Terminaram, finalmente, as olimpíadas e meu saco cheio
agradeceu.
Juro que não estava mais aguentando ver disputas de esporte
que não curto, não suporto e que de olímpico pouco ou nada tem.
Nomes aos bois?
Badminton, futebol feminino, judô, handebol, golfe etc.
Em poucos dias já terei esquecido "heróis" que não
conhecia há quinze dias, heróis que nunca me fizeram falta e que nunca
lembrarei no futuro.
Com o final dos jogos, por um salutar bom tempo, deixarão a "passarela
da vaidade", o Eduardo "canguru"
Paes, o Galvão "Miolo" Bueno, e todos os narradores que se
esgoelaram de tanto gritar parecendo galinhas de ngola.
Acabou a festa e vamos voltar ao nosso mundo, o mundo do "quase-vinho"
nacional.
No mundo, de nosso "quase-vinho", ninguém merece nem
uma medalha de lata.
O nosso "campeão"
Arrebola continua percorrendo o Brasil tentando ganhar uns trocados, sugerindo
e fazendo propaganda de vinhos quase sempre medíocres, o Bilu Didu Tetéia, com
sua folha "cobre pinto", continua sendo o palhaço-mor dos eventos
vinícolas do eixo Rio - São Paulo e agora, Brasília, os diretores da AB$,$BAV continuam
viajando comendo e bebendo de graça por conta de importadoras e produtores de
vinho e..... a mediocridade continua.
Uma novidade: Jorge Lucki cai do pedestal.
Não sigo, regularmente, o Lucki no "Momento
do Brinde", mas seus últimos comentários, sobre a Itália e seus
vinhos, aguçaram minha curiosidade.
Jorge responde, às
perguntas do Sardemberg e comenta vinhos, de qualquer canto do planeta, com
naturalidade segurança espantosas.
Não acredito que o Lucki e nem outro crítico qualquer, por
mais preparado que seja, possa conhecer todos os vinhos e vinhas do planeta.
É impossível comentar vinhos da França, Itália, Portugal
Chile, Espanha, Argentina, Austrália, África do Sul, Líbano, Israel, Geórgia etc.
etc. etc., sem cair do cavalo.
É muita pretensão.
Na semana passada, comentando o Véneto vinícola, no
"Momento do Brinde", Lucki cometeu uma belíssima sequência de erros.
Lucki, ao indicar um restaurante, imperdível, em Verona
mencionou o famosíssimo e histórico "La Bottega del Vino".
Até aí, tudo bem, mas nosso comentarista comete, de cara, seu
primeiro erro.
A "Bottega del Vino" é na realidade a "Antica Bottega del Vino".
Segundo erro: Jorge, no papo com o Sardemberg, afirma com
todas as letras que "bottega" significa, em
italiano, "garrafa".
Garrafa, em italiano é "bottiglia" (se
pronuncia bottilha).
"Bottega" é uma bodega, lojinha,
armazém etc.
Os erros são pequenos e denotam, apenas, pouco conhecimento da
língua italiana, mas confirmam que tentar ser onisciente é perigoso, é impossível.
A importância dos deslizes linguísticos some no exato momento
em que Lucki, do alto de seu trono, comenta o Prosecco.
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/jorge-lucki/2016/08/18/PROSECCO-ORIGINAL-FICA-NA-REGIAO-DO-VENETO.htm
Os cinco minutos do "Momentos
do Brinde" não bastam para esgotar qualquer assunto do vinho, mas
são mais que suficiente para revelar que o Jorge não é tão experiente e infalível,
assim....
Lucki afirma, com
todas as letras, que o único Prosecco DOCG é aquele produzido na região de
Conegliano e Valdobbiadene.
Nosso radiofônico guru esquece e ignora o "Asolo
Prosecco DOCG".
Asolo, belíssima aldeia da província de Treviso, distante 60 km de Conegliano e 45 km de Valdobbiadene, também ostenta, desde 2010, em suas garrafas a denominação DOCG.
Em nosso deserto vinícola, sempre considerei Jorge Lucki o melhor e mais bem preparado de nossos críticos, mas, também, sempre desconfiei que houvesse bastante "Google" em seus comentários.
Desconfiava...... Agora tenho certeza.
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