Esta
matéria foi censurada e
curiosamente não era dirigida aos dois bufões
já mencionados.
O criticado é o sr. Spurrier.
Não temos muita admiração pelo enófilo inglês e sempre duvidamos
do “Julgamento de Paris”
Leiam, ou releiam
Dionísio
Não tenho provas, mas tenho a
firme convicção de que Spurrier levou uma bela grana para promover o "Julgamento
de Paris" e , acreditem, acho que ele mereceu.
Spurrier, que conhecia bem os
franceses, soube, com rara perspicácia, explorar a imensurável soberba vinícola
dos gauleses.
Algumas
ponderações
Lembram da luta em que Mike
Tyson perdeu o título para James Buster Douglas?
Tyson, que demolira, até
então, todos seus adversários, subiu ao ringue sem a preparação adequada.
Mais preocupado com
baladas e eventos mundanos subestimou o oponente com a certeza de obter fácil
vitória.
Tyson foi nocauteado, por
Buster Douglas, no 10º assalto
Com os franceses, aconteceu
exatamente a mesma coisa.
Do alto de seus pedestais,
bordaleses e borgonheses, aceitaram o convite, acredito, com enfado e
nonchalance: "Saco,
vamos acabar logo com esta palhaçada....."
A soberba ofuscou a
mente dos franceses que, inocentemente, não perceberam a armadilha: Estava
em jogo, naquele julgamento, o futuro da viticultura americana e a aposta valia
um mar de dólares para os produtores californianos.
Os franceses foram habilmente
manipulados do começo ao fim.
Os "juízes", pesos
pesados do mundo enológico francês, ficaram com cara de otários e os vinhos
californianos, que ninguém conhecia até aquela data, do dia pra noite se
transformaram nas vedetes da enologia mundial.
Golpe de mestre...... Palmas
para Spurrier (o espúrio?)
Os
bastidores
Os juízes ficaram com
cara de palerma?
Não todos.... Odette
Kahn,redatora chefe da "Revue
du Vin de France", a mais lúcida entre os onze jurados, desconfiou
do resultado e pediu para rever suas anotações e notas.
Spurrier não concordou e não
atendeu a solicitação.
Odette Kahn o acusou
várias vezes de ter falsificado o resultado, mas Spurrier, que já havia
conseguido seu intento, seguiu em frente sem dar a mínima para as queixas da
madame Kahn.
Palmas para Spurrier II.
Quem
ganhou?
Imaginem, por um instante, o
Barcelona, de Messi, Neymar, Suarez, Iniesta e Cia. aceitar o convite para
jogar, contra o "São
José do Ribamar Esporte Clube", lá
no Maranhão.
Se o Barcelona ganhasse, de
37- 0, não seria novidade nem notícia de primeira página.
Se, todavia, o São
José do Ribamar, por uma cagada homérica, metesse um gol e vencesse o Barcelona,
no dia seguinte, Bruno
Chocolate, Arcinho e Juninho
Pindaré, jogadores do time local, seriam olhados com respeito e até
contratados por clubes famosos.
Onde quero chegar?
O
"Chateau Montelena", que na disputa ofuscou os Chardonnay da Côte
D'Or, foi comprado pelos franceses "Château Cos d'Estournel" por 110
milhões de dólares.
O "Stag’s
Leap Wine Cellars", que pulverizou os Cabernet Sauvignon de Bordeaux, foi
adquirido , por 185 milhões de dólares pela americana "Ste. Michelle Wine
Estates" e pela italiana Antinori.
O
enólogo do Château Montelena, Mike Grgich, um ano depois, do "Julgamento
de Paris", conseguiu abrir sua própria vinícola.
Todos se deram muito bem.
E os franceses?
Bem, os franceses
ficaram com seus saltos altos.....
Depois
do Vendaval.
Há duas uvas que conheço bem:
Chardonnay e Riesling.
Não sei quantas garrafas já
provei de Chardonnay e Riesling, mas posso garantir que não foram poucas.
Chardonnay italiano, espanhol,
argentino, chileno, brasileiro australiano, sul africano, americano etc.
Muita porcaria, vários
bebíveis, alguns bons, mas nenhum excepcional e que pudesse ofuscar, por
exemplo, um Criots
Bâtard Montrachet, Blanchot Dessus, Les Dents de Chien e muitos outros da Côte
D'Or.
