O que mais me desanima, no mundo dos vinhos, é ler os
comentários e opiniões dos enófilos, críticos, sommeliers e jornalistas do Brasil.
No pequeno universo nacional (o consumo no Brasil não alcança os
2 litros per capita/ano) quem é cara de pau, espertinho, vigarista, faz
a festa.
A imprensa "especializada", que já pariu, entre
outras "gemas", Jô Barros e Aldo Assada, continua endeusando
profissionais que não seriam sommeliers nem em botecos das periferias de Paris ou
Milão.
..... E por falar em Assada, reveja esse patético vídeo
Nossos
"profissionais Google", sempre manipulados, comprados e comandados
por importadores e produtores, não tem independência (coragem, nem se fala)
para criticar nem uma garrafa de Barbera Perini (a pior que já tentei beber).
Quando a etiqueta é cara,
badalada, premiada, então.....
Nas degustações, de garrafas caras, nossos
"profissionais" já entram predispostos a elogiar e literalmente se
babam de prazer ao ver, por exemplo, um Ornellaia.
Uma única voz que emita
um pensamento original, uma crítica inteligente ou, pelo menos, declare algum
"mas"?
Nunca!
Se for caro, é bom e estamos conversados.
Todos parecem vacas de presépio balançando a cabeça,
positivamente, aceitando, sem questionar, uma verdade absoluta.
É errado!
Quem segue esta linha, "falta
de opinião própria", nunca sairá da eno-infância e será sempre um
eno-babaca e um "sommerdier" de.....
Querem um exemplo?
Quantas vezes você já bebeu um Sassicaia, Solaia, Ornellaia, ou um
dos incontáveis e caríssimos "AIAS" que os nobres e espertos
produtores toscanos "empurram" em nos todos?
Uma, duas, três, quatro vezes?
Nem o Beato Salu e mais meia dúzia de "sommerdiers",
de restaurantes "fashion", que bebem (de graça) fundo de garrafas que
os magnânimos clientes deixam como gorjetas, saberiam identificar, às cegas,
qualquer uma das etiquetas citadas (o Assada nem distinguiria um branco de um
tinto).
Não conseguiriam identificar, mas teriam orgasmos múltiplos à
simples citação de um "AIA" qualquer.
São os enófilos pre-condicionados, os enófilos portadores de
acefalia enológica, enófilos "vaca de presépio".
Não sabem se realmente o "AIA" é
um bom vinho, se expressa um "terroir", se vale o quanto custa e,
numa degustação às cegas, o confundiriam com um simples Bordeaux de 20/30 Euros.
Os eno-tontos aceitam, cegamente e como verdade absoluta, aquilo
que a crítica, regiamente paga, conseguiu introduzir em suas ocas cabeças.
Os eno-tontos, adoradores das etiquetas perdidas, são o sonho secreto
de qualquer produtor vinícola.
Nunca
beberam um Romanée-Conti, mas o Romanèe-Conti é o melhor vinho do mundo.
Nunca beberam um Motrachet da Domaine Romanèe-Conti,
mas o Montrachet da Romanèe-Conti é o melhor Chardonnay do planeta.
Nunca beberam um Masseto, mas o Masseto é um soberbo
Merlot.
Bastaria colocar um Cabernet Sauvignon, mediano, em uma
garrafa de Sassicaia
para provocar, já no primeiro gole, suspiros de fazer inveja a um asmático.
O mais interessante é que uma considerável parcela, das etiquetas
citadas ,e outras que não mencionei , é falsificada.
Os eno-tontos compram, pagam uma fortuna, bebem, se encantam e
elogiam, muitas vezes, vinhos baratos do Marrocos, Argélia , Sicília, Espanha etc..
Sabem por quê?
Os eno-tontos não entendem de vinhos; os eno-tontos bebem
etiquetas que o Parker ou outros gurus de plantão recomendam com seu famosos "pontos" (quem sabe,
vírgulas), que a Wine-Especuleitor indica, que ganham 3 bicchieri do Gambero
Rosso etc. etc. etc.
"Maravilhoso", "Fantástico", "Meu sonho
de consumo"
Pergunta: Quantos "experts", sommeliers e críticos
brasileiros conhecem Bolgheri?
Quantos conhecem a verdadeira história vinícola de Bolgheri
e arredores?
Quantos indagaram por que somente há castas internacionais na Bolgheri
vinícola?
Para comentar vinho, com honestidade e competência, é preciso
beber vinho, mas é preciso, também, conhecer a região onde é produzido, seu
"terrior", a cultura enológica local, tradições e, especialmente, as
malandragens marqueteiras.
Sem os conhecimentos, acima, os sommeliers, críticos, experts,
jornalistas etc. serão sempre e apenas vacas de presépio, "profissionais Google"
e teóricos parkerzianos de meia tigela.
Dionísio
Concordo com vc.Falta cultura a alguns "formadores de opinião". Abraço.
ResponderExcluiresse vídeo do Ossada no Jô Soares atualizou minha definição de "vergonha alheia". e não foi só pela parte em que discutiram punheta...
ResponderExcluirUm babaca como Assada , melhor sommelier do Brasil? Imagine o segundo , o terceiro, o quarto......
ResponderExcluirSe for para mandar conversa para baixo, sugiro uma visita as churrascarias em moema, maior reduto de bebado inutil e vagabundo que ja vi na vida fingindo que sabe de vinho. Sommerdiers e vagabundos juntos degustando (enchendo a cara) diariamente ... so esperando o proximo presidente de sindicato que ira aparecer para vender vinho caro (e falso) ao falso trouxa rico.
ResponderExcluirJogador de futebol tambem cai na lorota dessa gente.
Sao bem poucos em Banania que sabem alguma coisa e pensam em trabalhar decentemente. O resto, uma colecao de codigo penal.