A temporada das medalhas, compradas em concursos fajutos e
picaretas, parece ter sido aposentada, por enquanto, por não mais sensibilizar
os consumidores nacionais.
Os apelos “medalhistas” dos eno-predadores nacionais, não mais
sensibilizam os enófilos que já não acreditam, nem sob tortura ou lavagem
cerebral, que a qualidade de nossos vinhos possa realmente competir com os
melhores do planeta.
Somente um completo idiota acredita que um espumante, como o da
Valduga, possa competir e até ganhar dos Champagne.
Quando se enche muito o saco, com medalhas compradas, ele
estoura ....É “merdalha” para todos os lados
Os nossos produtores, dos “quase-vinhos” nacionais, abandonaram,
por enquanto, as merdalhas e apelam, agora, com o “ufanismo-exportador”.
É o Brasil conquistando o mundo com etiquetas da Salton,
Aurora, Valduga, Miolo e outras porcarias nacionais.
Se alguém discordar e considerar, “porcarias nacionais”, um
exagero, bastaria lembrar alguns “vinhos” engarrafados pelos nossos
exportadores: Chalise, Country Wine, Mosteiro, Sangue de
Boi etc.
Mas vamos ao “estrondoso sucesso das exportações”.
Notícias veiculadas e rigorosamente todas pagas, em jornais e
revistas, dão conta que as exportações de vinho nacional aumentaram 60% em
2021.
Quem lê apenas o cabeçalho acredita que as tremendas-bostas nacionais,
75% delas vinificadas com uvas não viníferas, invadiram todas as taças do
planeta.
Uma pequena incursão no “interior” da matéria revela:
1). Nosso maior parceiro, o Paraguai, foi responsável por 90% no
crescimento das exportações
2) A China importou -55% de vinho e -80% de espumantes.
3) O aumento das exportações para a Rússia
e Haiti “destinos
expoentes de nossas exportações em 2021”
compensaram
as perdas no mercado chinês.
4) A matéria tenta
despertar o “eno-ufanismo”, dos eno-idiotas, afirmando: “Um recorde de exportações que
atingiu até agora 9,5 milhões de dólares”.
Não posso conter o riso ao saber que o
Paraguai e Haiti são importantes importadores de vinho nacional e não mijar nas
calças ao ler que as exportações atingiram a fantástica soma de 9,5 milhões de
dólares.
Alguns números, interessantes, das
exportações de países produtores de vinho, revelam, que em 2020, a França exportou 8,7 bilhões de Euros = Itália 6,3 bilhões
de Euros = Chile 1,3 bilhões de Euros = Portugal 850 milhões de Euros =
Argentina 680 milhões de Euros.
É sempre bom lembrar que o Dólar vale 13% menos
do que o Euro então .... 9,5 – 13% = 8,3 milhões de Euros.
Os europeus e nossos vizinhos, Argentina e
Chile sentiram o impacto e estão tomadas sérias providências para retomar os
mercados do Haiti e Paraguai.
Falando sério…nossos produtores de
quase-vinho nos consideram todos imbecis.
Retribuo a gentileza avisando-os que, em 2022, continuarei boicotando os
vinhos nacionais e não os utilizando nem para fazer
comida.
Dionísio
P.S Quem quiser ler uma das matérias imbecilizantes...