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segunda-feira, 3 de julho de 2023

BRASIIILLL.....MAIS UMA VEZ

 


Pontual, como carnê de IPTU, a “Impren$a E$pecializada” divulga os resultados obtidos, pelos quase-vinhos nacionais, no circense e mais que previsível Decanter World Wine Awards”.

Os cabeçalhos das matérias, como de costume, enaltecem os desempenhos das garrafas brasileiras e não lhes economizam elogios.




Este ano uma nova “estrela ” aparece e ilumina o firmamento das “tremendas-bostas-nacionais”: “Vinícola Ferreira”.

A ilustre desconhecida, nasce, há 13 anos, na Serra Da Mantiqueira, pelas mãos e desejo do empresário Dormovil Ferreira.




Dormovil, cujo nome lembra comprimidos para dormir, contrariando tudo e todos, não se apaixona pela indústria farmacêutica das pílulas para insônia, mas pelo mundo das uvas.

Dormovil não dormiu no ponto e descobriu que produzir vinhos, no Brasil, é bem mais lucrativo do que a maioria dos mortais imagina.

Impossível?

Acompanhe meu pensamento: Dormovil, há 13 anos apostou na produção de vinhos.

Plantou 225 videiras de Merlot e na primeira colheita encheu 18 garrafas com o precioso líquido.

Dormovil, sempre ligadaço, percebeu um fertilíssimo campo para explorar, assim, a original área da vinícola passou de 24 para 100 hectares e, desde 2019, passou a produzir 30.000 garrafas.

O meteórico sucesso de Dormovil, de sua “Vinícola Ferreira” e de seu premiado “Piquant Soléil 2022”, já preocupa e causa inveja nos pouco mais de 20 produtores da AOC Hermitage.



Os franceses, que há mais de 1.000 anos cultivam vinhas, no Rhône Setentrional, ficaram de queixo caído com o sucesso dos vinhos do Dormovil e já estão pensando em contratar Isabela Peregrino, enóloga da “Vinícola Ferreira”, para lhes ensinar como produzir um Hermitage que possa competir com o fantástico “Piquant Soléil 2022” da Serra da Mantiqueira.



Deixemos de brincadeiras..... Um vinho nacional, nascido há pouco mais de 10 anos, ganha medalha de ouro e custa tanto quanto, ou mais até, do que um Hermitage?

Pior.... A matéria, religiosamente paga, afirma: Os Decanter World Wine Awards são conhecidos por seu rigoroso processo de avaliação e concedem os prêmios ouro, prata e bronze. São considerados o maior reconhecimento que um vinho pode receber”


Rigoroso$, sério$, confiávei$ e imparciai$ que premiaram, além do vinho do Dormovil, outras 14.640 etiquetas provenientes de importantes e reconhecidos países produtores: Azerbaijão, Bélgica, Índia, Indonésia, Peru, Turquia, Polônia, Suécia, Taiwan etc.

Dormovil percebeu, rapidamente, que com uma boa propaganda e “lubrificando” as canetas$ certa$, poderia arregimentar um imenso exército de eno-tontos que, “patrioticamente”, pagaria R$ 300 (25% do salário mínimo) por uma garrafa de vinho da Serra da Mantiqueira.

Os franceses, coitados, para comprar uma garrafa de Hermitage Rouge 2019, da Guigal, devem desembolsar, pasmem, 54 Euros (R$ 287) que representam 4% de seus salários.



Hermitage Rouge 2019 - 75cl - Maison Guigal - Vin AOC Rouge de la Vallée du Rhône - Cépage Syrah

 

·         Château / Maison : Maison Guigal

·         Vallée du Rhône

·         Boisé

63,00€Prix de comparaison

54€30

 

Parabéns ao Dormovil que conseguiu, em 13 anos, o que os franceses não conseguiram em 14 séculos.



Falta, apenas, uma pequena coisa para coroar o feito.... Seriedade.

Dionísio.

PS. Esqueci um dado estatístico: Toda a área de Syrah, da AOC Hermitage, não alcança os 100 hectares da “Vinícola Ferreira.

 É o Brasil, mais uma vez, humilhando os europeus.

 

8 comentários:

  1. Os "grandes" vinhos Brasileiros competem com Chilenos e Argentinos que chegam aqui na faixa de R$70-80 após o frete e burocracias de cruzar a fronteira. Os "grandes" vinhos Brasileiros deveriam custar por aqui em torno de R$55, seja dormonid, vinho de narrador aposentado ou os "medalhas de ouro" qualquer. Acima disso é injustificável.

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  2. Isso só existe porque tem bobo que compra. Esse mundinho do vinho é cheio de otários arrogantes. E, se põe à venda por 50 reais, provavelmente não irá inflar o ego inseguro destes caras, e vai encalhar. Cara que paga 300 reais num vinho desses devia ir para terapia ou instalar de vez uma prótese peniana para superar o complexo de inferioridade.

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  3. Com 300 moluscos, mesmo considerando os preços tupiniquins, eu compro bons Syrah chilenos, portugueses, sulafricanos, australianos e até do Rhone Norte, como Saint-Joseph e Crozes-Hermitage. Só sendo louco para pegar um Syrah brasileiro.

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  4. https://oglobo.globo.com/blogs/saideira/post/2023/07/dois-espumantes-brasileiros-com-moscatel-sao-premiados-na-franca-um-rose-na-faixa-de-r-25-e-um-brut.ghtml

    Já provaram ??? 😂

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