Enquanto Bacco se divertia em saunas,
no topo dos Alpes italianos, eu passava mais uma temporada de terror, no
hemisfério norte, à procura de vinhos possivelmente potáveis.
Uma viagem temática e lúdica para me
reconectar com meu eu interior.
Com as costas cheias de adesivos, dos vários
países visitados, posso afirmar que quase mais nada já me surpreende, mas há
algo que não entendo e me frustra: controle
governamental na importação, distribuição e vendas de vinhos e bebidas em
geral.
Ao leste e oeste de Greenwich a
situação se repete e o medo nunca supera a esperança.
Segundo as lorotas locais o controle estatal
se faz necessário para os controles da saúde da população e das finanças.
É mais que notório que o álcool gera um monte
de impostos em cascata.
Falo de Arábia Saudita, Zimbábue,
Korea do Norte?
Não!
Estou me referindo ao Canadá, Finlândia, Suécia,
Noruega e até alguns estados americanos.
Tive a infeliz oportunidade de fazer
compras, nesses países, em lojas controladas e administradas pelos governos locais.
Se você achou o que o sommerdier desta
ou daquela loja não foi atencioso, foi mal educado e sem conhecimento algum, imagine,
então, um funcionário publico vendendo vinhos numa loja estatal e amparada pelo
monopólio.
Até pouco tempo em vários estados nos
USA havia somente lojas controladas pelo governo.
Após muito lobby (tem algo mais
americano do que lobby?) os governos cederam, deixaram o mercado para a
iniciativa privada e.... O óbvio aconteceu: Mais
escolhas, mais vendas, qualidade melhor, mais empregos e mais impostos para o governo
incompetente, letárgico, ineficiente.
Existem os barcos da esbornia --- em
tradução livre-- da Escandinávia para Estônia.
Matooseenan, Lundgreen e Ingrid pegam
o barco ,de noite navegam, enchem a cara e, pela manhã, chegam a Talina para se
reabastecerem de vinhos e super-alcoólicos pavorosos, mas, ainda assim, melhores
daqueles vendidos pelo monopólio governamental de seus países.
A qualidade do vinho europeu, importado
pelo Canadá, pináculo dos monopólios estatais, da vontade de rolar pelado na
neve.
Todos os "clássicos" italianos,
espanhóis e franceses, de aeroportos ou dos Carrefour, estão ali presentes.
Literalmente da vontade de tomar vinho chileno
e argentino.
Alberta está pensando em bloquear
importação de vinhos de British Columbia por uma briga referente ao transporte
do petróleo.
A população teme e se preocupa pela possível falta
de vinhos no mercado.
Se o mercado tivesse liberdade para
escolher, o que importar e distribuir, essa ameaça tosca cairia na vala da gozação cibernética.
O interessante é que, em todos esses países
eno-monopolizados, não encontrei nenhuma garrafa do "Segundo
melhor Espumante do Mundo" e nem do "Segundo
Melhor Merlot do Mundo".
Talvez, (sem
risos, por favor......) haja pouca vida inteligente nessas repartições
públicas.
Na minha opinião, o que os governos
deveriam fazer?
Governar, fiscalizar e aplicar as leis e..... "c'est fini".
Quanto menos governo houver, melhor para
todos...... salvo para os vagabundos de
sempre...
Bonzo
esse post é sério candidato a receber o troféu Peter Sellers de melhor título do ano. e só li verdades no conteúdo.
ResponderExcluirhahahah
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