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domingo, 4 de maio de 2025

É SEMPRE POSSÍVEL PIORAR

 


No fumeante campo de batalha, os vetustos e retirantes críticos, da era parkeriana, não deixaram apenas um arrasado e árido terreno; apesar de terem exagerado na divinização e na incrível valorização das garrafas, algo interessante eles nos legaram.



Para mim o legado mais o importante foi o de sempre, ou de quase sempre, duvidar da honestidade e independência dos julgamentos, notas, bicchieri, estrelas etc., mas é inegável que seus ensinamentos, como beber à temperatura correta, taças apropriadas, maneiras de servir, como degustar etc. foram e são, até hoje, o padrão utilizado pelos enófilos mais refinados e dedicados.



Porém a herança, mais cruel e irreparável, que os antigos papas das rolhas nos deixaram, foi a incalculável prole de seguidores e imitadores, que apesar de não possuiremos, muitas vezes, os mínimos conhecimentos necessários, tomaram de assalto o espaço deixado pelos “mestres” “parkerianos”.

No Brasil, acompanhamos o nascimento de um sem número de picaretas que, mediante pagamento, sempre e somente, elogiaram os vinhos das importadoras e vinícolas nacionais que lubrifica$$em suas canetas.



Assim surgiram:  2º melhor espumante do mundo, gran medalha de ouro aqui, medalha de prata ali, o vinho nacional conquista até os paladares da Europa, o mundo reconhece e se curva diante da qualidade dos vinhos nacionais e outras imbecilidades como a de ter que engolir que um quase vinho, parido pela vinícola Galiotto, foi o grande vencedor em um concurso, fajuto, realizado no México.

 Os nossos circenses sommelier$ não economizaram suas picareta$ de vida fácil para elogiar nossas soberbas garrafas.


"Fulvia Pinot Noir 2009 por Ed Motta:

 DanielleSan 

Você simplesmente encaminhou o melhor vinho já feito no Brasil. O Fulvia 2009 é um divisor de águas, que incrível o que você conseguiu. Vou escrever formalmente sobre ele e você pode colocar no site, enfim, fazer o uso que achar melhor. Impressive! Soberbo!"
 (Ed Motta, músico e enófilo - Via mensagem SMS por celular, após provar o Fulvia 2009, abril de 2011.)




Algumas amostras: É sempre bom lembrar que um dos maiores lambedores de botas poderosas, Bidu Bilu Teteia e o paquidérmico Sir Edwars Motta   consideraram o Fulvia Pinot Noir, do sumido e esquecido Marco “dos mil nomes” Danielle, superior aos primos franceses.



 O escalador de cruzeiros medievais e nas horas vagas, enxugador de fundos de garrafas famosas do restaurante “Fasano”, para tentar retornar aos velhos tempos da fartura paulistana, foi abrigado a classificar um vinho do cerrado goiano como sendo “....uma aberração de tão bom” e já encontrou, nas garrafas degustadas, até    aromas de peixe de rio, sabor de mel de estrebaria, geleias e licores de frutas em meio fumaça de charuto num fim de tarde ao lado de um estábuloouriço do mar”

 O eterno candidato a melhor sommelier do mundo, Diego Rebola, entre outras pérolas foi obrigado a se curvar para catar o dinheiro jogado ao chão e declarar “ótimo” o deplorável Barbera da Perini.

https://www.youtube.com/watch?v=hZAXusWWmis

O bebum, Marcelinho “pão e vinho” Copellinho já premiou um Chardonnay como “melhor tinto do Novo Mundo”.

Da espartana, musculosa e raivosa Alexandra Corvo quero distância..... Suas babas apavoram até mesmo seus críticos mais corajosos.



A sonolenta Suzana Barelli parece haver ingerido um Zolpiden pois seus comentários lembram e tem o efeito das cantigas de ninar.

Jorge Lucki, para poder sobreviver mandou às favas o que restava de seus sofisticados conhecimentos vinícolas e, sem a grana da Globo, se e$pecializou em vinhos nacionais, chilenos, argentinos etc.

Pode parecer impossível, mas já estou com saudade dos filhotes do Parker.....

Por qual razão?



O (de$)guia “Descorchados”, Leandro Baena, médico (e monstro?), com cara de mortadela Perdigão, que defende com raro vigor e paixão os vinhos nacionais e a eno-analfa Marianne Piemonte (não seria mais apropriado o Piauí?), são a prova que é sempre possível piorar.

Estou quase ansioso, confesso, à espera do tsunami, de influenciadores tremendas-bostas, que já está chegando via Instagram, Tik-Tok, para ver até onde e em qual esgoto cairá a crítica vinícola no Brasil….



Lembrem: “Está ruim, mas é sempre possível piorar”.

Aguardemos e para os que creem, oremos?

Bacco

 

 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

BANALIZAÇÃO

 


Não lembro, exatamente, quando deixei de seguir guias, críticos, gurus eno-gastronômicos.

