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domingo, 25 de junho de 2023

TURISMO PESADELO 2

 

Na matéria anterior teci alguns comentários sobre o turismo predatório que tomou de assalto o pouco que ainda restou do parque das “5 Terre” e agora tentarei informar como “sobreviver” em Portofino, Santa Margherita e arredores.

Portofino, na primavera ou verão?



Nem sob tortura.

Se as “Cinque Terre” são uma caricatura do passado, Portofino é o purgatório do presente.



Hordas de turistas, “mordi e fuggi” (morde e foge), que apesar de todos os obstáculos, contratempos e problemas, teimam e insistem na insana aventura de conseguir alguns selfies, em dois dos mais badalados e exclusivos pontos turísticos da Itália, logo percebem que Portofino e Santa Margherita não são exatamente o “paraíso” e muito menos metas baratas e acolhedoras.

  O “mordi e fuggi”, poucos minutos depois da chegada, já percebem que a estada, nas duas aldeias lígures, não será exatamente um mar de rosas.



Ao descer do trem, na estação de Santa Margherita, um ônibus, com destino “Portofino”, espera, acolhedor e sedutor, a horda dos apressados e ansiosos turistas que mal conseguem disfarçar o frenético desejo de conhecer, o mais depressa possível, o mítico, charmoso e badalado recanto da Ligúria.



 Já na hora da compra do bilhete, o turista, para poder percorrer os pouco mais de 5 km, da sinuosa e belíssima estrada, que em menos de 15 minutos o deixará na mítica pracinha de Portofino, deverá desembolsar nada irrelevante 7,80 Euros (R$ 41).

O preço do bilhete serve como aviso e rápido treinamento para todas as carteiras e cartões: Portofino estará esperando linda, sedutora, como sempre, e...... pronta para os esfolar.



Sim, acredite, os turistas são regular e sistematicamente depredados e esfoladas pelos bares, lojas de souvenires, boutiques, restaurantes, estacionamentos (6 Euros/hora), etc. que praticam, sem o menor constrangimento e pudor, galácticos preços (um refrigerante, 8 Euros).

Os “mordi e fuggi” invadem a famosa e charmosa pracinha, percorrem as três ruelas da aldeia, sobem a ladeira, até a igreja de São Jorge e cemitério anexo, visitam o Castelo Brown, tentam, desesperada e inutilmente, descobrir se a famosa dupla Dolce & Gabbana está tomando banho de sol em sua milionária “Villa” mediterrânea , fotografam tudo o que é possível fotografar, fazem selfies em todas as posições ( para mulheres, pernas cruzadas  e “boca cu de galinha”, são obrigatórias...) e, missão cumprida ,retornam exaustos à cinematográfica pracinha.



Terminada a maratona obrigatória, de uma ou duas horas, literalmente depredados nos bares, restaurante, lojas de souvenires chineses, etc., correm, desesperados, ofegantes, suados e quase sem dinheiro, para alcançar o primeiro barco ou ônibus que os levará até a quase humana (será?) Santa Margherita onde a Coca-Cola custa, “apenas”, 5 Euros… (R$26)



Em Santa Margherita, os preços são mais “acessíveis”, quase humanos, mas a grosseria e mal educação, dos “sammargheritesi”, continua proverbial: A impressão, que se tem, é de que fazem um enorme esforço para “suportar” e atender os turistas que ainda teimam em visitar a cidade.



Após e além ter sido literalmente esfolado, em Santa Margherita e Portofino, é preciso uma boa dose de paciência para não mandar, toda hora, comerciantes, donos de restaurantes e bares etc., à.....

Continua

Bacco

Um comentário:

  1. Pra que se estressar se na "esquina" temos isso.

    https://muitogourmet.com/web-stories/vinicola-baiana-ganha-tres-medalhas-em-premiacao-internacional/

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