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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

VINHO MODA 4

 


A matéria poderia ser intitulada: “Como Criar um Vinho Moda e Enganar Palermas”, mais deixemos para mais tarde....

Com o “Bricco dell’ Ucellone”, nascia, em 1982, um Barbera parkeriano destinado a se tornar uma icônica e caríssima etiqueta cuja história comprova como é fácil aliviar as carteiras dos eno-palermas de plantão.



Vamos continuar com a fábula do Bricco dell’Uccellone e deixemos o “primo pobre” Dolcetto para mais tarde.

Em 1938, Giacomo Bologna, nasce em Rocchetta Tanaro, pequena aldeia circundada por vinhas de Barbera por todos os lados

Descendente de viticultores, Bologna, herda a vinícola da família e resolve dinamizá-la, modernizá-la e assim, em 1961, nascia “Braida di Giacomo Bologna”.



Giacomo, era um viticultor visionário, um ótimo comerciante e não se conformava com o preço do Barbera que, naqueles anos, era vendido por aproximadamente 800/1.000 Liras o litro (0,52 centavos de Euro).

 Mas o que fazer para valorizar o Barbera e elevar seu preço?

Conta a lenda, que, em 1978, durante uma viagem aos Estados Unidos, na companhia de Luigi Veronelli (sempre ele), Bologna, ao beber um Barbera parkeriano-barricado, olhou para Veronelli e exclamou: “Este é o Barbera que vou produzir”.




Ao voltar, para Rocchetta Tanaro, resolveu ir a Beaune e realizar um curso para aprender como utilizar a barrique.

Após a experiência francesa voltou para sua aldeia e, em 1982, nascia a primeiro Barbera parkeriano-veronelliano: Bricco dell’ Uccellone.

Como todas as lendas, a de Giacomo, é rica em fantasias e pobre em verdades.



Bologna, foi aos Estados Unidos não para degustar os vinhos locais, mas para pesquisar o importante mercado americano, conhecer o gosto dos consumidores e “fabricar” um vinho que agradasse ao paladar dos amigos do norte.

 Ao beber o Barbera, barricado à moda “Parker”, percebeu qual seria o vinho para conquistar o mercado americano e resolveu produzi-lo em Rocchetta Tanaro.



Bologna, para doar um pouco mais de credibilidade, à lenda do “Bricco dell” Uccellone”, viajou até Beaune, para fazer um curso e aprender como usar a barrique.

Não lembro quantas vezes visitei Beaune, mas posso assegurara que foram muitas e, naquela cidade, nunca ouvi falar em “curso de barrique” e digo mais: os viticultores da Borgonha não revelam, nem sob tortura medieval, os segredos de como usam a madeira em suas adegas.



O mais provável, logico e crível, é que Bologna foi a Beaune para comprar algumas barrique para “parkerizar” seu sonhado Barbera.

Em 1982, finalmente, estreia a primeira safra do “Bricco dell’ Uccellone e 9.800 garrafas, do Barbera barricado de Bologna, chegam ao mercado custando 4.800 Liras (cada).

É sempre bom lembrar que, naqueles anos, uma garrafa de Barbera normal, comum, custava Liras 3.000 (1,55 Euros) e as mais renomadas atingiam Liras 7.000 (3,62 Euros)



O Bricco dell’ Ucellone com suas 4.800 Liras (2,48 Euros) se apresentava, então, como “Barbera faixa média”.

O salto, para escapar dos preços baixos, já acontecera, mas Giacomo sonhava mais alto e o elevador, para subir e conseguir mais $$$$, tinha um nome: Luigi Veronelli.

Veronelli, abusando de sua grande e ilibada fama, de melhor critico eno-gastronômico da Itália, só não escreveu que o Bricco dell’ Uccelllone era tão, maravilhoso, incomparável, divino, que parecia ter sido vinificado, no Olimpo, pelo próprio Baco.