No rol não inclui, na lista
acima, o Montrachet.
Por razões mais que
óbvias, o Montrachet é
incomparável!
Provei, quatro vezes, o "Château
Montelena".
É um bom Chardonnay, mas,
comparado ao Criots
Bâtard Montrachet do Hubert Lamy, é uma piada, uma piada
cara, como todos os vinhos da Antinori.
Bons Chardonnay, do mesmo
nível do Château Montelena, há inúmeros, até no Chile e na própria Califórnia.
Acredito que, até com
tapa-olho, eu conseguiria distinguir um Montelena de um Criots.
O que teria ocorrido, então,
com os paladares treinados e experimentados dos juízes em 1976?
Os
"OU"
Ou Mike
Grgich fez "mágica" na adega com os famosos "pozinhos
misteriosos"
Ou dentro da garrafa
californiana o vinho era francês.
Ou Spurrier foi espúrio
Antes que pedras me sejam
atiradas, seria bom lembrar que o dinheiro corrompeu até os puros e ilibados
bolsos de nossos políticos.
Assim....
Bacco
Muita lucidez , gostei muito
ResponderExcluirSerá que tem alguém que acredita mesmo no tal julgamento de Paris? Eu também já bebi o Montelena algumas vezes. Sim, não é ruim. Mas até aí, bater Borgonha??? E com os 50-60 dólares que cobram por ele nos EUA, mudo de corredor e pego Borgonha que lhe dará uma surra. Ou então, para ficar no mesmo país, mudo de estado e pego um Chardonnay do Oregon, que dá banho no Montelena.
ResponderExcluirSalu2 de longe.
Ola! Tomando um Percristina 2004 esses dias, quase fui aos céus, acho que as vezes nome fala muito, outra nos mata de raiva....nessa caso me dei bem! Preciso voltar ao Piemonte, esse Euro vai atrapalhar mais que o Coronga. Abs. Marcelo
ResponderExcluirPois é .Esta matéria foi censurada pelo Google por determinação judicial.
ResponderExcluirJá bebi vinho brasileiro que lembrava vinho francês. Às vezes fico pensando se realmente não era.
ResponderExcluirVocê lembra qual foi?
ResponderExcluirNem preciso dizer. Você vai deduzir fácil.
ExcluirDionísio, honestamente falando, você acredita que a "vocação" natural do Brasil (Rio Grande do Sul) é para a fabricação de Espumantes Charmat, por conta de questões climáticas, etc? Pergunto pois no passado, empresas francesas (como a Georges Aubert, que foi relançada, Chandon, entre outros) identificaram na Serra Gaúcha bom potencial para uvas brancas, para elaboração de espumantes. Isso é verdade mesmo ou história inventada? Você indica algum produtor brasileiro honesto ou um Espumante nacional bom? Não tenho litragem, mas obviamente sei que os Espumantes BR não são melhores nem de longe do que Champagne - como afirma a Peterlongo. Também sei que há muita falcatrua, marketing e ufanismo por parte dos produtores gaúchos, mas existe algum produotor ou produto legal? Algum espumante nacional lhe surpreendeu?
ResponderExcluirCreio que a vocação natural do Brasil é produzir pinga. É raríssimo o bar italiano que não ostente, em suas prateleiras, cachaça 51, Ypioca, Nega Fulô etc. Espumante, ou qualque outro vinho nacional? Nem por decreto. Devo confessar que das porcarias gaúchas a menos pior é o espumante, mas nenhum que empolgue ou se eproxime aos bons italianos , portugueses, espanhóis Champagne? Nem pensar. Há alguns espumantes nacionais interessantes , mas exageradamente caros.
ResponderExcluirSim, alguma coisa interessante, mas exageradamente caros, como você mencionou. Na dúvida, vou continuar com o Champagne, Cava....
ExcluirObrigado
Dicas: Se encontrar algum italiano Franciacorta barato ou o Murganheira , bom espumante português não deixe de provar
ResponderExcluirÓtimo, vou procurar! Valeu pela dica!
ExcluirNo país do mi mi mi, não se tem liberdade de expressão. A não ser que você sempre diga o que eles querem ouvir. Como sempre tem alguém que vai discordar de sua opinião, o negócio tá sem solução. Essa merda de politicamente correto está acabando com o mundo. Qualquer coisa que você fale será criticado. Se for verdade então, está ferrado.
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