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sábado, 9 de março de 2024

FELIZ O TEMPO QUE PASSOU 2

 

Os primeiros “influencers”, dos anos 1960/1970, foram, sem dúvida, os grandes responsáveis pelas mudanças no comportamento e preferências dos consumidores e na transformação do vinho comum em um produto de elite.

Os vinhos já não eram ótimos por si só, era preciso ter uma etiqueta renomada, premiada, pontuada e já não bastava ser apenas um Barolo, Barbaresco, Brunello di Montalcino, Amarone, etc. é preciso ser um Dal Forno, Biondi Santi, Gaja, Conterno, Giacosa….



Nascem as grandes marcas e..... os grandes preços.

Nas adegas o prático e tradicional “cantiniere” (chefe da adega) cede o comando ao diplomado enólogo que não reluta nem demora em implantar novas e sofisticadas tecnologias para atender o “gosto” da nova leva de “papas” vinícolas:  The Wine Advocate, Parker Suckling Wine Spectator · Wine Enthusiast · Decanter · Jancis Robinson, Gambero Rosso etc.


O enólogo, em pouquíssimo tempo, se torna a figura indispensável nas degustações, feiras, apresentações, palestra, é visto como um semideus das uvas, alcança o sucesso e assume atitudes de uma estrela hollywoodiana.

Lembram quando a Miolo “contratou” o Michel Rolland, o maior “enólogo-cigano” da história do vinho, o apresentou como o mágico das barriques e que poderia transformar a Serra Gaúcha na nova Bordeaux?



O Rolando Lero era bom, mas não um mágico, assim, a Serra Gaúcha, Miolo e outros predadores da região, continuam produzindo os mesmos vinhos medíocres e irracionalmente caros.

Quando se noticiava a chegada de um enólogo europeu, às terras Tupiniquins, era quase risível assisti ao frisson que tomava conta dos sommelier, diretores da AB$ e dos enófilos em geral.


O Rolando Lero e outros, eram reverenciados, bajulados, endeusados, admirados como se super-homens fossem.

O vinho passou a ter um sucesso sem precedentes e, sempre “empurrado” por Parker & Cia., aderiu, de uma vez por todas e sem limites, aos apelos e preços da moda.

Madeira sem limites, quase marmeladas, grande concentração, aromas inúmeros e incríveis (adicionados?), alta gradação, biológicos, biodinâmicos, de garage, naturais, ânfora .... modas que fizeram sucesso e encheram os bolsos dos grandes predadores do vinho.



No Brasil se alguém tivesse bebido algumas garrafas renomadas, cursado uma das “trocentas” escolas de sommeliers, realizado uma ou duas viagens pela Europa vinícola, conseguia o passaporte para escalar a hierarquia social e ser admirado e secretamente, invejado.

Assistimos, quase incrédulos, a uma verdadeira explosão dos cursos de sommelier, quase todos ridículos, mas que desovaram uma multidão de “experts” que, com diplomas nas mãos, conseguiram, enfim, seus 15 minutos de notoriedade.



Nomes? Copello, Arrebola, Russo, Assada, Beato etc.

O tempo lenta, mas inexoravelmente, se encarregou de sepultar os enólogos-estrelas e os “sommerdiers” de vida (fácil?).


As múmias do vinho levaram para seus sarcófagos os vinhos parkerianos, biodinâmicos, ânforas, naturais etc.

 Os jovens pos-parker consomem menos vinho, tem pouca grana, não dão mínima para pontos, estrelas, bicchieri e todas as picaretagens inventadas pelo setor.

 As novas gerações preferem beber cerveja, spirtz, vinhos tintos leves, brancos frescos, espumantes (Prosecco em 1º), com baixo teor alcoólico e ….baratos.



Os vinhos parkerianos e caros, ainda fazem sucesso entre os enófilos mais velhos e quase sempre provenientes de países com pouca tradição vinícolas.

 Os “eno-terceiro-mundistas” (Brasil incluso) ainda cultivam uma enorme aberração: A confraria.