Alguns dos elogios, utilizados por Veronelli para descrever o Bricco dell’ Uccellone: Altíssima qualidade, excepcional, maravilhoso, definitivo, extraordinário, fascinante, ótimo investimento, incrível potencial de envelhecimento etc.

Com toda esta “mise em scène” não é difícil imaginar o que motivou a disparada dos preços do “Bricco dell’ Uccellone”

Giacomo Bologna, em suas memórias, escreveu, que, em 1990, ao passar por uma enoteca, viu na vitrine seu Barbera sendo oferecido por, nada modestas, 48.000 Liras (24,80 Euros).

Quanto Veronelli levou, não sei, mas sei que, para Giacomo Bologna o “investimento” valeu a pena...... 

Braida - Bricco dell' Uccellone 2021 - Barbera d'Asti DOCG - 75cl

 BRAIDA
 Nuovo
 C352ref49116
58,50 €



Uma garrafa de Barbera, que em 1982 custava 4.800 Liras (2,48 Euros), menos de uma década depois valia 48.000 Liras (24,80 Euros) e hoje só entrega seus “veronellianos” encantos por 55/60 Euros teve uma caminhada de róseo sucesso.

Os herdeiros de Giacomo Bologna (ele se foi em 1990) não conseguem controlar o riso ao ver os eno-palermas pagando 55/60 Euros por uma garrafa que lhes custa, quando muito 4/6 Euros.



Exagero meu?

Confira, na tabela abaixo, quanto custa 1 Kg de uva Barbera e aproveito para informar, que 1.2/1,5 Kg de uva são mais que suficientes para produzir uma garrafa vinho de 0,75 L.

 

Prezzi delle uve - anno 2024

 

PREZZI DELLE UVE - ANNO 2024

Medie dei prezzi delle uve da vino D.O.C.G. e D.O.C. 
Stagione vendemmiale 2024

 

UVE DA VINO DOC 

prezzo al kg

Minimo

Massimo

Barbera per vino “Barbera d’Alba”

€ 1,00

€ 1,34

Barbera per vino “Barbera d’Alba Superiore”

€ 1,29

€ 1,51

Dolcetto per vino “Dolcetto d’Alba”

€ 1,03

€ 1,22

Nebbiolo per vino “Nebbiolo d'Alba”

€ 1,06

€ 1,30

Nebbiolo per vino “Langhe Nebbiolo”

€ 1,12

€ 1,50

Arneis per vino “Langhe Arneis”

€ 1,18 

€ 1,31

Chardonnay per vino “Langhe Chardonnay”

€ 0,93

€ 1,14 

Langhe Rosso

€ 0,86

€ 1,00

Langhe Favorita

€ 1,17

€ 1,30

 

 (a Barbera D' Asti tem o mesmo custo)

Some-se, à matéria prima, vidro, capsula, etiqueta, rolha etc., mas o preço final, do Bricco dell’ Uccellone, não supera os 4/6 Euros.

Ignaros, mas atraídos pelo brilho do “Vinho Moda”, os eno-palermas continuam enchendo o bolso (havia pensado em outro substantivo, mas me contive …)  para a felicidade dos herdeiros de Giacomo Bologna;

Informo, também, que a produção atual do Barbera Bricco dell’Uccellone ultrapassa as 55.000 unidades.

Você dificilmente verá, nos bares ou restaurantes, italianos bebendo Bricco dell’ Ucellone.



Os eno-palermas, que querem aparecer no instagram, bebendo e fotografando vinhos-moda, são os turistas americanos, ingleses, russos, chineses, brasileiros etc.

Os italianos normais, comuns, que não são eno-palermas, bebem, entre outros,



Barbera Superiore “I Tre Vescovi”, da Cantina Sociale Vinchio – Vaglio Serra de 8/9 Euros.


