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segunda-feira, 24 de maio de 2021

A QUARENTENA

 


.....finalmente e depois de sete cancelamentos, a Latam conseguiu me levar a Lisboa.

Algumas concessões, todavia, tive que fazer.

Meu bilhete original previa Brasília/Milão, mas a Latam continua sem voar para a cidade italiana.

Resultado: para poder retornar à Itália, após 7 meses e encerrar a longa lista cancelamentos, concordei em viajar para a capital portuguesa e comprar, na Tap, o trecho Lisboa /Milano.

Antes de retornar às matérias eno-gastronômicas gostaria de relatar a “Odisseia” (quase 40 horas somando voos e tempo de espera em aeroportos) Brasília/Milano.

Comecemos pela Latam.

A decadência da empresa salta aos olhos até de que tem catarata.....

Antes da fusão, Lan/Tam e até alguns anos depois, a companhia recebia o passageiro, na classe executiva, com uma taça de Champanhe Drappier e o Drappier continuava sendo servido, para quem o desejasse, até o destino.

Alguns anos depois já era possível notar a decadência da Latam quando substituiu o Champanhe por dois espumante: um chileno ridículo e o patético Valduga

Imbebíveis!

A decadência parece não ter fim e a Latam, nesta viagem, não ofereceu, ainda bem, nem o espumante Valduga.

Avião velho, poltronas sujas e duras, serviço de bordo inexistente ...... A Latam virou Latão.

Portugal recebe o viajante com controle rigoroso, que o momento exige, mas com rapidez e profissionalismo: em menos de meia hora passei pela imigração e entrega das malas.

O governo italiano tem verdadeiro pavor de viajantes provenientes do Brasil e não esconde sua preocupação; a tripulação da Tap, no voo Lisboa/Milano, distribuiu dois formulários, do serviço de imigração da Bota, que só não indagam se o passageiro tem unha encravada.

Uma via da “autodichiarazione” é entregue à tripulação e outra o passageiro deve apresentar ao controle da pandemia no aeroporto.

Mesmo vacinado, teste negativo, sem febre e passaporte italiano, ao desembarcar deveria realizar um novo teste PCR no saguão do aeroporto, me deslocar, com carro próprio ou alugado (transportes públicos, trem, ônibus etc. nem pensar), imediatamente para a minha residência e permanecer em quarentena por 10 dias.

Cansado e apavorado com o rigor dos italianos e a sombra da quarentena obrigatória, percorri quase um quilometro de corredores até à entrega de bagagem onde deveria ser efetuado o controle sanitário.

No longo percurso até o resgate da bagagem …. Ninguém.

Durante a longa espera, para a entrega das malas, ninguém apareceu para controlar os passageiros.

 No saguão do aeroporto, o grande gazebo, construído para a realização do teste PCR obrigatório, estava mais deserto do que repartição pública em dia de ponto facultativo.


A quarentena?

Foi concluída, ontem, quando bebi a quadragésima taça de vinho....  


Bacco

 

 

Um comentário:

  1. Pelo jeito o que está evitando a entrada da P1 lá é o Euro a R$ 7 e não a vigilância sanitária italiana...

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