O Brasil não é somente o paraíso dos “Quase-Vinhos”,
o Brasil é a terra prometida, o Éden dos Mandrakes das garrafas.
Os Eno-Mandrakes são aqueles que, com um gesto da mão, olhar
agudo, muita picaretagem e a ajuda de canetas de vida fácil, conseguem criar um
mundo irreal, ilusório, no qual uma normal garrafa de vinho nacional, em um
passe de mágica, alcança valores superiores aos de renomadas e consagradas
etiquetas francesas, espanholas, portuguesas italianas etc.
Não é difícil encontrar,
nas prateleiras das enotecas brasileiras, garrafas que custam 50% ,60%, 100% e
até 400% do salário mínimo nacional
Os nomes dos Eno-Mandrakes são conhecidos, notórios.
Eis os mais vorazes: Miolo, Valduga, Carraro, Milantino, Bettú, Geisse, Vallontano,
Pizzato, Don Laurindo, Boscato, Guaspari, Peterlongo, Marco Luigi, Argenta
(quem lembrar de mais alguns, não se acanhe, revele)
Praticamente todos os produtores nacionais estão cursando ou
já se diplomaram na “Escola
Mandrake de Eno-Ilusionismo”.
Os nossos valorosos e
abnegados industriais do vinho perceberam que, além dos consumidores “14 Neurônios”, há um interessante, e nada
desprezível número de otários, com 24 eno-neurônios, que podem ser facilmente
seduzidos, convencidos de que o Brasil é realmente a terra prometida das vinhas e
dos vinhos.
Um exemplo clássico?
O GD 109 da AB$ divulgou vinhos caríssimos, provenientes da
Serra da Mantiqueira, os considera de altíssima qualidade e os recomenda aos
incautos.
Já há, pasmem, muito
que acreditam que o Brasil produz vinhos comparáveis e até superiores aos da
Borgonha, Bordeaux, Piemonte, Douro etc. e paga, sem pestanejar, verdadeiras
fortunas por garrafas quase sempre ridículas.
Os 10 mais famosos “Eno-Mandrake”?
1º Bettu
2º Milantino
3º Geisse
4º Miolo
5º Lidio Carraro
6º Don Laurindo
7º Valduga
8º Pizzato
9º Marco Luigi
10º Bueno Wines
Os “Eno-Mandrakes”, listados, são alguns dos maiores especialistas em eno-ilusionismo que conseguiram se destacar na “arte” de sodomizar o consumidor brasileiro.
B&B vai revelar ao público qual a especialidade e técnica
“mandrakiana” de muitos deles.
O FENÔMENO “BETTU”
Vilmar Bettu é, provavelmente, o mais completo “Eno-Mandrake”
do Brasil.
Em pouco mais de 20 anos, o aposentado engenheiro mecânico da
Serra Gaúcha, conseguiu ser reconhecido, endeusado, aclamado pelos enoloides: “Mago das Vinhas”.
O Vilmar criou um interessante personagem
Bettu se apresenta, no palco de sua propriedade, risonho,
simples, bonachão, mas não é nada disso: Bettu é um perfeito e refinado “Eno-Mandrake” que, além de produzir quase 100 etiquetas, provenientes
de uvas desde Isabel (argh) até Nebbiolo, consegue vender seus líquidos engarrafados,
pasmem, por até R$ 5.000.
O segredo?
Vocês conhecem o velho golpe “Boa-Noite-Cinderela”?
Aquele que em que a vítima, dopada, perde a consciência e a
carteira?
Pois bem, o Bettu “inventou” o “Boa-Noite-Neurônios”
A vítima é recebida, cordialmente, pelo ex mecânico que
oferece uma taça de seu “Reserva-Especial-24-Neurônios”.
Uma taça, duas taças, três taças......Na quarta taça o visitante
sucumbe já entregue ao “Boa-Noite-Neurônios”.
O resto é moleza: Com apenas 24 neurônio, ainda ativos e íntegros,
o palerma não hesita em entregar seu cartão ao melífluo “Eno-Mandrake”
que cobra o quanto quer pelas garrafas.
É sempre bom lembrar que, se há fortes necessidades de caixa, nosso
genial “Eno-Mandrake” gaúcho pode
estuprar o cartão do “24-Neurônios” em até R$ 5.000 por uma garrafa de Cabernet
Sauvignon.
Para se ter uma ideia da força do “Boa Noite Neurônios” e bom lembrar que pelo mesmo preço, do Cabernet Sauvignon de nosso “Eno-Mandrake”, um palerma abonado francês leva para casa uma garrafa Château Cheval Blanc e um enoloide italiano coloca em sua adega 4 ampolas de Sassicaia.
