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quarta-feira, 10 de julho de 2019

P K N T .... O PIOR CHARDONNAY


No meu repertório vinícola, lembro, com clareza, os grandes e os péssimos vinhos.
 

Os vinhos medianos, quase sempre, são esquecidos com o passar do tempo.
 

Não poderia esquecer, por exemplo, os grandes Viña Todonia, Château Musar, Barolo Monvigliero, Gamba di Pernice, Dent de Chien, Barolo Vigna Rionda e muitos outros.
 

Exatamente na outra ponta há inesquecíveis porcarias que ofenderam, sem misericórdia, o meu paladar: Fúlvia Pinot Noir, Sauvignon Blanc da Guaspari, Barbera da Perini, Intrépido da Pireneus, Singular Nebbiolo da Carraro e outros insultos ao vinho que nem merecem ser lembrados.

 
João Ratão, amigo de B&B, que comenta com assiduidade as matérias publicadas, não esconde sua aversão aos vinhos chilenos e considera os “Hermanos” tão picaretas quanto os nossos bravos predadores.

 João, afirma que não há um vinho chileno merecedor de respeito.

Várias tentativas e fracassos, depois, sou obrigado a concordar com o ilustre roedor e admitir que os vinhos, do país andino, são medíocres ou medianos.

Grandes?

Jamais!

 
Almaviva, Seña, Dom Melchor etc. são vinhos “fabricados” que não valem ¼ do preço e, quando comparados aos os originais franceses, são risíveis.

Mas voltemos ao “P.K.N.T Chardonnay Gran Reserva 2017”.

A vendedora do Carrefour, ao notar meu interesse pela belíssima garrafa, não hesitou em elogiar os vinhos e argumentou que o P.K.N.T estava em promoção por apenas R$35.

Curiosidade aguçada, tentação descontrolada e.....lá fui eu.

Com duas garrafas na sacola voltei para casa ansioso para provar o “Grand Reserve” chileno.

Meia hora de refrigerador, depois, derramei, esperançoso, um pouco de P.K.N.T na taça e provei.

 
No começo pensei que meu nariz e minha boca estivessem com problema.

Derramei mais um pouco de vinho na taça e no segundo gole percebi que os problemas não provinham dos meus dois sentidos, mas do P.K.N.T.

Não quero alongar minha crítica, que poderia se estender por mais de uma página, e termino declarando que o “Grand Reserve P.K.N.T” foi o pior Chardonnay que bebi em toda minha vida.

Uma solene e imensa porcaria.

Dói, um pouco, mas devo confessar que até o Chardonnay de Miolo é menos pior.

Não tive coragem de aproveitar o P.K.N.T na cozinha e o derramei diretamente no vaso de onde nunca deveria ter saído.

Dionísio

5 comentários:

  1. Mas você mereceu, hein? Eu acho que tem exceções e Chardonnay razoável no Chile. Alguns, com preços que não justificam e nos levam a Chablis básicos, muito melhores.
    Quanto a este PKNT, veja isso:
    https://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/aposta-certa-em-brancos-chardonnay-chile/

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  2. Mereci! Também acho que há alguns Chardonnay razoáveis no Chile veja http://baccoebocca-us.blogspot.com/2015/09/olha-esqueci-de-lhe-avisar-que-aqui-nao.html mas nunca um grande Chardonnay. Gostei da "....untuosidade e crocância. Cada picareta....

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  3. Como diz nosso chefe e peste hemeritus, bacco, "coitada da privada".

    Sigo a regra de nao fazer negocios com vinicola esperta para negocios. Invariavelmente os vinhos valem menos do que custam e/ou sao umas porcarias. Gosto do pequeno produtor que nao chega ate as casas bahia, posto ipiranga (yellow tail estava la), casa da banha, mercado livre ou dentro da mala dos bebados de moema.

    Outra regra simples: Achou vinho em duty free? Lima o vinho. Nao compra.

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  4. E os vinhos de Von Siebenthal, será que não mereceriam uma avaliação acima do mediano?

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