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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

VINHOS DA MODA 3

 


Se os Parker e Veronelli da vida (fácil?), fossem apenas “culpados” de iludir, com seus pontos, medalhas, taças, estrelas e outras picaretagens do gênero, os incontáveis eno-trouxas espalhados pelo mundo, não haveria problema algum, mas com a ascensão, por eles promovida, dos vinho-moda, muitas castas, tradicionais, populares, baratas, deixaram de ser vinificadas e várias delas até erradicadas.



Os ricos e nobres toscanos, de Bolgheri, apesar do sucesso comercial de seus vinhos “franceses”, não relegaram as castas locais ao ostracismo, até porque possuíam propriedades em todo o território e não era interessante, nem inteligente, deixar de produzir Brunello di Montalcino, Chianti, Nobile di Montepulciano, Vernaccia di San Giminiano etc.



A eno-picaretagem do Sassicaia já foi abordada várias vezes no blog e quem desejar recordar basta acessar os links abaixo.

 https://baccoebocca-us.blogspot.com/2023/05/bolgheri-2.html


https://baccoebocca-us.blogspot.com/2014/03/bolgheri-vive-la-france.html


No Piemonte a história foi muito mais complexa e dolorosa

A irrefreável ascensão do Barolo e Barbaresco provocou uma verdadeira revolução na viticultura piemontesa e, apesar das rígidas diretrizes legais, impostas pelos consórcios das duas dominações (sempre há um jeitinho..), viu aumentar, sendivelmente, o cultivo das uvas Nebbiolo e a consequente diminuição da área das castas menos rentáveis e não adaptas à vinificação parkeriana.



Alguns dados: em 1980, a área de vinhedos, da DOCG Barolo, era pouco mais de1.200 hectares e atualmente ultrapassa os 2.200 hectares.

Na contramão, do sucesso do Barolo e Barbaresco, o Barbera, Dolcetto, Freisa, Grignolino, tradicionais vinhos que sempre alegraram as taças piemontesas, sem esvaziar bolsos e carteiras dos enófilos, amargaram uma triste e irrefreável decadência.



 Pouquíssimos saudosistas (eu sou um deles) ainda bebem Freisa e Grignolino e o capenga Dolcetto luta, bravamente, para recuperar mercado (será?).

O Barbera, ainda bem, continua presente nas prateleiras dos supermercados e enotecas, mas sem o vigor nem importâncias dos anos 1990.

Um conselho: quando passear pela bota não deixe de provar uma ótima Freisa di Chieri e um sensacional Grignolino d’Asti.



Tenho certeza que, já no primeiro ou segundo gole, mandará Parker, Veronelli e Cia. à merda.....

Mas por que o Barbera e somente o Barbera, conseguiu escapar da quase total decadência de seus primos pobres piemonteses?



Algumas razoes: Vinificação mais fácil, casta mais difusa na região (Barbera cobre 30% do território vinícola do Piemonte) uma genial e muito bem bolada, jogada de marketing da dupla Giacomo Bologna e Luigi Veronelli que, nos anos 1980, inventaram um fenômeno comercial que até hoje faz sucesso entre os eno-patetas-abonados:  “Bricco dell ’Ucellone”.

Continua....

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

VINHOS-MODA 2

 


Parker e comparsas, ditaram, durante décadas, qual vinho era o melhor, imperdível e que deveria ser bebido custasse o que custasse.

Os eno-zumbis vagavam pelas enotecas, supermercados, feiras e manifestações vinícolas, carregando livros, revistas, listas, anotações, onde constavam os vinhos pontuados que deviam ser, sem demora ou titubeio, degustados e comprado, apesar dos violentos estupros causados ao cartão de crédito.



Parker e comparsas enriqueceram e fizeram enriquecer muitíssimos produtores que, adquirindo pontos, taças, estrelas e outros ícones, puderam turbinar, até a estratosfera, o preço de suas garrafas.

Várias etiquetas de Brunello di Montalcino, Barolo, Barbaresco, Amarone, só para citar algumas italianas, atingiam cifras insanas.