Continua

Bacco

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

VINHOS DA MODA 3

 


Se os Parker e Veronelli da vida (fácil?), fossem apenas “culpados” de iludir, com seus pontos, medalhas, taças, estrelas e outras picaretagens do gênero, os incontáveis eno-trouxas espalhados pelo mundo, não haveria problema algum, mas com a ascensão, por eles promovida, dos vinho-moda, muitas castas, tradicionais, populares, baratas, deixaram de ser vinificadas e várias delas até erradicadas.



Os ricos e nobres toscanos, de Bolgheri, apesar do sucesso comercial de seus vinhos “franceses”, não relegaram as castas locais ao ostracismo, até porque possuíam propriedades em todo o território e não era interessante, nem inteligente, deixar de produzir Brunello di Montalcino, Chianti, Nobile di Montepulciano, Vernaccia di San Giminiano etc.



A eno-picaretagem do Sassicaia já foi abordada várias vezes no blog e quem desejar recordar basta acessar os links abaixo.

 https://baccoebocca-us.blogspot.com/2023/05/bolgheri-2.html


https://baccoebocca-us.blogspot.com/2014/03/bolgheri-vive-la-france.html


No Piemonte a história foi muito mais complexa e dolorosa

A irrefreável ascensão do Barolo e Barbaresco provocou uma verdadeira revolução na viticultura piemontesa e, apesar das rígidas diretrizes legais, impostas pelos consórcios das duas dominações (sempre há um jeitinho..), viu aumentar, sensivelmente, o cultivo das uvas Nebbiolo e a consequente diminuição da área das castas menos rentáveis e não adaptas à vinificação parkeriana.



Alguns dados: em 1980, a área de vinhedos, da DOCG Barolo, era pouco mais de1.200 hectares e atualmente ultrapassa os 2.200 hectares.

Na contramão, do sucesso do Barolo e Barbaresco, o Barbera, Dolcetto, Freisa, Grignolino, tradicionais vinhos que sempre alegraram as taças piemontesas, sem esvaziar bolsos e carteiras dos enófilos, amargaram uma triste e irrefreável decadência.



 Pouquíssimos saudosistas (eu sou um deles) ainda bebem Freisa e Grignolino e o capenga Dolcetto luta, bravamente, para recuperar mercado (será?).

O Barbera, ainda bem, continua presente nas prateleiras dos supermercados e enotecas, mas sem o vigor nem importâncias dos anos 1990.

Um conselho: quando passear pela bota não deixe de provar uma ótima Freisa di Chieri e um sensacional Grignolino d’Asti.



Tenho certeza que, já no primeiro ou segundo gole, mandará Parker, Veronelli e Cia. à merda.....

Mas por que o Barbera e somente o Barbera, conseguiu escapar da quase total decadência de seus primos pobres piemonteses?



Algumas razoes: Vinificação mais fácil, casta mais difusa na região (Barbera cobre 30% do território vinícola do Piemonte) uma genial e muito bem bolada, jogada de marketing da dupla Giacomo Bologna e Luigi Veronelli que, nos anos 1980, inventaram um fenômeno comercial que até hoje faz sucesso entre os eno-patetas-abonados:  “Bricco dell ’Ucellone”.

Continua....

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

VINHOS-MODA 2

 


Parker e comparsas, ditaram, durante décadas, qual vinho era o melhor, imperdível e que deveria ser bebido custasse o que custasse.

Os eno-zumbis vagavam pelas enotecas, supermercados, feiras e manifestações vinícolas, carregando livros, revistas, listas, anotações, onde constavam os vinhos pontuados que deviam ser, sem demora ou titubeio, degustados e comprado, apesar dos violentos estupros causados ao cartão de crédito.



Parker e comparsas enriqueceram e fizeram enriquecer muitíssimos produtores que, adquirindo pontos, taças, estrelas e outros ícones, puderam turbinar, até a estratosfera, o preço de suas garrafas.

Várias etiquetas de Brunello di Montalcino, Barolo, Barbaresco, Amarone, só para citar algumas italianas, atingiam cifras insanas.


