Li a matéria de Dionísio e tentei lembrar quando foi a última
vez que bebi uma taça de Prosecco.
Apesar do esforço mental não consegui recordar uma data, mesmo
aproximativa, em que o Prosecco tivesse sido o protagonista.
Não bebo aquela porcaria há anos, aliás, há muitos e muitos anos.
Minha “exclusão”
vinícola não se limita ao Prosecco e devo confessar que evito, sistematicamente,
vinhos da moda, badalados, pontuados, premiados, venerados etc. etc. etc.
Bebi quase todos, mas devo confessar que nunca comprei.....
Provei várias vezes, falsificados ou originais, Romanée-Conti,
La Tâche, Château Cheval Blanc, Château Latour, Château D’Yquem, Sassicaia,
Solaia, Masseto, Ornellaia, Monfortino, Vega Sicilia, Barca Velha etc. etc.
etc. e nunca suspirei nem desmaiei de prazer ao bebê-los.
Etiquetas super-badaladas, sonhos de muitíssimos enófilos de
todos os cantos do planeta, quando servidas, no anonimato das taças negras,
dificilmente serão reconhecidas provocando grandes emoções ou suspiros.
É bem provável que ninguém saiba distinguir um La Tâche (4.500
Euros) de um Morey-Saint-Denis 1er Cru Aux Charmes (70 Euros).
Meu dinheiro não é
capim e deixo garrafas de 500-1.000-5.000, ou mais Euros, para os enoloides de
plantão.
Uma única fraqueza: Os grandes brancos da Côte de Beaune.
Já comprei, bebi todos (Grand Cru e Première Cru) e continuo
comprando apesar dos preços exorbitantes, preço que, todavia, não chegam aos
pés dos 7.900 Euros do Brunello Biondi-Santi 1995.
Os grandes Chardonnay
da Borgonha são o meu ponto fraco, meu talão de Aquiles, mas 200/250 Euros, por
um extraordinário Corton Charlemagne, do Maurice Chapuis,
não são impensáveis.
Nem todos os dias, porém, Corton Charlemagne,
Criots-Bâtard-Montrachet, Chevalier-Bâtard-Montrachet e CIA. alegram minhas
taças ... e fazem chorar minha carteira.
O meu vinho, do dia-dia, deve navegar entre 5 e 20 Euros.
Há pequenas concessões
para os Champagne que podem extrapolar e custar até 25/35 Euros.
Garanto que se bebe muito bem sem precisar bancar o enloide
esbanjador e ser motivo de risos e chacotas nos restaurantes, bares e enotecas
europeias.
Falar não basta e
resolvi, então, sugerir 20 opções de ótimos vinhos do norte da Itália (o centro
e o Sul ficarão esperando uma próxima matéria),
fáceis de encontrar e todos abaixo de 20 euros.
Tintos:
“ Grignolino Il Ruvo
-Castello di Gabiano”, “Pelaverga-Fratelli Alessandria”, “Gamba di Pernice- La Tenuta dei Fiori”, “Bramaterra- Colombera & Garella”, “Nebbiolo Crutin Giovanni Manzone”, “Gattinara Mauro Franchino”, “Bardolino Le Fraghe”, “Valpolicella
Ripasso Le Ragose”, “Refosco Vigne Orsone
Bastianich”, “Barbera-Fratelli Alessandria”
Brancos:
“Gavi Minaia Nicola Bergaglio” (melhor
custo/qualidade que conheço), “Rossese Bianco Giovanni Manzone”, “Timorasso” Claudio
Mariotto” “Spigau -Le Rocche del Gatto”,
“Trebbiano di Soave Massifitti -Suavia”, “Capitel Croce – Anselmi”, “Capitel Foscarino-Anselmi”, “Lugana-
Oselara”, “Malvasia Vigne 80 Anni – I Clivi”,
“Collio Pinot Bianco-Schiopetto”.
Saia da mesmice e beba otimamente sem gastar muito.
Bacco
Pô! Até que enfim liberou umas dicas, Pena que será dificil encontra-los em Terras Brasilis!
ResponderExcluirInjustiça. Há, no blog, dezenas de dicas liberadas. Infelizmente a segunda parte está mais que verdadeira: Será quase impossivel encontrar os vinhos indicados no Brasil, mas quando for à Itália...
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