Barolo Monfortino Riserva Conterno 2010  16.000,00 €


 Seguindo a mesma toada, o hectare, das denominações mais badaladas, chegou a custar 500 mil Euros e em muitos crus de Barolo os preços do hectare atingiram 3 milhões de Euros.

Quase todos os vinhos, tentando seguir fielmente o gosto parkeriano, foram padronizados, muito parecidos uns com os outros (quase iguais) e nas adegas, os enólogos, para agradar os novos “eno-tontos-parkerianos“, abusavam da química, com exagerada adição de aromas, sabores e leveduras industrializadas, soterrando o “terroir” (técnicas de plantio, vinificação, cultura e tradições centenárias etc.) jogando no lixo características territoriais de cada casta.



 Foi a vitória, enfim, dos vinhos “marmelada”, impenetráveis, excesso de madeira, muito alcoólicos etc., mas o piora ainda estava por vir....

Parker, pariu uma verdadeira multidão de críticos, sommeliers, jornalistas, cursos, confrarias etc. que transformaram o simples natural e prazeroso ato de beber um copo de vinho em um rito quase religioso.



Nascia a moda do vinho e o vinho da moda.

Em todos os cantos nascia um filhote do Parker e na Itália não foi diferente: Luigi Veronelli foi o Papa dos abonados enófilos italianos.



Os bebedores comuns, normais, plebeus etc. continuaram bebendo nos bares e durante as refeições, seus Barbera, Chianti, Valpolicella, Lambrusco etc., e nunca deram bola a Veronelli e Cia., mas Veronelli percebeu que um novo mercado, o mercado do “Vinho-Moda”, estava surgindo e não perdeu tempo: “Inventou” dois vinhos que se transformariam em icônicas e caríssimas etiqueta até hoje idolatradas por numerosos eno-tontos espalhados pelo mundo: Sassicaia e Bricco dell’ Ucellone.



Coincidência, ou não, ambos produtores, queridinhos de Veronelli, Mario Incisa della Rocchetta (Sassicaia) e Giacomo Bologna (Bricco dell’ Uccellone)  são originários de Rocchetta Tanaro pequena aldeia piemontesa.



Com a ascensão dos vinhos-moda, de Parker e Veronelli, iniciava o lento, mas inexorável declínio dos vinhos populares italianos, entre eles e um dos mais prejudicados, o Dolcetto.



Continua

Bacco

terça-feira, 28 de outubro de 2025

OS VINHOS-MODA

 


Ninguém sabe, exatamente, quando o homem “descobriu” a vinha e a oliveira.

Na China foram encontrados restos arqueológico indicando que vinho já era produzido há, mais ou menos, 7.000 AC.



O azeite é mais “novo”, pois apareceu, na Palestina e regiões vizinha, “apenas” 4.000 AC.

O percurso desses dois alimentos, então, é longo e não deveria causar mais nenhuma surpresa, mas a história demonstra exatamente o contrário.

Deixemos as azeitonas descansando, tranquilamente, por enquanto e vamos dirigir nossas atenções ao vinho e sua vitoriosa jornada das últimas décadas.



Até os anos 1950, a não ser pouco mais de uma dúzias de etiquetas provenientes da Champagne, Borgonha e Bordeaux, que já despontavam como quase inalcançáveis estrelas para os comuns mortais, era o vinho comum, anônimo, barato, a granel, que reinava absoluto nos copos dos bares, restaurantes e durante as refeições das famílias espanholas, portuguesas, francesas italianas etc.



O vinho não era moda, não doava status e não provocava incontroláveis desejos consumistas em quer que seja.

Um bom copo de Barbera, Dolcetto, Grignolino, Freisa etc. durante o jogo de cartas, nos enfumaçados bares dos anos 1950/1960, era o que bastava para satisfazer e alegrar os “enófilos” de então.

Algo começou a mudar, no mundo do vinho, quando, em 1951, os viticultores do Beaujolais obtiveram a permissão de vender suas garrafas de Gamay logo após a vinificação, mais exatamente na terceira quinta-feira do mês de novembro.