No Brasil as confrarias foram totalmente desvirtuadas e se transformaram em reuniões semanais, quinzenais ou mensais, nas quais os confrades se reúnem e disputam para ver quem trouxe a garrafa melhor, mais preciosa, mais famosa.

Nas confrarias, “Made in Brazil”, as libações atingem níveis estratosféricos e frequentemente os confrades, no final dos eventos, não conseguem distinguir um Châteauneuf-du-Pape de um insultuoso “Miolo Secreção”.



Viva a juventude que não dá a mínima para antigos e inúteis eno-profetas, não sabe quem foram Parker e seus inúmeros filhotes, mas meus pêsames para as novas gerações que seguem quase cegamente os novos e patéticos “influencers” cujos conhecimentos vinícolas são parecidos com os da Anielle Franco quando a ministra se aventura no “buraco negro”.



Continua.

Dionísio

PS. Na próxima matéria a crise do vinho tinto

segunda-feira, 4 de março de 2024

FELIZ O TEMPO QUE PASSOU....

 


Nos últimos 50 anos nenhuma bebida alcoólica, seja ela cerveja, pinga, whisky, Cognac, rum, vodca etc. foi tão divulgada, endeusada e valorizada quanto o vinho.

Mesmo sem utilizar maciçamente a propaganda clássica: rádio, televisão, jornais, revistas etc. o vinho conseguiu se valorizar de tal forma que hoje é uma das bebidas mais cara do planeta.



BAROLO DOCG 2015 MONFORTINO - CONTERNO GIACOMO

€1,480.00  




O grande divisor de águas ocorreu nos anos 1960 quando surgiram os grandes “Papas das Taças” que em poucos anos transformaram o vinho barato, o vinho do dia-dia, aquele que frequentava todas as mesas espanholas, francesas, italianas, portuguesas etc. na hora do almoço ou jantar, em um “néctar celestial” que devia ser cheirado demoradamente, degustado quase em êxtase, percorrendo  todos os cantos  da boca (paladar, papilas gustativas, dentes etc.) e (recomendável) com os lábios parecendo o clássico ”cu de galinha”.



Eram os anos dos Robert Parker, Luigi Veronelli, Jancis Robinson, James Suckling etc.…. 

Com eles nascia o vinho “moda” e entrava em declínio o vinho do dia-dia.

Vieram pontos, “bicchieri”, estrelas e muitos outros símbolos, todos regiamente comprados e pagos, que transformaram simples garrafas de vinho em artigos de luxo......e que luxo.



A badalação, elitização e sofisticação do produto, resultou em uma impressionante diminuição do consumo per capita.

Para dar uma ideia da queda no consumo, informo que em 1966 o

 italiano bebia 110 litros/ano  e em 2023 o consumo caiu para 27,8

 litros/ano.



É sempre bom lembrar que nos outros países europeus e no resto

 do mundo, o consumo, também, diminuiu consideravelmente.

Seria fácil perceber e concluir, então, que o “vinho moda” não foi uma boa escolha e que setor está passando por uma grave crise.

Nada mais errado: a tremenda alta dos preços compensou e muito, a diminuição do consumo.


O caro seguidor que está comodamente sentado em sua sala de estar, bebendo um cálice de Barolo e lendo a matéria, sabe por acaso, quanto custava o vinho piemontês em 1960?

As vinícolas da época e que ainda hoje permanecem no mercado, Fontanafredda, Borgogno, Marchesi di Barolo etc. etc. etc., vendiam, nos anos 1960, seus Barolo por 350 Liras e Barbaresco por 340 Liras.

A inflação italiana, no período 1960/2024, foi de 2822%

Aplicada a inflação cheguei à conclusão que a garrafa de Barolo deveria custar, hoje, 5,38 Euros e a do Barbaresco 5,13 Euros.

