.....finalmente e depois de sete cancelamentos, a Latam
conseguiu me levar a Lisboa.
Algumas concessões, todavia, tive que fazer.
Meu bilhete original previa Brasília/Milão, mas a Latam continua
sem voar para a cidade italiana.
Resultado: para poder retornar à Itália, após 7 meses e
encerrar a longa lista cancelamentos, concordei em viajar para a capital
portuguesa e comprar, na Tap, o trecho Lisboa /Milano.
Antes de retornar às matérias eno-gastronômicas gostaria de
relatar a “Odisseia” (quase 40 horas somando voos e tempo de espera em
aeroportos) Brasília/Milano.
Comecemos pela Latam.
A decadência da empresa salta aos olhos até de que tem
catarata.....
Antes da fusão, Lan/Tam e até alguns anos depois, a companhia
recebia o passageiro, na classe executiva, com uma taça de Champanhe Drappier e
o Drappier continuava sendo servido, para quem o desejasse, até o destino.
Alguns anos depois já era possível notar a decadência da Latam
quando substituiu o Champanhe por dois espumante: um chileno ridículo e o
patético Valduga
Imbebíveis!
A decadência parece não ter fim e a Latam, nesta viagem, não
ofereceu, ainda bem, nem o espumante Valduga.
Avião velho, poltronas sujas e duras, serviço de bordo
inexistente ...... A Latam virou Latão.
Portugal recebe o viajante com controle rigoroso, que o
momento exige, mas com rapidez e profissionalismo: em menos de meia hora passei
pela imigração e entrega das malas.
O governo italiano tem verdadeiro pavor de viajantes
provenientes do Brasil e não esconde sua preocupação; a tripulação da Tap, no
voo Lisboa/Milano, distribuiu dois formulários, do serviço de imigração da Bota,
que só não indagam se o passageiro tem unha encravada.
Uma via da “autodichiarazione” é entregue à tripulação e outra
o passageiro deve apresentar ao controle da pandemia no aeroporto.
Mesmo vacinado, teste negativo, sem febre e passaporte italiano,
ao desembarcar deveria realizar um novo teste PCR no saguão do aeroporto, me
deslocar, com carro próprio ou alugado (transportes públicos, trem, ônibus etc.
nem pensar), imediatamente para a minha residência e permanecer em quarentena
por 10 dias.
Cansado e apavorado com o rigor dos italianos e a sombra da
quarentena obrigatória, percorri quase um quilometro de corredores até à
entrega de bagagem onde deveria ser efetuado o controle sanitário.
No longo percurso até o resgate da bagagem …. Ninguém.
Durante a longa espera, para a entrega das malas, ninguém
apareceu para controlar os passageiros.
No saguão do aeroporto,
o grande gazebo, construído para a realização do teste PCR obrigatório, estava
mais deserto do que repartição pública em dia de ponto facultativo.
A quarentena?
Foi concluída, ontem, quando bebi a quadragésima taça de
vinho....
Bacco
Pelo jeito o que está evitando a entrada da P1 lá é o Euro a R$ 7 e não a vigilância sanitária italiana...
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