Nascia, então, o primeiro “vinho moda” e já em 1985, o Beaujolais Nouveau era um incrível sucesso mundial.



O Beaujolais Nouveau causava verdadeiras corridas às enotecas e provocava incontrolável frisson nos modernos eno-tontos que, quase babando, faziam fila esperado sua vez para levar para casa o tinto gaulês.

Hoje, como acontece com todos os “vinho-moda”, ninguém lembra do Beaujolais Nouveau e o “fenômeno”, dos anos 1980/2000, mofa, quase esquecido, nas prateleiras das lojas especializadas e supermercados.

Pode ser que no passado mais remoto existiu um vinho moda, mas o Beaujolais Nouveau foi realmente um marco importante.



Mais vinhos moda que “desapareceram”?
 Matheus Rosé, Lambrusco, Chianti (garrafa empalhada), Liebfraumilch garrafa azul etc.

Mas o grande marco, o marco mais profissional, mais marcante e badalado, do mundo do vinho, se deu com o “aparecimento” do advogado Rabert Parker.



Parker, conseguiu, com seus pontos, impor, padronizar, ditar rumos e tendências, gostos e desgostos nos enófilos, de todos os cantos do planeta, durante décadas.

Além de ganhar uma tremenda grana, pontuando quem mais pagasse (até a Concha y Toro já pagou para ter 100 pontos em seu Don Melchor....) Parker pariu um sem número de filhotes-picaretas que transformaram o mundo do vinho em um verdadeiro circo dos horrores.



Sem que ninguém soubesse de suas existências (se alguém mencionasse a palavra “sommelier” ou “enólogo”, em um bar todos pensariam se tratar de um palavrão.....), surgiram as imprescindíveis figuras do sommelier e do enólogo que, do alto de seus intocáveis pedestais, nos “encinaram” a encontrar , em nossas plebeias e anônimas (até então...) taças, aromas de flores brancas, flores vermelhas, tabaco, terra molhada, pimenta, baunilha, alcaçuz, cravo, canela, limão, brioche, manteiga , pimentão verde, etc. etc. etc.



 Pobre enófilo, que nas fatídicas e ridículas confrarias, que invadiram todos os cantos do planeta, não percebesse, no paladar, a presença de mirtilo, framboesa, groselha, ameixa, frutos de bosque, nozes, amêndoas, mineralidade, frescor, longo final, taninos, acidez, elegância, estrutura  etc. etc. etc.

Com o passar dos anos e infelizmente, todos os eno-tontos parkerianos se transformaram em experts.

Os mais incríveis exagerados detalhamentos eram usadas para demonstrar profundos, mas falsos e inexistentes, conhecimentos e parecia haver uma competição para saber quem conseguiria o mais estapafúrdio e ridículo comentário ao descrever uma simples taça de vinho



Para mim o exemplo mais ridículo da mais ridícula descrição de um vinho, é de lavra do palhaço-sommelier Beato-Salu, aquele escalador de crucifixos medievais que hoje, ainda bem, perambula sem rumo nas catacumbas das garrafas vazias.

.Leia:  “.....gustativa e olfativamente sublime, com aquele sabor de mel de estrebaria, ou seja, geléias e licores de frutas em meio fumaça de charuto num fim de tarde ao lado de um estábulo”.



Nada a acrescentar......

Nesta “corrida”, na busca da sempre melhor e mais cara etiqueta, os filhotes paridos por Parker sempre promoveram garrafas que não valiam nem 10% do que custavam e sem o mínimo escrúpulo, nem conhecimento, mandaram para o “cemitério” vinhos que durante séculos fizeram a alegria das taças e carteiras, dos normais e verdadeiros apreciadores de vinho.

Os esquecidos?



Só para citar meia dúzia de italianos: Freisa, Grignolino, Bardolino, Carema, Incrocio Manzoni, Dolcetto.

Falei Dolcetto?