Deveria, mas o Barolo, das três vinícolas elencadas, só pode ser

 levado para casa desembolsando 35/45 Euros o que nos revela um aumento de nada desprezíveis 800%



Deu para perceber o pulo do gato?

O consumo caiu 254%, mas o pessoal compensou a perda da diminuição das vendas com o aumento de 800% nos preços   e continuou enchendo os bolsos

Culpa de Parker e companhia bela?



Sim, mas só em parte ......

Continua.

Dionísio.

 

 

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

OS ESCARGOTS DE CORINNE

 


O que leva um sujeito (eu) pegar o carro, deixar para trás Santa Margherita Ligure, uma das cidades mais bonitas e badaladas da Ligúria, percorrer 70 quilômetros por uma estrada estreita, com centenas de curvas, subindo e descendo montanhas, até alcançar Alpe minúscula aldeia nas encostas do Monte Penna (1.735m)?



Resposta: “L’Osteria di Alpe” e os escargots de Corinne.

Antes de continuar....

Se é difícil entender o porquê, de alguém (eu) deixar Santa Margherita Ligure, onde há dezenas de bons restaurantes, para ir até a minúscula e desconhecida Alpe para comer caracóis, o que dizer de Corinne Cavalli que saiu da mundana e luminosa Paris para se isolar em uma aldeia perdida nos Apeninos?



O amor?

Talvez.

Não perguntei, mas ao se casar, com o italiano Cavalli, é bem possível que Corinne tenha escolhido o caminho da paixão, paixão que a levou até Alpe.

Acho, então, que a paixão foi o denominador comum que nos levou até à minúscula aldeia:  Corinne pelo marido e eu por sua cozinha e seus insuperáveis escargots.



 Há mais de 5 anos frequento a “L’Osteria di Alpe” e nunca tive uma decepção.

Gentileza, cozinha impecável, preços mais que honestos e os melhores escargots que já comi em toda minha vida.

Nem na França, “capital” mundial dos caracóis, encontrei iguais.

Melhores?

 Nem pensar... Corinne é a “rainha” dos escargots!



Como sempre, um dia antes de começar a “indigestão” de curvas, liguei para saber se haveria uma mesa disponível.

Se acham que sou o único louco pela cozinha de Corinne, estão redondamente enganados: se não fizer reserva aconselho levar alguns sanduiches para não passar fome....



É sempre bom lembrar que o Monte Penna e seus arredores, é o “paraíso” dos “funghi porcini” (os cogumelos comestíveis mais apreciados na Itália).



Durante os meses outonais milhares de catadores e apreciadores, dos “funghi porcini”, invadem os bosques da região à procura dos cogumelos

 Na hora do almoço, ou jantar, cansados, famintos e sedentos, lotam os restaurantes da região e a “L’Osteria di Alpe” não foge à regra, mas mesmo fora da “alta estação” é bom reservar..... A cozinha de Corinne é famosa, renomada.



O menu é variado e muda conforme a estação, mas alguns pratos são os “intocáveis”: “Ravioli de Abóbora” Taglierini com Cogumelos, Taglierini ao molho de Javali, Ravioli de Ortigas, Coelho ao Forno, Trutas Fritas, Cogumelos e.…os melhores escargots que se pode desejar



À Bourguignonne, ao molho, fritos, com presunto, pastel de escargots…uma variedade impressionante e uma qualidade que me obriga a enfrentar, alegremente, centenas de curvas, subidas, descidas e.....precipícios.



“L’Osteria di Alpe” é um restaurante ideal  para o gourmet que já cansou das metas obrigatórias (Roma, Milão, Veneza, Florença, Portofino, Pisa etc.) e que busca endereços exclusivos, reservados e fascinantes.

Em meu último almoço, em “L’Osteria di Alpe”, Corinne seduziu meu paladar com um festival de escargots: à Bourguignonne, com presunto cru, ao molho e seus maravilhosos pasteis de caracóis.



A conta?

Quatro pratos de escargots, uma garrafa de agua mineral e três taças de um bom Trento DOC = 35 Euros.