Acredito tenha sido um processo lento, mas inexorável, que culminou com o total desprezo por toda e qualquer indicação eno-gastronômica que exalasse o mínimo resquício de $$$$.

  “Os dez melhores vinhos da Itália”, “Os vinte melhores vinhos brancos da França”, “O melhor restaurante do Piemonte”, “Melhor sommelier do mundo”, “10 melhores produtores de Barolo”........



No começo os anúncios, acima, me seduziam, mas com o passar dos anos bastava ler: 96 pontos, os 10 melhores, o melhor, o estrelado, os 3 bicchieri, fulano recomenda, sicrano aponta, beltrano indica, etc. que imediatamente procurava outros assuntos.

Havia percebido que tudo e todos eram movidos apenas por $$$$$ e as indicações, pontos, estrelas, “bicchieri” etc., eram tão confiáveis quanto os conhecimentos eólicos da Dilma Rousseff.



Não escapava ninguém!

Renomados produtores, importadores, críticos, enólogos, revistas, sommelier etc., todos faturavam alto e todos ficaram (mais) ricos às custas de enófilos cegos e otários (eu, incluso....).

Eram os anos dos Parker, Suckling, Rolland, Robinson, Veronelli e outros monstro$ $agrados das taças.



Lembro que, quando Parker & Cia “soltavam” um 90/95 pontos, corria, feito um Usain Bolt, à procura das etiquetas indicadas pelos deuses das garrafas.



O “Usain Bolt”, das etiquetas premiadas, um belo dia, depois de uma longa “corrida à procura do “Barbera la Spinetta Vigneto Gallina 1997”, efusivamente elogiado por todos os sommelier, críticos, revistas, sites, etc., cansou e parou de correr.





O Barbera, “Vigneto Gallina”, daquele ano, foi um dos vinhos mais premiados da Itália, considerada o melhor Barbera em absoluto, assim, desapareceu rapidamente das enotecas

Era praticamente impossível encontrar uma simples garrafa

 Frustrado e resignado, como todo bom eno-tonto, seguidor dos “Papas” das taças, já havia desistido do “Gallina” quando, por um (in) feliz acaso, o encontrei em uma enoteca de Orta San Giulio.



 Comprei a garrafa, desembolsando três ou quatro vezes mais do que custava, à época, um bom Barbera, deixei a “joia” dos Rivetti descansar alguns dias e finalmente, uma bela tarde, quase trémulo de emoção e desejo, abri a garrafa e......Uma tremenda bosta.



Madeira em excesso (lembrava uma serraria), demasiada concentração, vinho pesado tanto quanto o mais, até, do que o rinoceronte da etiqueta, um Barbera parkeriano de cor escura, impenetrável, quase preta, “transpirando” muito enólogo, química, adega, mas nada de vinhas e distante léguas dos verdadeiros Barbera, frescos, frutados, alegres, fáceis de beber e rei das “piole” (botecos típicos do Piemonte)



Lembro que nem terminei a garrafa e, naquele exato dia, mandei todos os críticos, sommelier, revistas às favas.

 O Barbera Gallina me fez decidir, finalmente, a prestigiar e seguir meu paladar, nariz, gostos e desgostos: Queria errar e acertar sem ninguém me monitorar ou sugerir o que, quando e em qual copo beber.



Finalmente livre, dos ditadore$ das taças, descobri que Gaja, Giacosa, Conterno, Biondi Santi, Dal Forno, Quintarelli, Romanèe-Conti, Château Mouton Rothschild, Vega Sicilia & Cia, contumazes “sodomizadores” de enófilos de todos os cantos do mundo, já haviam ganho milhões e não precisavam mais de meus tostões.....



Graças ao “Barbera Gallina 1997”, dos (argh) Rivetti, redescobri e “desenterrei” os tintos, Pelaverga, Gamba di Pernice, Lessona, Ghemme, Fara, Gattinara, Bramaterra, Carema, Freisa, Doux d’Henry, Grignolino, Chambave, Schiava, Susumaniello, Ormeasco, Rossese di Dolceacqua, Ruchè, Torgiano, Sagrantino, Lacrima di Morro d’Alba, Taurasi, Piedirosso, Cannonau, Bardolino, Lambrusco, e dúzias de outros vinhos que já não recordo.

Pensei “ Finalmente livre! ”

https://www.youtube.com/watch?v=8XavF7iSha8

Estava redondamente enganado....

Os “monstros sagrados”, das décadas de 1970/80/90, caminhavam lentamente para o “Crepúsculo dos Deuses” (grande Billy Wilder), levando nas malas muita grana, mas, também e infelizmente, charme, elegância, sofisticação e conhecimentos.



No campo de batalha, os vencidos, pelos anos e pelas redes sociais, deixavam um imenso campo aberto que foi tomado, rapidamente, por um “brancaleónico” exército de sommelier, críticos e “influencers”, arrivistas picaretas, etc.