A Anvisa ainda elogiará a iniciativa de nossos “Eno-Mandrakes” que,
ao meter a mão no bolso do consumidor, colaboram para preservar a saúde dos
brasileiros limitando ao máximo o consumo de vinho no Brasil.
Dionísio o "abstinente"
Continua
O mago Bettu adiciona açúcar em seus vinhos, ao menos foi honesto quando perguntei... mais um picareta do vinho nacional
ResponderExcluirEm virtude das dificuldades de maturação, a maioria dos produtores gaúchos adicionam açúcar ao mosto para aumentar o teor alcoólico.
ExcluirMais um picareta? O difícil é encontrar um que não seja
ResponderExcluirCerta vez, visitando a região vale dos vinhedos, errei a entrada da vinícola e fui parar na área de carga e descarregar. Me deparei com um caminhão descarregando centenas de sacos de...... açúcar! Durante a visita guiada, aproveitei e perguntei onde entrava o açúcar no processo. O enólogo disse que não adicionavam açúcar! Aí expliquei onde estacionei e o que havia visto! A resposta foi um silêncio amargo! :)))
ResponderExcluirAcho que eu ainda não encontrei picaretagem maior que essa aqui:
ResponderExcluirhttps://www.vinhosnacionais.com.br/vinhos-tintos/sociedade-cooperativa-vinicola-rio-grandense-cabernet-franc-1951
Leiam a descrição do produto, vocês não irão se arrepender.
INACREDITÁVEL!!!!! É picaretagem da grossa que merece uma matéria
ExcluirE a ganancia de Guaspari vai além de vender seus vinhos por preços absurdos. Um casal que desejar visitar esse templo sagrado da viticultura e provar 4 rótulos terá de pagar nada mais nada menos do que R$ 580,00:
ResponderExcluirhttps://loja.vinicolaguaspari.com.br/enotour/
Super barato. E o sortudo que fizer essa visita vai até poder degustar um queijinho.
E preciso divulgar as picaretagens e boicotar esses predadores
ResponderExcluirNosso terroir continua evoluindo muito bem nos departamentos de marketing das vinícolas! Repare no nome do produtor! Kkkk
ResponderExcluir" O vinho foi servido às cegas, induzindo a ser um Pinot Noir pelo formato da garrafa. No entanto, os aromas eram dominados por Brett com toques animais e de defumação. Pelos aromas e densidade em boca, lembrava um Syrah, mas era um Cabernet Franc nacional elaborado pela Leiteria e Laticinios Pardinho. O vinhedo é do sul, de Campos de Cima da Serra, região gaúcha de altitude, próxima à serra catarinense."
"Brett com toques animais....." Foi eleborado por Laticínio Pardinho no curral cheio de bosta de vaca kkkkkkkkkk
ResponderExcluirQuem vai?
ResponderExcluirhttps://www.abs-sp.com.br/turmas/t1589/curso-basico-vinicola-goes
Cur$o na Vinicola de São Roque kkkkkk
ExcluirEu já havia visto o nome do tal Bettú em alguns textos aqui do blog, mas confesso que nunca me dei ao trabalho de procurar nada sobre o cidadão, ontem resolvi colocar o nome do dito cujo no google e me dei de cara com essa pérola:
ResponderExcluirhttps://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/cultura-e-lazer/noticia/2022/01/na-adega-de-vilmar-bettu-em-garibaldi-repousam-os-vinhos-mais-caros-do-brasil-ckyosm2rf007x0188i4xbtg08.html
A matéria é tão cheia de absurdos que não sei nem por onde começar, mas eu quero destacar que pelo jeito o Dionísio perdeu uma baita oportunidade em não comprar o Nebbiolo do Bettú quando esse era vendido por R$ 5.000,00, vejam só:
“E a possibilidade de estar testemunhando o futuro vinho mais caro do país – afinal, a garrafa de um antepassado seu, o Nebbiolo 2002, é vendida atualmente por R$ 7 mil. É o vinho mais caro produzido em solo brasileiro”
Isso mesmo, R$ 7.000,00. Comprem agora, pois de acordo com a matéria os vinhos do Bettú são ótimos investimento e costumam valorizar.
PQP....Que oportunidade perdida
ResponderExcluirCom 7.000 eu faço uma festona com Barolos de primeira, mesmo pagando os preços escorchantes que cobram no Brasil.
ResponderExcluirPode ter certeza de que tem gente que compra pra poder alardear que possui o vinho brasileiro mais caro. Tem uma quantidade muito grande de idiotas endinheirados, e que medem as coisas apenas por seu valor. Não possui nenhum bom gosto, e nem vontade de aprender nada. São presas fáceis aos nossos sempre atentos comerciantes do vinho. Pontos, estrelas, meteoros, e todo tipo de conversa fiada pra enganar aqueles que querem ser enganados.
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