Mais uma coisa: A estrada serpenteia por bosque, rios, cachoeiras e vales de grande beleza, a paisagem é linda, mas cuidado com a empolgação.... Há centenas de curvas e centenas de despenhadeiros.

Bacco

PS. Sem nenhum problema de trânsito, estrada livre, zero chuva...

 Cheguei um pouco mais cedo.

 Enquanto esperava a hora do almoço, resolvi beber uma taça de espumante na varanda da “L’Osteria di Alpe”.

 Bebericando meu Trento DOC, em paz com a vida e admirando o majestoso Monte Penna, nem percebi que um senhor, também com uma taça na mão, sentou em uma mesa próxima.

O homem, já com mais anos às suas costas do que os que ainda lhe restavam pela frente, após beber dois ou três goles de seu vinho, me olhou e disse; “Linda e tranquila paisagem, não? ”

Concordei e ele continuou:  “Pena que Alpe esteja morrendo.... somos apenas 20 os moradores da aldeia”

Estranhei o número e indaguei: “Pensei que em Alpe houvesse pelo menos 300 ou 400 habitantes”

“Havia... não há mais”

“Foram todos embora, mudaram-se? ”

O senhor me olhou, sorriu enigmaticamente, apontou para um pequeno cemitério, pouco distante e continuou: “Estão todos ali. Os mais jovens foram para as cidades e agora somos apenas vinte velhos que não fazem mais filhos....Alpe morrerá conosco”.

A voz de Corinne me resgatou do vale de lagrimas....

Alpe é uma entre as milhares de aldeias italianas que oferecem casa por poucos Euros....Quem quiser vá, eu continuo preferindo Santa Margherita Ligure.



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

QUEM SABE.....SABE 2

 


O “Fara” é um dos primos pobres do Alto Piemonte.

Boca, Gattinara, Ghemme e Lessona, sempre foram os “queridinhos” e mais prestigiados vinhos da região.

Sempre?

Bem, nem sempre....

 Até 2009, a vinícola Dessilani produzia o ótimo Fara “Caramino”, vinho que fazia enorme sucesso em muitos países da Europa e América.



A Dessilani resolveu ganhar muito dinheiro e organizou um esquema de falcatruas para falsificar o Amarone.

Foi pega, processada e perdeu tudo, inclusive o vinhedo “Caramino”.

 O vinho Fara, com a desmoralização da Dessilani, perdeu credibilidade e entrou em declino.

Nunca, porém, tudo está perdido.

As vinhas da Dessilani foram para leilão e um jovem viticultor, Damiano Cavallini, arrematou o lote e hoje, o famoso “Caramino”, já voltou ao mercado.



O “Caramino”, dos Cavallini, custa uma bela cifra (30/35 Euros) e as poucas garrafas produzidas são quase impossíveis de encontrar, mas há outras etiquetas bem mais baratas coma o Fara “Santo Stefano” que me custou 12,50 Euros.

A vinícola, dos irmãos Sergio e Valter Zanetta, não é conhecida como engarrafadora de “obras primas” do Alto Piemonte, mas seus vinhos são bons, honestos e com ótima relação custo-qualidade (o Ghemme deles é ótimo)



O Fara “Santo Stefano” confirma minhas espectativas e se apresenta com bela cor rubi, ao olfato revela sofisticada e interessante fineza, no paladar é seco, harmônico, aveludado e com longo final.

Vale, todos os 12,50 Euros que paguei.

Apenas um porém: Quando bebo sozinho não consigo “secar” a garrafa e deixei para o dia seguinte algumas taças do Fara “Santo Stefano

Decepção total ..... O Fara “Santo Stefano” apresentou um “envelhecimento” precoce, taninos agressivos quase cortantes......Imbebível



Recomendo beber a garrafa do “Santo Stefano” no mesmo dia sem deixar nada para depois....

Voltando à matéria anterior, “Quem Sabe....Sabe”, recomendaria aos viticultores portugueses e norte piemonteses, um estágio no Brasil para aprender como vender vinho.