Barolo Monfortino Riserva Conterno 2010  16.000,00 €


 Seguindo a mesma toada, o hectare, das denominações mais badaladas, chegou a custar 500 mil Euros e em muitos crus de Barolo os preços do hectare atingiram 3 milhões de Euros.

Quase todos os vinhos, tentando seguir fielmente o gosto parkeriano, foram padronizados, muito parecidos uns com os outros (quase iguais) e nas adegas, os enólogos, para agradar os novos “eno-tontos-parkerianos“, abusavam da química, com exagerada adição de aromas, sabores e leveduras industrializadas, soterrando o “terroir” (técnicas de plantio, vinificação, cultura e tradições centenárias etc.) jogando no lixo características territoriais de cada casta.



 Foi a vitória, enfim, dos vinhos “marmelada”, impenetráveis, excesso de madeira, muito alcoólicos etc., mas o piora ainda estava por vir....

Parker, pariu uma verdadeira multidão de críticos, sommeliers, jornalistas, cursos, confrarias etc. que transformaram o simples natural e prazeroso ato de beber um copo de vinho em um rito quase religioso.



Nascia a moda do vinho e o vinho da moda.

Em todos os cantos nascia um filhote do Parker e na Itália não foi diferente: Luigi Veronelli foi o Papa dos abonados enófilos italianos.



Os bebedores comuns, normais, plebeus etc. continuaram bebendo nos bares e durante as refeições, seus Barbera, Chianti, Valpolicella, Lambrusco etc., e nunca deram bola a Veronelli e Cia., mas Veronelli percebeu que um novo mercado, o mercado do “Vinho-Moda”, estava surgindo e não perdeu tempo: “Inventou” dois vinhos que se transformariam em icônicas e caríssimas etiqueta até hoje idolatradas por numerosos eno-tontos espalhados pelo mundo: Sassicaia e Bricco dell’ Ucellone.



Coincidência, ou não, ambos produtores, queridinhos de Veronelli, Mario Incisa della Rocchetta (Sassicaia) e Giacomo Bologna (Bricco dell’ Uccellone)  são originários de Rocchetta Tanaro pequena aldeia piemontesa.



Com a ascensão dos vinhos-moda, de Parker e Veronelli, iniciava o lento, mas inexorável declínio dos vinhos populares italianos, entre eles e um dos mais prejudicados, o Dolcetto.



Continua

Bacco

terça-feira, 28 de outubro de 2025

OS VINHOS-MODA

 


Ninguém sabe, exatamente, quando o homem “descobriu” a vinha e a oliveira.

Na China foram encontrados restos arqueológico indicando que vinho já era produzido há, mais ou menos, 7.000 AC.



O azeite é mais “novo”, pois apareceu, na Palestina e regiões vizinha, “apenas” 4.000 AC.

O percurso desses dois alimentos, então, é longo e não deveria causar mais nenhuma surpresa, mas a história demonstra exatamente o contrário.

Deixemos as azeitonas descansando, tranquilamente, por enquanto e vamos dirigir nossas atenções ao vinho e sua vitoriosa jornada das últimas décadas.



Até os anos 1950, a não ser pouco mais de uma dúzias de etiquetas provenientes da Champagne, Borgonha e Bordeaux, que já despontavam como quase inalcançáveis estrelas para os comuns mortais, era o vinho comum, anônimo, barato, a granel, que reinava absoluto nos copos dos bares, restaurantes e durante as refeições das famílias espanholas, portuguesas, francesas italianas etc.



O vinho não era moda, não doava status e não provocava incontroláveis desejos consumistas em quer que seja.

Um bom copo de Barbera, Dolcetto, Grignolino, Freisa etc. durante o jogo de cartas, nos enfumaçados bares dos anos 1950/1960, era o que bastava para satisfazer e alegrar os “enófilos” de então.

Algo começou a mudar, no mundo do vinho, quando, em 1951, os viticultores do Beaujolais obtiveram a permissão de vender suas garrafas de Gamay logo após a vinificação, mais exatamente na terceira quinta-feira do mês de novembro.

