Meses atrás, fazendo compras, em um
supermercado popular do Leste Europeu, já me preparava para me dirigir ao
caixa, quando passei pelas gôndolas de bebidas alcoólicas.
Nesse supermercado, em particular, as
estantes com bebidas alcoólicas ocupam dois terços do espaço final até os
caixas, com o terço restante dedicado a iogurtes, ovos e maioneses (estas,
sempre refrigeradas).
Na classificação dos supermercados do
país, a rede onde estava fazendo compras ocupa classificação mediana, mas sempre
há boas ofertas nas prateleiras dos vinhos e já encontrei Gavi e Borgonha
básicos pelo equivalente a 15 euros (ótimo preço para a Europa do Leste), um
Nero di Troia, muito bom, por cerca 11 euros... e por aí vai.
Vinificado com Chardonnay,
Pinot Noir e Pinot Meunier, em partes iguais, o Traditio Brut da Camiat & Fils
é um Champagne classudo, bem acima da média e vale
todos os 18 Euros que desembolsei para levá-lo até minha taça.
Bem, poderia... e foi: dois meses
depois, o mesmo supermercado foi à loucura e liquidou a versão Blanc de Blancs
do Camiat & Fils por algo próximo a 14 euros!
Havia duas garrafas disponíveis e ambas
foram conhecer minha adega.....
Trata-se de um récoltant manipulant,
ou seja, que produz o Champagne com suas próprias uvas, comprando um máximo de
5% de terceiros.
Embora os vinhos vários récoltant manipulants estejam em voga atualmente, conhecidos como grower champagne, me parece que a Camiat & Fils ainda não foi “descoberta”.
Nenhum de seus Champagne custa, no
produtor, mais que 25 Euros – nem mesmo as cuvée Prestige e Bacora, do topo de sua gama
Sorte a nossa!
Zé




Nossa, agora descobri que nao se diz iorgute, mas iogurte. Boa descoberta nos vinhos, Jose.
ResponderExcluirsegundo o Manual da Gramática de B&B, a partir da terceira taça de vinho gaúcho, também são aceitáveis as formas "iorgute", "cocrete", "largato", "aspiral", "fentiço" e "pobrema". duro é chegar nessa terceira taça...
ExcluirZé
Atualmente o maior problema do vinho gaúcho nem é a qualidade, mas o preço. Tem coisa razoável, mas custa 3x o que deveria. É mais uma compra ruim do que um produto ruim.
ExcluirEspumante é meu vinho favorito! <3
ResponderExcluirNão temos apenas o 2o melhor espumante do mundo...
ResponderExcluirhttps://revistapegn.globo.com/google/amp/gestao/noticia/2025/10/panetone-brasileiro-e-considerado-o-segundo-melhor-do-mundo-em-premiacao-italiana.ghtml
Panetone com maconha?
ResponderExcluirPara resumir. Temos melhores do mundo:
ResponderExcluirAzeites
Queijos
Panetone
Espumantes
Café
Curioso que dessa lista bizarra o que menos me desce é o Café. Acho muito ácido o café Brasileiro, falando dos especiais, mas de alguma forma conseguiu suas medalhas também. Somos campeões em tudo!
Discordo do amigo desconhecido. Compro cafe dos melhores do mundo todo e pago bem $$ por eles. Mas os de small batch da ilha do bananal estao sempre entre os meus favoritos de qualquer ano. Voce nao sabe comprar cafe ou escolher ou nao sei o que. Cafe do bananal quando bom, eh otimo. Nao comprar em supermercado ja seria um bom comeco. Boa sorte, que deus abencoe os buffalos e as criancas.
ExcluirNão estou disposto a pagar fortunas por café, como não estou por vinhos. Do mesmo modo, jamais vou para os Pergolas, Miolo (vinhos) ou Pilão, Melitta, 3 corações (café) ds vida. Costumo sempre buscar um ponto onde a qualidade é acima da média e o preço não atingiu regiões exploratórias. Em tudo. Nessa faixa de preço os cafés arabicas da Costa Rica por exemplo dão surra nos do Brasil, que são ácidos demais. Não duvido que você ache algo artesanal de alta qualidade daqui, assim como nos vinhos podemos achar rótulos bons até mesmo do Rio Grande do Sul, mas o preço nunca se justifica, esse é o ponto.
ExcluirPegando o gancho irônico do anônimo acima, em dois itens somos realmente campeões.. Temos o pior governo e o pior judiciário do mundo. Haja vinho pra aguentar o Brasil de hoje.
ResponderExcluirTa aí um bom tema pra debate. O custo benefício das coisas tem se comportado de forma linear até certo patamar e a partir de um ponto vira exponencial (onde o preço aumenta absurdamente sem um acréscimo proporcional em qualidade).
ResponderExcluirPara exemplificar: um vinho de 100 é muito melhor que um de 50, duas vezes melhor, mas um vinho de 500 não é 2 vezes melhor que um de 250. E indo a um extremo, um vinho de 2.000 não é 2 vezes melhor que um de 1.000, pelo contrário, já se parecem muito. Aí entra na região do status, da ostentação etc... o segredo da boa compra é encontrar esse ponto, que nos vinhos realmente fica ali nums R$130 +-
Só compro café moído na hora e de recipiente transparente. Não importa se é Conilon ou Arábica. Mas, ali, não tem galhos, cascas, milho e terra.
ResponderExcluirEu só compro vinhos naturais amassados pelos pés do Bilu teteia numa vinícola gaúcha. Ali não tem metanol ou sulfitos.
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