Você, que ainda acredita que o vinho é um produto “natural”,
que não é manipulado, trabalhado, modificado na adega, deve ler com calma e sem
se alarmar o texto abaixo.
Tenho a mania de ler sites que tratam de enologia, de produção
de vinhos e das mazelas que ocorrem ou podem ocorrer no escurinho das adegas.
A última moda que surgiu , mas que (ainda bem) já está sumindo,
foi a dos vinhos biodinâmicos, “naturais”.
Os vinhos biodinâmicos e naturais, alardeavam os produtores, deveriam
dispensar, ou quase, o uso de defensivos nas vinhas, sofrer nenhuma ou pouca
intervenção corretiva por parte dos enólogos, o mínimo intervento por parte do viticultor......
Vinhos puros, vinhos “vestais”.
Ser uma vestal, na zona, é difícil e o mundo do vinho, como
todos os mundos, aliás, é uma tremenda zona.
Aromas, taninos, chips, mentiras, falsificações, engodos etc.
etc. etc. são muito mais comuns do que se possa pensar ou imaginar.
Você, que acreditou nos vinhos “naturais”, biodinâmicos, biológicos,
puros etc. veja o que é permitido adicionar, por lei, na comunidade europeia, aos
vinhos “vestais”.
Leia, releia e creia....
Ar e oxigênio na fase gasosa, perlita, celulose,
farinha fóssil, azoto, argônio anidrido carbônico, leveduras, fosfato de amônio,
cloridrato de tiamina, carvão de uso ecológico, gelatina alimentar, proteínas vegetais
do trigo e da ervilha, cola de peixe, albumina de clara de ovo, taninos, caseína,
caseinato di potássio, dióxido di silício, bentonita, enzimas pectinolíticos, ácido
láctico e acido L- tartárico, carbonato di cálcio, tartarato neutro de potássio,
bicarbonato di potássio, resina di pinho di Aleppo para a retzina no vinho grego,
bactérias lácticas, ácido L-ascórbico, ácido cítrico, ácido meta-tartárico,
goma arábica, bitartarato de potássio, cirtrato de cobre, sulfato de cobre, chips
de madeira, sulfato de potássio, SO2.
O uso dos produtos, acima mencionados,
é permitido na comunidade europeia
Imagine o que é permitido, então,
na comunidade gaúcha...
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