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terça-feira, 20 de novembro de 2018

BRICCO DELLA GALLINA


 


Quem segue B&B certamente já leu várias matérias que escrevi sobre o “Piccolo Ristorante” do meu amigo Enrico Boitano.
 

Boitano, em Chiavari, sua cidade natal, comandou, por quase duas décadas e sempre na Via Bontà (rua Bontà), as panelas e as garrafas do “Piccolo Ristorante”.
 
 
 

Problemas e mais problemas obrigaram Enrico a cerrar as portas, de seu local, em 2014.

Enrico realizou algumas tentativas em vários endereços, mas sempre com escassos resultados e jamais conseguiu reeditar o sucesso do histórico “Piccolo Ristorante” da Via Bontà.
 

Boitano, ao cerrar as portas de seu local em Chiavari, deixou “órfãos” inúmeros clientes e amigos que frequentavam regularmente o “Piccolo”.

Os habitués não iam somente ao local para comer; o “Piccolo” era considerado um ponto de encontro, um clube exclusivo, onde novos clientes eram considerados intrusos e olhados de soslaio.
 

Se algum desconhecido “ousava” entrar no local, as conversas baixavam de intensidade e volume até se transformarem em verdadeiros sussurros.

 Olhares desconfiados não aprovavam aquelas intromissões quase profanas.

 “Quem o chamou e o que está fazendo este sujeito no “Piccolo”? O “Piccolo” é nosso clube exclusivo e nosso patrimônio gastronômico”.

Atitude e comportamento típico dos lígures.

Eu, pasmem, demorei meses até superar barreiras e ser admitido no círculo dos “sócios”.
 

 Jamais haverá outro “Piccolo”!

Alguns habitués morreram, outros se mudaram para cidades distantes, mas vários “fieis” ainda sobraram e ainda respiram….

Muitos dos antigos “sócios do clube” (eu incluso), quase como zumbis, seguem Enrico Boitano por todos os endereços em que o irrequieto chef se aventura sem se importar com conforto, facilidade de acesso, decoração, serviço e outras frescuras:  Boitano sempre foi e será nossa referência culinária e há a esperança que ele possa parir um novo “Piccolo Ristorante”
 

Há pouco mais de um ano parece que Boitano finalmente encontrou um “Quase Piccolo“ e ancorou no seu atual e fantástico “Bricco della Gallina” pendurado em uma das colinas que cercam Chiavari.
 

 Como sempre nos, os “zumbis”, prontamente adotamos o atual endereço de Enrico e o elegemos nosso novo templo eno-gastronômico.

A cozinha, com pouquíssimas inovações, continua ótima e os pratos da tradição lígure sempre perfeitos.
 

O ambiente, acolhedor como de costume e o serviço.......Bem, o serviço, ainda bem, continua uma magnifica zona.

O novo endereço é somente alcançável com um bom e atualizados GPS.
 

Não é fácil...

 A estradinha, típica das colinas da região, tem curvas fechadas que exigem atenção e cuidado na direção, mas quando se adentra no “Bricco della Gallina”.....

Boitano está de volta!


Viva Boitano!  

Não conseguirei com palavras descrever a emoção que sinto ao rever Enrico, um pouco mais velho, mas sem um pingo de tristeza, otimista, feliz e envolvente como sempre.

  Ah, esqueci de mencionar a vista que se deslumbra da varanda do “Bricco della” Gallina”.

 

 Soberba!

Os olhos correm pelo mar até Portofino …. Você quer mais?

No “Bricco della Gallina” a ótima adega, a maestria do chef e a simpatia ímpar de Enrico, transformam um simples almoço ou jantar num sonho.

Imperdível!

Bacco


5 comentários:

  1. enquanto isso, na França...

    https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/11/22/espumante-salton-prosecco-premiacao-franca.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=economia

    tem uma picaretagem dessas por ano, sempre nessa época, não é possível

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  2. Visitei o Piccolo Ristorante após ler comentários do blog. Éramos 5 pessoas e não havia mais ninguém no restaurante. Enrico nos orientou e estacionar, foi recepcionista, garçon e cozinheiro. Não há carta de vinhos, acho que nem cardápio tinha. Enrico foi trazendo pratos, abrindo garrafas de vinho, nós só falando português, francês e inglês e Enrico somente italiano. E nos entendendo perfeitamente. Ele abriu uma das garrafas e sentou-se à nossa mesa e bebeu junto. Já tínhamos entregue à Deus o cartão de crédito, ele trazia coisas e vinhos e nós sem saber o preço de nada. No final a conta foi a mais barata de toda a nossa viagem. Foi inesquecível.

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