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terça-feira, 18 de março de 2025

BEBER BEM EM SANTA MARGHERITA 2

 



O primeiro vinho degustado, como era de se esperar, foi o branco.

Belo vinho, de estrutura média, perfumes sutis, interessantes, muito elegante e no final pude perceber uma leve passagem em barrique o que me fez pensar ser, aquele, um vinho de ponta da vinícola.

Garrafa acima da média que, confesso, beberia, seguramente, mais vezes.



Roberto mostrou a etiqueta e desfez o “mistério”:  “Torre di Giano Vigna del Pino” da Lungarotti.

A Lungarotti não é exatamente uma pequena vinícola.



A produção é de, aproximadamente, 2,5 milhões de garrafas e suas vinhas se estendem por 250 hectares: 230 na propriedade “Torgiano” e 30 na “Montefalco”.



Sempre considerei os dois vinhos base, da Lungarotti, o “Torgiano Rosso - Rubesco” e o “Bianco di Torgiano - Torre di Giano” bons vinhos, honestos e baratos (7/10 Euros) e devo confessar que me entusiasmei com o “Torre di Giano Vigna il Pino” e até pensei comprar algumas garrafas.

O entusiasmo arrefeceu quando Roberto, com voz grave, me comunicou que havia pago, pelo “Vigna del Pino”, 18 Euros e somente poderia me vender algumas unidades por 23 Euros.



O pensamento voou até à vinícola Nicola Bergaglio onde o Gavi “Minaia”, nem um milímetro inferior ao “Vigna il Pino”, me aguardava pelos sempre modestos e honestos 5,50 Euros.

Roberto percebeu minha relutância e sem demora continuou a degustação me apresentando a taça do tinto.

Belo vinho de carregada cor grená, no nariz apresentou aromas de especiarias e na boca se revelou harmônico, aveludado, envolvente.



Roberto apresentou a garrafa e minha surpresa foi enorme.

“Le Pitre”, vinho produzido com 100% de uvas Negro Amaro (tomara que a ministra Anielle “buraco negro” Franco não queira, também, mudar o nome do “Negro Amaro…) Nasce na Puglia e é engarrafado pela vinícola Mottura.



A Mottura faz parte do gigante vinícola italiano, Mezzacorona, grupo que produz, nada desprezíveis, 45 milhões de garrafas.

O que mais me intrigou foi constatar que uma indústria vinícola, como a Mottura-Mezzacorona, conseguiu produzir um vinho tão interessante e de surpreendente qualidade.



O “Le Pitre” é um vinho fácil de beber, de grande personalidade e que, degustado às cegas, cativa até o mais exigente paladar.

O que agrada muito, também, é o ótimo preço do “Le Pitre”: Roberto declarou que pagou pouco mais de 8 Euro a unidade.



Mais um vinho surpreendente do incrível território vinícola do sul da Itália.

Confira!

Bacco

14 comentários:

  1. certa vez, há uns cinco anos, bebi um Nero di Troia da linha mais básica da Mottura e fiquei impressionado como era um vinho muito bom pelo preço (meros 3 euros). bom saber que não foi um caso isolado.

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  2. Quanto ao Torre di Giano, a Mistral, por meros R$ 500, pode aplacar sua sede:

    https://www.mistral.com.br/p/vinho/torre-di-giano-vigna-il-pino-2017-lungarotti

    Desde que você não se importe, claro, com o fato de ser 2017 e com a conhecida qualidade do armazenamento da importadora.

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    1. O Sarney Gran Reserva é destaque no mundo do vinho.

      https://revistaoeste.com/agronegocio/o-nordeste-se-tornou-um-dos-grandes-produtores-de-uva-e-vinho-do-brasil/

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    2. Sarney Gran Reserva comercializado por Maluf....

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    3. Sarna Gran Reserva!

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    4. Eu não sei qual a mentira mais repetida no Brasil: Ciro Gomes fez o plano real ou o espumante Brasileiro é o 2o melhor do mundo.

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  3. Só que tem uma coisa, Bacco, degustou uma taça, não é? Negroamaro seduz nos primeiros goles.. tanino doce, álcool alto, sedosidade alta.. compra uma garrafa e vai bebendo para você ver

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  4. Vinho pra pescar apaixonados por vinhos veludinho. Eu não dou conta, já tomei Le Pitre, achei bom vinho também, mas enjoativo para meu paladar. Negroamaro que tomei e não tive essa sensação foi de Natalino del Prete.

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  5. Sul da Itália virou isso e deve estar girando lucro de invejar o norte italiano. Vender alcoólicos de paladar fácil, é mais fácil. Seus Primitivo de Manduria e Negroamaro aveludados, potentes, alcoólicos ( entrega sensação quente e aveludada na boca), captaram certinho o público de ex-cervejeiros-recém-convertidos ao vinho. Eu não caio nessa.

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  6. Bacco, aliás, (sou o comentarista do tema da matéria) você sabe dizer qual região da Itália lucra mais com a produção de vinho? Norte, centro, sul?

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  7. * minha pergunta sobre qual região italiana é mais rentável no vinho não foi testando sabedoria, curiosidade e interesse por informação. ( não precisa publicar )

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    1. A região que mais lucra ou quem mais lucra? Fácil resposta. Quantas etiquetas cara$$$$$ e famosa$$$ você conheçe do Sul da Bota e quantas do norte e centro?

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    2. Devolveu com precisão…sim, não tenho e nem precisa de número$

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  8. Bacco, esqueci-me de dizer o nome do vinho de Natalino del Prete que tomei por algumas vezes, chama-se Anne. Delicioso, aromas de especiarias e fruta boa, tanino saboroso, sensação fresca e acidez bem agradável que o torna nada enjoativo, um luxinho, 100% Negroamaro. Não hesite em degustá-lo numa oportunidade.

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