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quarta-feira, 10 de julho de 2013

BORGONHA I






Dionísio, durante um jantar em Chiavari, comentou que gostaria de retornar à Borgonha.

 Não pensei nem dez segundos, não me fiz de rogado e, após os normais preparativos, na manhã seguinte colocamos o carro na estrada.

Dia límpido, frio... Ótimo para viajar.

“Vamos passar pela Val D’Aosta, atravessamos o Monte Bianco e, se não tivermos nenhum contratempo, comeremos as ótimas rãs do Saint Laurent em Macon”.

Fiz o comentário quase falando comigo mesmo enquanto Dionísio anuía balançando a cabeça e sorrindo “giocondamente”.

Uma multa de 90 Euros, pagos na hora aos policias franceses, pelos excessivos 185 km horários, diminuiu nossa pressa, mas não nosso entusiasmo e antes das 13, entramos, triunfantes e confiantes, no Saint Laurent, bem ao lado da belíssima ponte que há mais de 800 anos se eleva sobre o rio Saône e une Mâcon e Saint-Laurent-Sur-Saône.

Atendimento perfeito, rãs, como de costume, maravilhosas, carta de vinhos razoável, preço condizentes (para os padrões franceses....).

 O Saint Laurent continua sendo um endereço mais que válido em Mâcon.

De Mâcon para Pierreclos é um pulo.

Havíamos decidido visitar os Jambom para saudá-los e comprar algumas garrafas de seus ótimos e baratos vinhos.
Eu estava pensando, em especial, no belíssimo “Mâcon-Pierreclos 2005” a pequena obra prima de Pierre Antoine Jambon.

Pierre Antoine, pilotando seu gigantesco e sacolejante trator pela estreita estrada rural que de Pierreclos,  num sobe e desce constante, acaba desaguando no quintal de sua pequena vinícola, não nos reconheceu quando o ultrapassamos e ficou surpreso ao ver meu carro estacionado bem na porta de sua casa.

Onze horas em ponto!
Saudações, sorrisos e costumeiros abraços antecederam a abundante e interminável degustação dos vinhos produzidos pelos Jambon.

Mâcon Pierreclos Couvée 2005,2009 - Mâcon Pierreclos Fût de Chene 2001, 2005 - Poully Vinzelles 2009 e finalmente, mais uma pequena obra prima de Pierre Antoine: Vendanges de La Saint Martin.

Os vinhos dos Jambon sempre me “obrigam” a um desvio na rota, mas a qualidade e o preço de suas garrafas compensam qualquer contratempo e distância.

  “Mâcon-Pierreclos Couvée”, “Mâcon Fût de Chene”, meus preferidos, diferem apenas pela presença mais marcante da madeira no “Fût de Chene”, mas ambos são Chardonnay elegantes, finos e com uma persistência impressionante no paladar.

Grandes vinhos por apenas 7 Euros (viva os Bettus da vida....).

Se alguém desejar gastar uns pouco mais  (14 Euros) poderá levar para casa uma garrafa do extraordinário “Vandanges de La Saint Martin”

O Saint Martin é produzido apenas nas safras em que as  uvas  são atacadas pela “Botrytis Cinerea” e o vinho (  4.500 garrafas em 2007) se apresenta tão complexo ao nariz  e tão rico na boca que , sinceramente, não me atrevo ir além com receio de  beirar o ridículo e   parecer mais um dos   sommeliers mentirosos e picaretas que infestam nossa crítica capenga.

Quem estiver passando  por Mâcon, quiser provar  e comprar grandes vinhos, por um preço mais que justo, deve dar uma passadinha na.

 Domaine Jambon Marc et Fils
Pierreclos

3 comentários:

  1. O Blog está melhor do que nunca. Parabéns pelas ótimas dicas.

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  2. Vc também está melhor que nunca....fez um filho

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  3. E nós no braziu ziu, pagando preços absurdos por vinhos nacionais de qualidade mais que duvidosa ...

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