Depois de abrir, acidentalmente, uma garrafa de
Puligny-Montrachet, quando pretendia desarrolhar uma de Cousiño Macul, meditei longamente
e cheguei à conclusão que guardar grandes garrafas, postergando o momento
“certo” de degustá-las, é uma idiotice.
A corona vírus, a idade e a saúde, são três “inimigos” que
conspiram contra mim.
Depois de algumas reflexões me convenci que meu melhor amigo,
no momento, é o saca-rolhas.
Resoluto e avassalador, nos últimos 25 dias, resolvi “atacar”
minha adega como um enfurecido Átila das garrafas….Detonei tudo o que me
aparecia pela frente.
As fotos não precisam de grandes explicações....
Descrever ou comentar garrafas de prestígio é uma tarefa
fácil: basta seguir o “Método Google” muito utilizado por nossos experts, sommeliers,
formadores de opinião e paspalhos em geral
O mais interessante seria, talvez, resumir, através de algumas
matérias, o caminho percorrido desde a compra até à taça.
Um pequeno resumo de viagens, impressões, descobertas,
alegrias e decepções.
Decidi, então, apresentar uma pequena retrospectiva de minhas andanças
e compras pela Borgonha, começando pela Côte D’Or
A minha Borgonha
Não posso afirmar, exatamente, quantas vezes visitei a
Borgonha.
Comecei, minhas três costumeiras
“peregrinações” anuais, no início de 2000 e um rápido cálculo me faz crer que
as visitas somam quase três dezenas.
Quando digo “Borgonha” não me limito às prestigiosas Côte de Nuits e Côte de Beaune, mas Beaujolais, Côte Chalonnaise, Chablis.....
Depois das primeiras e tímidas incursões comecei a “entender”
o território.
Mais confiante e com um
francês menos pior, pude consolidar meus conhecimentos sem necessitar de guias,
indicações, formadores de opinião e resolvi, então, focar minhas atenções na
Côte D’Or.
Nos primeiros anos, os preços salgados, mas ainda “humanos”, não
conseguiram arrefecer meu entusiasmo e a cada visita lotava meu porta-malas de 1er
Crus e Grands Crus.
Rotina de aquisições que
continuou até 2015.
Quase sempre as compras
eram realizadas nas adegas dos meus “tradicionais” fornecedores: Jean Claude Bachelet,
Sylvain Lagoureau, Paul Pernot, Bzikot, Thomas Morey, Bruno Colin, Lamy Pilot, Ramonet, Maurice Chapuis, Chevalier, Gérard Raphet a mais alguns ocasionais.
Montrachet, Bâtard-Montrachet, Chevalier-Montrachet, Criots-
Bâtard-Montrachet, Bienvenue-Bâtard-Montrachet, Corton-
Charlemagne, Les Dents de Chien, Les Embrazées, La Boudriotte, Les
Champs Gain, Blanchot Dessus, Les Perrières, Les Pucelles, Le
Cailleret, Sous le Puits, La Truffière, Blagny e muitas outras
denominações, passaram pelas minhas taças deixando, quase sempre,
ótimas recordações.
Bâtard-Montrachet, Bienvenue-Bâtard-Montrachet, Corton-
Charlemagne, Les Dents de Chien, Les Embrazées, La Boudriotte, Les
Champs Gain, Blanchot Dessus, Les Perrières, Les Pucelles, Le
Cailleret, Sous le Puits, La Truffière, Blagny e muitas outras
denominações, passaram pelas minhas taças deixando, quase sempre,
ótimas recordações.
Quando
afirmo “quase sempre” é preciso lembrar que nem todos os
produtores da Borgonha vinificam com o mesmo cuidado e maestria.
produtores da Borgonha vinificam com o mesmo cuidado e maestria.
Há, também,
aqueles que, por alguma razão, se entregaram mais
avidamente ao mercado “internacional” e aos modismos (leia-se: mercado
americano)
avidamente ao mercado “internacional” e aos modismos (leia-se: mercado
americano)
Nos,
de B&B, pagamos todos os vinhos que bebemos, não frequentamos bocas ou
copos livres, não sobrevivemos nem dependemos da esmola de produtores e/ou
importadores, não aceitamos convites, passagens aéreas, diárias de hotel etc.
para visitar esta ou aquela vinícola e nossas mães já não dão a mínima aos
xingamentos.
Uma
total independência, então, nos permite descer a lenha, sem nenhum receio de
perder alguma boquinha, em quem quer que seja e sempre damos nomes aos bois (ou
serão, picaretas?)
Os
“bois” do dia são: Bruno Colin e Thomas Morey ambos produtores em
Chassagne-Montrachet.
Bacco
Continua....
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