Quando já não acreditava que algo novo pudesse sofisticar,
ainda mais, o glamoroso mundo dos vinhos de alto valor, eis que surge, na Suíça,
mais precisamente em Chiasso, a “Wine Profit”.
A “Wine Profit”, subsidiaria da “Money Surfers”, nasce, em
2018 com o objetivo de ajudar colecionistas e investidores a escolher o vinho
certo, no momento certo, para obter o melhor investimento possível além de
garantir armazenamento e conservação das garrafas na justa temperatura, umidade
e luz.
A cota mínima, estabelecida, é de 10.000 Euros, mas nada
impede que o investidor entre na sociedade com 100-200-300 mil Euros
A “Wine Profit” já conta com mais de 1.000 clientes e garante
um rendimento anual de no mínimo 6% com reais possibilidade de atingir 12% ou
até mais.
A “Wine Profit” sugere e recomenda que o prazo ideal, para
conseguir o melhor resultado do investimento, é de 5 ou 7 anos, mas Emanuel
Paglicci, diretor executivo da empresa, afirma que: “Quando percebemos que um vinho está alcançando uma performance
muito acima da média alertamos o cliente e recomendamos a venda imediata”
Como funciona o vinho-investimento na “Wine Profit”?
Segundo A “Wine Profit” o percurso ideal, a ser seguido e
preencher com segurança as exigências de cada investidor, deve percorrer quatro
etapas.
1ª) Contatar um “account manager” da empresa para receber
todas as informações e esclarecer eventuais dúvidas sobre riscos e benefícios
de investir no vinho.
2ª) Após ter discutido a melhor estratégia o investidor poderá
adquirir as garrafas sugeridas. A seleção dos vinhos deverá sempre mirar
etiquetas exclusivas, de alta qualidade e com clara possibilidade de
valorização.
3ª) Em seguida o vinho precisará ser transferido para as
adegas da “Wine Profit” onde será conservado corretamente na posição
horizontal, mínima exposição à luz, umidade e temperatura adequadas, ausência de
vibrações e fortes odores.
4ª) Quando o vinho tiver atingido o pico de seu valor o
investidor poderá optar pela venda das garrafas aos potenciais compradores:
restaurantes, hotéis, enotecas, colecionadores etc.
Quem é o investidor “padrão”?
É prevalentemente um homem com idade entre 35 e 55 anos e que
já tenha investido em outros setores e goste de inovar.
No Brasil, onde os investimentos podem alcançar facilmente 12%
ao ano, investir na “Wine Profit” não despertará muito interesse, mas haverá,
como de costume, enófilos abonados que não resistirão à tentação e desejo de
ter uma adega-tesouro na Suíça.
Eu prefiro comprar, armazenar e beber meus vinhos quando assim
desejar.
Vinho, para mim, não é investimento é satisfação......
Bacco.
Uma grande bobagem isso daí. Nenhum ativo no mundo tem garantia de valorização, se numa crise ouro e imóveis desvalorizam, imagine uma garrafa de vinho? Sou da área financeira e afirmo sem medo de errar que todo e qualquer investimento ofertado ao homem comum tem um objetivo e um objetivo apenas: cobrar taxas de administração. Pode investigar mais a fundo e aposto que encontrará uma série de taxas de administração, consultoria, fees de adega ou coisa que o valha. Estou com o Bacco, vinho é satisfação e não rolo financeiro.
ResponderExcluirE já pensou se a moda pega no Brasil e começam a guardar e monetizar lírios escarrados, sesestrebarias, syrah do terroir de cupim
ResponderExcluirIncompetente ou picareta? Que fund manager fala que incentiva o cliente a vender patrimônio após uma valorização boa? Saudades da gostosa do itau que falava groselha, mas ao menos ficava com peitinhos para fora a me convencer a abrir previdencia privada...
ResponderExcluirMeu falecido pai guardava vinhos no armário, na expectativa de algum fato importante para comemorar, e sempre falava que, não fosse isso, os revenderia com lucro. Era italiano, mas esqueceu das adaptações qualitativas e climáticas, e guardava rosés como o D’Anjou, aqueles Valpolicelas e Salaparutas do passado, verdes portugueses, champagnes e Bordeaux básico de prateleira do velho PegPag. O único evento importante foi o seu próprio falecimento, e, é claro, os vinhos estavam todos estragados. Nem prazer, nem dinheiro. Deve haver alguma moral a se extrair daí.
ResponderExcluirO moral é que vinho precisa ser armazenado em temperatura baixa e constante, sem luz e de preferência sem vibração. Deixar um vinho encarar 35 graus de verão e 10 graus de inverno é receita pro desastre. A dilatação/contração causa micro fissuras na rolha e o ar entra. Aliás, não é seu pai o único a sofrer desse mal, quase 30% dos vinhos que compro no RJ tem algum grau de perda, não digo vinagre, mas armazenamento ruim, é perceptível. Meus melhores vinhos sempre foram os que trouxe de viagens e meti direto em adega.
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