Antes de continuar com as “compras” quero comentar o post do
Eduardo
Eu acho louvável essa saga através de vinhos
"raros", mas a verdade é que estes "raros" vinhos degustado
as cegas com outros Borgonha brancos grand cru disponíveis nas boas lojas de
beaune e região não se destacariam muito. Talvez entre em vinhos brancos de
estirpe ficariam em quinto ou sexto talvez. Quem sabe não se realiza essa
experiência interessante
Caro Eduardo, eu moro na Itália, mais precisamente em
Chiavari.
Em Chiavari e arredores (Rapallo, Santa Margherita, Sestri
Levante), há uma dúzia de enotecas de primeiríssima linha.
Em Chiavari, na Enoteca Defilla, com seus cem e poucos anos de
história, é possível encontrar, entre mais de 1.300 etiquetas, umas grandes
variedades de vinhos italianos, espanhóis, portugueses, alemães, australianos,
americanos, franceses.
Na secção de vinhos franceses há uma centena de rótulos da
Borgonha, Loire, Alsácia, Bordeaux, Rhone...
Da Borgonha a variedade é grande e levaria muito tempo para, aqui,
elencá-la.
Mencionarei apenas: Meursault, Puligny-Montrachet,
Chassagne-Montrachet, Montrachet, Bâtard-Montrachet, Chevalier-Bâtard-Montrachet.
Saindo de casa às dez posso tomar meu cappuccino, no Defilla,
antes das dez e oito minutos.
Qual motivo teria, então,
para enfrentar mais de 1.200 quilômetros (ida e volta) para comprar 6 garrafas
de Meursault em Beaune?
O preço?
Não, os preços não são tão diferentes.
Admitindo que os preços
fossem 30% mais caros, no Defilla, mesmo assim não valeria a pena.
A gasolina custa, na Itália, 1,55 Euros.
Meu carro não percorre
nem 6 quilômetros com um litro de gasolina,
Fazendo uma conta
rápida, ouso afirmar que só de combustível, gastaria mais de 300 Euro.
A viagem começa se tornar viável e interessante quando se busca,
como você bem salientou, vinhos “raros”.
B&B evita sistematicamente comentar vinhos “comuns” até
porque há centenas de blog e sites especialistas em vinhos “redundantes”.
B&B não busca informar e aconselhar Valpolicella, Beaujolais,
Chianti, Côte du Rhone, Frascati etc.
B&B procura apresentar Gamba di Pernice, Lessona, Spigau, Rossese
di Dolceacqua, Timorasso e, olha a coincidência.... Les Dents de Chien, Vide Bourse,
Blanchot Dessus três vinhos quase desconhecidos no Brasil.
Eduardo, para você ter uma ideia da “raridade”, o Jorge Luki
bebeu, pela primeira vez na vida, um Les Dents de Chien, que eu abri na casa do
Massimo Martinelli, no dia 10 de dezembro 2014.
É bom salientar que o Luki e um conhecedor, de vinhos da
Borgonha, bem acima da média.
Desconheço seu conceito de “vinhos de estirpe”, mas gostaria de saber quais os cinco ou seis que
estariam à frente dos três que apresentei acima.
Se puder, por favor, me revele algo que, em
minha parca experiência, ainda não conheça.
É bom salientar que nenhum, dos três vinhos mencionados, custa
mais de 40 Euros.
Bacco
sei que o assunto está fora de contexto, mas há chances de fazerem um texto sobre o sul ou sobre a Sardegna, ainda que não seja sobre vinhos, já que vocês abordam sobre culinária? Aliás, há alguma região vinícola a ser explorada ou os meridionais estão em baixa até neste requisito? Na Sicília talvez? Como filho de um "terroni" da Puglia fico curioso em ler o artigo de vocês sobre turismo no calcanhar da bota. Só acho "cafonérrimo" eles privatizarem as praias da Sicília, Calábria e até da Puglia.
ResponderExcluirEstou planejando uma nova viagem ao sul faz tempo, mas sempre renuncio . É uma tristeza........
ExcluirNa próxima primavera cumprirei a promessa
Bacco, também estou atrás de vinhos raros! O que você me diria dos vinhos Baron de Lantier (antigo projeto da Martini no Brasil)? Também está atrás deles? Dizem que os vinhos Cabernet Sauvignon que ainda existem (safras 88 a 96) lembram grandes bordeaux. Obrigado. Abços.
ResponderExcluirNa Itália é quase impossível encontrar vinhos brasileiros. Não acredito que um CS nacional, aguente mais de 25 . Se vc encontrar descreva.
ResponderExcluirBaron 1989 já estava morto em 2007. O 1990 até contava alguma coisa, mas nenhuma história muito impressionante. Hoje, está intragável (abri uma garrafa ano passado).
ResponderExcluirO Baron 1989 já estava morto em 2007. O 1990 ainda contava alguma história, mas nada empolgante. Ano passado abri outra garrafa e já não dava nem pra cozinhar. Acredito que qualquer 1991 do Brasil seja hj lenda. Se alguém me convidar, compartilho, mas não pagaria nada por uma garrafa.
ResponderExcluirEu tomei alguns Baron de Lantier da década de 90 e eram bons vinhos, provavelmente os melhores nacionais que tomei (na época em que ainda tomava alguma vinho nacional). E não custavam uma fortuna,tanto que consegui tomar ainda na época da faculdade.
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