanos R$ 390,00 (Euros 65)
O ótimo” Nebbiolo D’Alba Sordo” custa Euros 12,90 (R$75,0SORDO
PROVENIENZA: Piemonte
E por aí vai......
Para comprovar de como a viticultura é rentável, no Brasil,
bastaria recordar que até 1990 a Miolo era proprietária de 30 hectares de
vinhas e vendia uvas para as vinícolas do Rio Grande do Sul.
Hoje, 30 anos depois, o Grupo Miolo e proprietário de 1.150
hectares de vinhedos e produz mais de 12 milhões de garrafas.
Não foi através de preços contidos e lucros modestos que a
Miolo conseguiu esta incrível façanha e sem paralelo no mundo do vinho.
Charlatães, canetas de aluguel, (de)formadores de opinião e
outros picaretas do setor, continuam enaltecendo “o
grande momento do vinho nacional....” e comemoram, com orgulho incontido e “patriótico”,
o aumento do consumo per capita que atingiu ridículos 2,8 litros-ano
2,8 litros per capita são uma verdadeira piada quando e se comparados
ao que o brasileiro bebe de cachaça (11,5 litros/ano) e de cerveja (63
litros/ano)
Como bem sentencia Bonzo, que infelizmente anda sumido, “percamos as
esperanças....”
Concordo com Bonzo, mas faço a minha parte: para combater os
preços abusivos, dos eno-predadores, não compro vinho nacional nem para
cozinhar.
Dionísio
E para piorar, o Nebbiolo D’Alba Sordo aqui no bananal é mais barato que a Aberrção de tão bom! Tem que ter muitos neurônios a menos para se comprar uma josta desta.
ResponderExcluirhttps://www.lovino.com.br/vinho-sordo-nebiolo-d-alba/p
Mas não é para piorar! É para piorar a situação dos caras e dos trouxas que compram em vez de pegar o Sordo. hahahaha
ExcluirAproveitando a deixa. Os Barolo e Barbaresco Sordo são bons?
ExcluirSão! Pode ir tanquilo. Vinícola tradicional com vinhas em otimos crus : Monvigliero, Rocche,Cabutti, Villero
ExcluirGrazie mille!
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