Na próxima matéria: Dolcetto “funeral e ressurreição”

Bacco

 

sábado, 18 de outubro de 2025

CAMIAT & FILS

 


Meses atrás, fazendo compras, em um supermercado popular do Leste Europeu, já me preparava para me dirigir ao caixa, quando passei pelas gôndolas de bebidas alcoólicas.

Nesse supermercado, em particular, as estantes com bebidas alcoólicas ocupam dois terços do espaço final até os caixas, com o terço restante dedicado a iogurtes, ovos e maioneses (estas, sempre refrigeradas).



Na classificação dos supermercados do país, a rede onde estava fazendo compras ocupa classificação mediana, mas   sempre há boas ofertas nas prateleiras dos vinhos e já encontrei Gavi e Borgonha básicos pelo equivalente a 15 euros (ótimo preço para a Europa do Leste), um Nero di Troia, muito bom, por cerca 11 euros... e por aí vai.

 Naquela manhã o que despertou minha atenção foi a oferta de um Champagne que jamais havia visto ou ouvira falar: Tradition Brut Camiat & Fils.



  Os 18 euros da promoção aguçaram minhas papilas... e adicionei uma garrafa às minhas compras.

 Três dias depois, abri o Champagne: ALEGRIA ALEGRIA agradáveis pão e leveduras ao nariz, complexo no paladar, bom perlage, muito frescor e juventude apesar de ter sido engarrafado em 2019.


 

Vinificado com Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, em partes iguais, o Traditio Brut da Camiat & Fils é um Champagne classudo, bem acima da média e vale todos os 18 Euros que desembolsei para levá-lo até minha taça. 

 Poderia ser melhor?

Bem, poderia... e foi: dois meses depois, o mesmo supermercado foi à loucura e liquidou a versão Blanc de Blancs do Camiat & Fils por algo próximo a 14 euros!

 


Havia duas garrafas disponíveis e ambas foram conhecer minha adega.....

 No final de setembro, convidado para almoçar com amigos, resolvi levar uma delas.

 Minha escolha não poderia ter sido melhor: mais uma vez, um vinho delicioso, envolvente e que revelou que a primeira impressão não fora um blefe.

 Consultando a página da vinícola, descobrimos que a Camiat & Fils e uma vinícola familiar, já na quinta geração e sediada em Loisy en Brie.

 


Trata-se de um récoltant manipulant, ou seja, que produz o Champagne com suas próprias uvas, comprando um máximo de 5% de terceiros.

 Embora os vinhos vários récoltant manipulants estejam em voga atualmente, conhecidos como grower champagne, me parece que a Camiat & Fils ainda não foi “descoberta”.

 O motivo?

Nenhum de seus Champagne custa, no produtor, mais que 25 Euros – nem mesmo as cuvée Prestige e Bacora, do topo de sua gama



Sorte a nossa!

 Camiat & Fils: mais uma borbulhante altamente recomendada de B&B.

 

 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

FOSDINOVO E SEU CASTELO

 


 

Continuo firme na decisão de não mais visitar os consagrados e mais badalados pontos turísticos da Europa.

Exemplo: Apesar de morar perto de Portofino (4 km) não visito a famosíssima aldeia há mais de 6 meses e nem penso em voltar a colocar os pés de Roma, Paris, Veneza, Londres, Madrid, Lisboa, Barcelona etc.



Cansei de ficar horas na fila para visitar museus, igreja, monumentos, pontos turísticos, ser mal atendido e ter a carteira estuprada em bares, restaurantes, hotéis, B&B. e similares.

Próximas de Santa Margherita Ligure, minha residência italiana, há dúzias e mais dúzias de lindas aldeias medievais, desconhecidas, livres da insuportável horda dos turistas “selfie-pizza-coca-cola”, que merecem uma demorada visita.



Foi assim que, pesquisando com cuidado, conheci as interessantes Bobbio, Bardi, Vigoleno, Brugnello, Torrechiara, Castell’ Arquata, Campo Ligure, Pontremoli etc.

Semana passada resolvi passar um dia na misteriosa e “desconhecida” Fosdinovo.



