O carnaval acabou, finalmente.
Palhaças e palhaços,
suados e cansados, retornam à dura realidade e enfadonha rotina.
Os (as) “artistas” já não se agarram uns aos outros, nem
mais se beijam, fazendo pose, quando uma câmera aparece.
Os desesperados do “carnavalesco-sexo-virtual”,
esperam que todo o suor, cansaço, rebolado e promiscuidade, tenha servido, pelo
menos, para prolongar a notoriedade um pouco mais do que os costumeiros 2
minutos.
Duvido.
Enquanto aguardava, ansioso, o retorno à “normalidade”, recebi
duas fotos e percebi que os palhaços continuam, agora, nas adegas, pulando,
cantando e faturando...... o carnaval não acabou.
O Rebola, que desistiu de continuar bancando o pateta, em
concursos internacionais, onde aprendeu (pelo menos isso) que sua presença era
tão marcante quanto a do campeão maranhense de curling em um campeonato mundial
da modalidade, retorna à sua especialidade: Faturar como garoto (nem tanto)
propaganda de vinícolas e importadoras.
Pagou?
Rebola, como
muitíssimos colegas de profissão, assina até vinho de jabuticaba.
Vejam as fotos.
Tocante, cheio de sinceridade é o trecho em que, nosso eterno
quase campeão, afirma: ”..... e foi com
bons olhos que vi a chegada dessa novidade ao mercado brasileiro….”
Traduzindo: “...e foi com bons olhos que vi a possibilidade de
faturar uma grana com o vinho enlatado...”
Outro trecho emocionante e cheio de ternura: “......Assinar um produto inovador, com total autonomia
na seleção e elaboração do mesmo; vinhos adaptados a essa apresentação e proposta,
porém pensados em detalhes, para entregar qualidade aos paladares mais experimentados”.
Algumas informações adicionais: O vinho em lata não é uma inovação
e um bom sommelier deveria saber que a “inovação” nasceu em Modena em 1982
Para entregar qualidade aos paladares mais experimentados?
Tá brincando ou tá de gozação.
Quer transformar tremendas-bostas em 1er Cru?
Espero ver o Rebola abrindo e servindo as suas latas
inovadoras para os “paladares mais experimentados” (sem risos, por favor....)
É sempre bom lembrar que rebola, entre-copos-e-tapas, ameaçou
processar B&B quando indaguei o quanto havia levado para elogiar o Talento da Salton, o Marselan e o Barbera da Perini.
Revoltado, indignado e contando com o apoio de inúmeros
seguidores-zumbis, me bloqueou…tive insônia durante 22 segundos.
Passada a revolta e a animosidade gostaria que nossos
formadores de opinião, informassem, por exemplo, quantas garrafas de “...uma aberração de
tão bom” da Pireneus há na adega do Beato Salu e quantas de Barbera Perini repousam
nas entranhas da mansão do Rebola.
Espero com indisfarçável ansiedade os enlatados do “Homem de Lata”
e acredito que agora e graças à seriedade de no$$o$ profi$$ionai$ do setor, o
consumo de vinho no Brasil, finalmente, decolará e alcançará incríveis 2,1
litros/ano per capita.
Dionísio.
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