A parada em Brugnello, bagunçou toda minha programação e o
atraso limitou a “exploração” e a atenção que Bobbio merecia.
Chegar nas aldeias italianas e pretender almoçar, depois das
13,30, é quase “missão impossível” e Bobbio não fugiu à regra: não consegui encontrar um
restaurante que me atendesse.
A “salvação” foi ter escolhido “Piazza Duomo Cafè” para beber
uma taça de vinho.
Ótimas etiquetas, preços acessíveis e tira-gostos
sensacionais....
Duas taças de Champagne “ Drappier” acompanhadas de melão com presunto, fatias de omelete,
amêndoas, amendoins, pequenos sanduiches de queijo e tira-gostos variados, me
aliviaram em 17 Euros.
O local é ótimo, a vista da bela “Piazza Duomo”, idem.
Bebericando meu Drappier notei que
o calçamento da praça e de todo o centro histórico de Bobbio é de ardósia.
Nada de paralelepípedos, asfalto ou bloquetes de concreto,
apenas retângulos de ardósia que, de tão limpos, parecem encerados.
Passear pelas tortuosas e silenciosas ruelas de Bobbio já
compensa a viagem.
Palácios antigos, monumentos, igrejas medievais, conventos,
museus.... Um desbunde.
Visitas obrigatórias em Bobbio: “Ponte Gobbo” (Ponte Corcunda) impressionante obra de engenharia, longa 273 metros, sobre o rio “Trebbia” cuja construção remonta à época romana.
As límpidas aguas do rio Trebbia, creia, são um convite
irresistível para um mergulho refrescante neste verão africano.
O “Duomo” (Catedral), igreja românica do século X e a
bela praça que a hospeda.
O “Castello Malaspina”, construído
no século XIV, como muitos outros é fonte de lendas e o Malaspina, não foge à
regra.
Dizem ser assombrado por muitos fantasmas dos sentenciados que eram jogados e morriam no “Pozzo dei Coltelli” (Poço das Facas).
Eu não vi nenhum, mas muitos juram tê-los vistos passeando
sobre a muralha nas escuras noites de Bobbio.
Não perder a “Abazzia San Colombaro” e seus museus.
A breve e apressada visita não me permitiu “descobrir” Bobbio em
sua totalidade.
Reduzi minha parado, pois temia que a nova e interminável série
de curvas, que me esperava na nova etapa, atrasasse minha chegada a Vigoleno
e.....Finalmente a incrível Vigoleno.
Comecemos pela péssima....
Impressionado pela descrição e avaliação, do Booking, optei
por me hospedar no imponente “Castello di
Vigoleno”, bem no centro histórico do “borgo”.
A reserva me aliviou em nada insignificantes 98 Euros.
Ansioso e curioso, por me hospedar em um castelo medieval, me
apresentei, triunfante, na recepção.
A proprietária me
dirigiu um olhar piedoso enquanto me comunicava que o quarto reservado era na
vizinha “dependace” e que do castelo nem o cheiro sentiria...
A minha acompanhante, enquanto me guiava até o quarto, ostentando
o mesmo olhar de compaixão, comunicou que minha reserva não incluía o café da
manhã e, se caso o desejasse, deveria desembolsar outros 15 Euros.
Atravessamos a praça, entramos em uma casa decadente, subimos dois lances de escada e finalmente, minha sádica acompanhante, abriu a porta da minha “prisão”.
Quarto esquálido, moveis velhos (não confundir com antigos)
televisão de 24”, que para assistir seria necessário usar binóculo e um calor
insuportável.
Ao reclamar da temperatura, a proprietária, provavelmente a gêmea
de Frau Blucher, do filme de Mel Brooks “Young Frankenstein”, me comunicou, com
um sorriso quase sádico, que por módicos 70 Euros poderia me mudar para um quarto
com ar condicionado.
https://www.youtube.com/watch?v=zdIID_TGwhM
Sabe quando você percebe que bancou o tonto e o interlocutor
faz questão de tratá-lo como um imbecil?
Pois é...... preferi morrer de calor.
A segunda surpresa: A magnifica Vigoleno.
Continua
Bacco
PS. Recomendo um dos inúmeros hotéis da vizinha Salsomaggiore
(11 km) que são melhores e mais baratos.
Italiano adora tratar mal o turista sem muitas escolhas. PQP.
ResponderExcluirErrado! O italiano trata mal o turista não italiano! Como o português trata o turista e$$$panhol; como o alemão trata mal o italiano, francês, polonês! Como o francês trata mal qualquer turista que tenta falar inglês...
ExcluirE eu lá vou fazer turismo nessas merdas!
ExcluirVou pro nordeste, comer lagostas e ....
O italiano do norte geralmente é arrogante. O do sul, mal educado. Ambos tratam mal os turisticas. Até mesmo os comerciantes, agem como se estivessem fazendo favor aos clientes. O problema é que o turista brasileiro, em sua maioria, não ajuda nem um pouco. Aí, juntam-se a fome e a vontade de comer. Mas a Itália é um país lindo, extraordinário, cheio de locais maravilhosos para serem conhecidos. E a comida e bebida, nem se fala.
ExcluirItalianos quebrados arrogantes...me lembram os infelizes da provincia ao lado do parana/sc/rgs. De dar pena. Mas a comida e o resto da nossa querida bota, uma delicia.
ExcluirQuebrados com renda per capita de 20 mil' euro?
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