Facebook


Pesquisar no blog

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

INVESTIR EM VINHO

 


Quando já não acreditava que algo novo pudesse sofisticar, ainda mais, o glamoroso mundo dos vinhos de alto valor, eis que surge, na Suíça, mais precisamente em Chiasso, a “Wine Profit”.



A “Wine Profit”, subsidiaria da “Money Surfers”, nasce, em 2018 com o objetivo de ajudar colecionistas e investidores a escolher o vinho certo, no momento certo, para obter o melhor investimento possível além de garantir armazenamento e conservação das garrafas na justa temperatura, umidade e luz.



A cota mínima, estabelecida, é de 10.000 Euros, mas nada impede que o investidor entre na sociedade com 100-200-300 mil Euros

A “Wine Profit” já conta com mais de 1.000 clientes e garante um rendimento anual de no mínimo 6% com reais possibilidade de atingir 12% ou até mais.

A “Wine Profit” sugere e recomenda que o prazo ideal, para conseguir o melhor resultado do investimento, é de 5 ou 7 anos, mas Emanuel Paglicci, diretor executivo da empresa, afirma que: “Quando percebemos que um vinho está alcançando uma performance muito acima da média alertamos o cliente e recomendamos a venda imediata”



Como funciona o vinho-investimento na “Wine Profit”?

Segundo A “Wine Profit” o percurso ideal, a ser seguido e preencher com segurança as exigências de cada investidor, deve percorrer quatro etapas.

1ª) Contatar um “account manager” da empresa para receber todas as informações e esclarecer eventuais dúvidas sobre riscos e benefícios de investir no vinho.



2ª) Após ter discutido a melhor estratégia o investidor poderá adquirir as garrafas sugeridas. A seleção dos vinhos deverá sempre mirar etiquetas exclusivas, de alta qualidade e com clara possibilidade de valorização.

3ª) Em seguida o vinho precisará ser transferido para as adegas da “Wine Profit” onde será conservado corretamente na posição horizontal, mínima exposição à luz, umidade e temperatura adequadas, ausência de vibrações e fortes odores.

4ª) Quando o vinho tiver atingido o pico de seu valor o investidor poderá optar pela venda das garrafas aos potenciais compradores: restaurantes, hotéis, enotecas, colecionadores etc.



Quem é o investidor “padrão”?

É prevalentemente um homem com idade entre 35 e 55 anos e que já tenha investido em outros setores e goste de inovar.

No Brasil, onde os investimentos podem alcançar facilmente 12% ao ano, investir na “Wine Profit” não despertará muito interesse, mas haverá, como de costume, enófilos abonados que não resistirão à tentação e desejo de ter uma adega-tesouro na Suíça.



Eu prefiro comprar, armazenar e beber meus vinhos quando assim desejar.



Vinho, para mim, não é investimento é satisfação......

Bacco.

 

 

5 comentários:

  1. Uma grande bobagem isso daí. Nenhum ativo no mundo tem garantia de valorização, se numa crise ouro e imóveis desvalorizam, imagine uma garrafa de vinho? Sou da área financeira e afirmo sem medo de errar que todo e qualquer investimento ofertado ao homem comum tem um objetivo e um objetivo apenas: cobrar taxas de administração. Pode investigar mais a fundo e aposto que encontrará uma série de taxas de administração, consultoria, fees de adega ou coisa que o valha. Estou com o Bacco, vinho é satisfação e não rolo financeiro.

    ResponderExcluir
  2. E já pensou se a moda pega no Brasil e começam a guardar e monetizar lírios escarrados, sesestrebarias, syrah do terroir de cupim

    ResponderExcluir
  3. Incompetente ou picareta? Que fund manager fala que incentiva o cliente a vender patrimônio após uma valorização boa? Saudades da gostosa do itau que falava groselha, mas ao menos ficava com peitinhos para fora a me convencer a abrir previdencia privada...

    ResponderExcluir
  4. Meu falecido pai guardava vinhos no armário, na expectativa de algum fato importante para comemorar, e sempre falava que, não fosse isso, os revenderia com lucro. Era italiano, mas esqueceu das adaptações qualitativas e climáticas, e guardava rosés como o D’Anjou, aqueles Valpolicelas e Salaparutas do passado, verdes portugueses, champagnes e Bordeaux básico de prateleira do velho PegPag. O único evento importante foi o seu próprio falecimento, e, é claro, os vinhos estavam todos estragados. Nem prazer, nem dinheiro. Deve haver alguma moral a se extrair daí.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O moral é que vinho precisa ser armazenado em temperatura baixa e constante, sem luz e de preferência sem vibração. Deixar um vinho encarar 35 graus de verão e 10 graus de inverno é receita pro desastre. A dilatação/contração causa micro fissuras na rolha e o ar entra. Aliás, não é seu pai o único a sofrer desse mal, quase 30% dos vinhos que compro no RJ tem algum grau de perda, não digo vinagre, mas armazenamento ruim, é perceptível. Meus melhores vinhos sempre foram os que trouxe de viagens e meti direto em adega.

      Excluir