Nascia, então, o primeiro “vinho moda” e já em 1985, o Beaujolais Nouveau era um incrível sucesso mundial.



O Beaujolais Nouveau causava verdadeiras corridas às enotecas e provocava incontrolável frisson nos modernos eno-tontos que, quase babando, faziam fila esperado sua vez para levar para casa o tinto gaulês.

Hoje, como acontece com todos os “vinho-moda”, ninguém lembra do Beaujolais Nouveau e o “fenômeno”, dos anos 1980/2000, mofa, quase esquecido, nas prateleiras das lojas especializadas e supermercados.

Pode ser que no passado mais remoto existiu um vinho moda, mas o Beaujolais Nouveau foi realmente um marco importante.



Mais vinhos moda que “desapareceram”?
 Matheus Rosé, Lambrusco, Chianti (garrafa empalhada), Liebfraumilch garrafa azul etc.

Mas o grande marco, o marco mais profissional, mais marcante e badalado, do mundo do vinho, se deu com o “aparecimento” do advogado Rabert Parker.



Parker, conseguiu, com seus pontos, impor, padronizar, ditar rumos e tendências, gostos e desgostos nos enófilos, de todos os cantos do planeta, durante décadas.

Além de ganhar uma tremenda grana, pontuando quem mais pagasse (até a Concha y Toro já pagou para ter 100 pontos em seu Don Melchor....) Parker pariu um sem número de filhotes-picaretas que transformaram o mundo do vinho em um verdadeiro circo dos horrores.



Sem que ninguém soubesse de suas existências (se alguém mencionasse a palavra “sommelier” ou “enólogo”, em um bar todos pensariam se tratar de um palavrão.....), surgiram as imprescindíveis figuras do sommelier e do enólogo que, do alto de seus intocáveis pedestais, nos “encinaram” a encontrar , em nossas plebeias e anônimas (até então...) taças, aromas de flores brancas, flores vermelhas, tabaco, terra molhada, pimenta, baunilha, alcaçuz, cravo, canela, limão, brioche, manteiga , pimentão verde, etc. etc. etc.



 Pobre enófilo, que nas fatídicas e ridículas confrarias, que invadiram todos os cantos do planeta, não percebesse, no paladar, a presença de mirtilo, framboesa, groselha, ameixa, frutos de bosque, nozes, amêndoas, mineralidade, frescor, longo final, taninos, acidez, elegância, estrutura  etc. etc. etc.

Com o passar dos anos e infelizmente, todos os eno-tontos parkerianos se transformaram em experts.

Os mais incríveis exagerados detalhamentos eram usadas para demonstrar profundos, mas falsos e inexistentes, conhecimentos e parecia haver uma competição para saber quem conseguiria o mais estapafúrdio e ridículo comentário ao descrever uma simples taça de vinho



Para mim o exemplo mais ridículo da mais ridícula descrição de um vinho, é de lavra do palhaço-sommelier Beato-Salu, aquele escalador de crucifixos medievais que hoje, ainda bem, perambula sem rumo nas catacumbas das garrafas vazias.

.Leia:  “.....gustativa e olfativamente sublime, com aquele sabor de mel de estrebaria, ou seja, geléias e licores de frutas em meio fumaça de charuto num fim de tarde ao lado de um estábulo”.



Nada a acrescentar......

Nesta “corrida”, na busca da sempre melhor e mais cara etiqueta, os filhotes paridos por Parker sempre promoveram garrafas que não valiam nem 10% do que custavam e sem o mínimo escrúpulo, nem conhecimento, mandaram para o “cemitério” vinhos que durante séculos fizeram a alegria das taças e carteiras, dos normais e verdadeiros apreciadores de vinho.

Os esquecidos?



Só para citar meia dúzia de italianos: Freisa, Grignolino, Bardolino, Carema, Incrocio Manzoni, Dolcetto.

Falei Dolcetto?



Na próxima matéria: Dolcetto “funeral e ressurreição”

Bacco