Fosdinovo, pequena aldeia medieval, mergulhada nos Apeninos toscanos, quase na divisa com a Ligúria, guarda, em seu território, um castelo do século XII que, por si só, vale a viagem.

Bem conservado, o castelo pertence, desde 1340, aos nobres Malaspina.



 Os descendentes dos Malaspina e atuais proprietários, os Marqueses Torrigiani Malaspina, o transformaram em uma refinada residência, onde eventualmente transcorrem algumas temporadas, um museu onde os visitantes podem apreciar coleções de moedas, cerâmicas, armas, instrumentos de tortura, quadros, móveis etc. e em um refinado B&B



Como todos os castelos medievais o de Fosdinovo, necessita, também, de constantes manutenções e cuidados.



Os Malaspina, que desde o século XI não são bobos, cobram 10 Euros/pessoa pelas visitas guiadas e para aumentar o faturamento, na ala do B&B, há um espaço para ricos e exclusivos casamentos.



Para se ter uma ideia, do valor de algumas peças expostas no museu, os Marqueses Torrigiani Malaspina, quando resolveram construir o B&B e o espaço para núpcias, decidiram vender um mosquete do século XVI.



O dinheiro obtido, com a venda da antiga arma, foi mais que suficiente para realizar a reforma e decorar todas as novas instalações do castelo.



Mistérios, lendas de bruxas, lobisomens, fantasmas etc., estão presentes em todas as aldeias medievais e Fosdinovo não foge à regra......



N castelo dos Malaspina há inúmeras lendas, mas as duas mais conhecidas e como quase sempre trágicas, são a de Bianca Maria Aloisia Malaspina e da Marquesa Cristina Pallavicini.

Diz a lenda que Bianca Maria, filha do marquês Malaspina, se apaixonou por um criado do castelo (amor impossível na idade média).

Furioso, com aquele amor “plebeu”, Giacomo Malaspina matou o amante da filha e a emparedou, em seu quarto, com cachorro e uma cabeça de javali.

Conta, a lenda, que nas noites de lua cheia o fantasma de Maria perambula pelo castelo acompanhada por um cão e um javali.

A Marquesa Cristina Pallavicini era conhecida por ser malvada, traiçoeira e devassa.

Cristina, teve muitíssimos amantes que eram vistos entrar em seus  aposentos, mas nunca e ninguém os viu sair...



No quarto da marquesa, até hoje, é possível notar, ao lado da cama, a presença de um alçapão cuja função era esconder um profundo poço repleto de laminas cortantes e pontiagudas.

Conta, a lenda, que depois de satisfazer sua luxúria carnal, Cristina sorrateiramente abria a alçapão e empurrava o exausto e semiadormecido amante no mortal buraco

Para não ter que conviver com maus odores dos corpos em decomposição, a marquesa ordenava que jogassem, com muita frequência, abundante cal virgem no poço.



Dois comoventes exemplos de “ternura “ praticada, com muita frequência, pelos nobres na idade média.....

A visita matinal termina as 11 horas e permite um passeio   pelas duas únicas ruas da aldeia e suas três igrejas.



Outra atração, imperdível, em Fosdinovo é a “Trattoria Quinta Terra”.

Um antigo estábulo, localizado bem na entrada do castelo, hospeda, hoje, um ótimo restaurante.



Preços convidativos, matéria prima boa qualidade, cozinha tradicional, mas com toques criativos, a “Trattoria Quinta Terra” é um endereço que recomendo com entusiasmo.



Ia esquecendo......Quinta Terra, também produz pouco mais de 7.000 garrafas de seu próprio vinho.



No almoço provei o Vermentino dei Colli di Luni “Tziveta”, da casa e....  Gole vai, gole vem, bebi três taças.



Não sou um admirador dos “Vermentino” lígures ou toscanos, pois os considero bem inferiores, em qualidade e complexidade, aos primos da Sardenha, mas o “Tziveta” me surpreendeu, assim, após infrutífera negociação para obter desconto, desembolsei 30 Euros e  comprei 2 garrafas.

Confira

Bacco