No Brasil os produtores encontraram algumas fórmulas que lhes permite vender “tremendas-bostas” por preços de Grand Cru.

Os endereços dos “mágicos” são muitos e impossível elencar todos, mas vou tentar indicar alguns dos mais importantes que, com seus inventivos e refinados ilusionismos, fariam morrer de inveja até o mágico mais tarimbado.



Os produtores do “Murganheira”, bom espumante que pode ser encontrado por 17/18 Euros, em Portugal, deveriam se inscrever no curso “Eno- Mandrake” em duas vinícolas brasileiras: Valduga e Geisse.

Na Valduga aprenderão como é possível produzir um espumante medíocre e fazer com que os eno-tontos gastem incríveis R$ 499,00 (94 Euros) para comprá-lo



Produto vendido por Famiglia Valduga

Por:R$ 499,00ou  de 

Após o 1º estágio, na Valduga, os produtores portugueses somente obterão o certificado, “Eno-Mandrake”, após visitar a “Família Geisse” e aprender como vender, aos eno-idiotas, uma garrafa “Magnum”, de um espumante gaúcho, “Cave Geisse 40 Anos-Vintage Nature”, por “sodomizantes” R$ 1.069,90 (200 Euros)


CAVE GEISSE 40 ANOS- VINTAGE NATURE- (1,5 L)-Brasil- Serra Gaúcha

Preço normalR$ 1.069,90


De posse do diploma “Eno-Mandrake” o pessoal do Murganheira, ao voltar a Portugal, tentará hipnotizar os enófilos lusos e vender seu espumante base por 70/80 Euros (boa sorte.....)

O curso “Eno-Mandrake” tem a duração de 27 minutos e custa R$ 27.000.

Caso os produtores portugueses concordem em degustar os espumantes Valduga e Geisse o preço do curso será de apenas     R$ 2,70.



Vamos aguardar o resultado do “Murganheira” de 70/80 Euros para ver se há, em Portugal, tantos eno-tontos como no Brasil

O pessoal do Alto Piemonte deverá visitar outras vinícolas especializadas no ilusionismo da escola “Uri Geller”.



A Lídio Carraro e Milantino optaram pelo método “Uri Geller” por considera-lo mais moderno, eficiente e que pode “entortar” qualquer tentativa de resistência por parte do enófilo brasileiro.

A Lídio Carraro engarrafa um vinho, resolve etiquetá-lo “Singular Nebbiolo” e somente o entrega por hiperbólicos R$ 726,30 (137 Euros)


LidiO CARRARO SINGULAR NEBBIolo

A Partir de:
R$ 726,30


O eno-idiota brasileiro paga, por um insulto à casta Nebbiolo, mais do que o consumidor italiano gasta para comprar 5 garrafas do ótimo Gattinara “Travaglini”.



O método “Uri Geller” é tão poderoso que a vinícola Milantino o pratica, abertamente e com extrema eficácia, para vender seu “Gran Reserva 2005” por estupradores R$ 1.995,00 (375 Euros).

O curso “Uri Geller”, na Lídio Carraro e Milantino, tem a duração de 32 minutos custa R$ 32.000.

Caso os participantes piemonteses aceitem participar de uma degustação, não pagam o curso e recebem, além do diploma, uma caixa de Engov.



Com o diploma “Uri Geller” nas mãos os viticultores de Gattinara, Fara, Lessona, Carema, Ghemme, Boca etc. não terão dificuldades em vender suas garrafas por 80-90-100 ou até mais Euros.

Pena que ao despertar, os irmãos Sergio e Valter Zanetta tenham que vender, como sempre, uma garrafa de seu Fara “Santo Stefano” por 6-8 Euros e os produtores de “Murganheira” entregar seu bom espumante por 8/10 Euros.


O Brasil, dos eno-idiotas, é o sonho de todo viticultor europeu.

Dionísio.