  O exército mais ridículo e despreparado da história.... O exército do “segundo melhor espumante do mundo”



Começava, no Brasil, a era da “BANALIZAÇÃO”



Continua

Bacco

quarta-feira, 9 de abril de 2025

MASSETO OU CAREMA?

 


Nenhuma outra bebida soube se valorizar, imitando com rara felicidade e perfeição o mundo da moda, como o vinho.

O viticultor, mãos calejadas, pele queimada pelo sol, trabalhando nas vinhas, desde o amanhecer até ao entardecer, é figura de um folclórico passado que existe e persiste apenas na mente dos inocentes e otimistas eno-panglossianos.



O produtor moderno se dedica mais às finanças, marketing, conquistas de mercado, expansão etc. e tenta desesperadamente se tornar um Vuitton, Prada, Dior, Zegna etc., das garrafas.

Não há nada que limite ou iniba as tentativas dos famosos e grandes produtores (ética, honestidade, nem pensar…), de enfiar, sempre mais fundo, a mão no bolso dos incautos bebedores de etiquetas que querem, custe o que custar, aparecer nas redes sociais.



Nenhuma outra região vinícola alcançou tão rapidamente sucesso e preços astronômicos como a Bolgheri dos famosos e caríssimos “Supertuscans”.

Os Frescobaldi, proprietários da Masseto-Ornellaia, são, também, nobres toscanos que não conseguem conter o riso ao ver um verdadeiro mar de eno-palermas que continuam fazendo fila para comprar suas insultuosamente caras garrafas.



Toscana Rosso IGT “Masseto” 2017 - Tenuta Masseto

995,00 €


Os eno-palermas, escravos-Instagram, gastam verdadeiras fortunas para fazer um “selfie” enquanto bebem uma taça de Masseto (1.000 Euros), Ornellaia (220 Euros) ou condimentam uma “caprese” com “Olio dell’Ornellaia” (30 Euros ½ litro), mas será que sabem o que estão bebendo ou usando para olear a salada do Peppino di Capri?



Difícil saber, mas o que aparece, na documentação, mostrada pelo “REPORT”, confirma que, também, os Frescobaldi, da Ornellaia-Masseto, compraram 30.000 litros de vinho a granel da já velha conhecida e manjada “Cantine Borghi”.

Pois é.... os eno-palermas-Instagram acreditam que os Supertuscans da Ornellaia-Masseto, conforme está escrito no contra etiqueta da vinícola, são produzidos com uvas provenientes de vinhedos próprios e vinificadas em suas adegas em Bolgheri.



Na realidade 30.000 litros, “importados” por 2/3 Euros cada, são incorporados à preciosas garrafas que serão vendidas por 60-200-1.000, ou até mais, Euros.

Você, experto enófilo, pensará: “Como e possível transformar uva de qualquer região, ou até de mesa, em um Supertuscan? ”



A pergunta será respondida pela “Vinicola Vedovato Mario”, sediada na cidade Trebaseleghe (Veneto), que com trabalho “sartoriale” (sob medida) reproduz, na cor, aroma, gradação alcoólica etc. qualquer vinho que lhe seja encomendado.

https://www.vinicolavedovato.com/

Leia:

Un ascolto attento

Nella fase iniziale ci confrontiamo con te, raccogliendo tutte le informazioni necessarie per tradurre le tue richieste in un prodotto dalle caratteristiche ben definite. Per questo, ti incoraggiamo a condividere indicazioni il più possibile specifiche sulle caratteristiche analitiche e organolettiche che il prodotto finale dovrà avere.

.

 

UMA ESCUTA ATENTA

Na fase inicial vamos nos encontrar para colher todas as informações necessárias para poder satisfazer suas demandas e realizar um produto com características bem definidas. Para isso o encorajamos a compartilhar indicações mais especificas possíveis sobre as características analíticas e organolépticas que o produto deverá ter no final.

Na realidade o que acontece no caso específico da Masseto-Ornellaia?

A famosa vinícola de Bolgheri compra 30.000 litros de vinho da “Cantine Borghi” que em seguida os envia à “Vinicola Vedovato Mario”.

A Masseto-Ornellaia, por sua vez, despacha, à “Vedovato”, algumas garrafas, de seus produtos, as quais serão analisados nos laboratórios da “Vedovato”



Depois de minuciosa análise das amostras da Masseto-Ornellaia, os competentes químicos da “Vedovato” iniciam a manipular os 30.000 litros da “Cantine Borghi”.

Depois de alguns dias, de meticulosos experimentos, provas, correções, finalmente os vinhos, de 3/4 Euros da Borghi, ganham uma nova identidade: “Supertuscans”.



Terminada a “clonagem” o vinho, de 3/4 Euros, volta, em caminhões cisternas, para Scandicci , em seguida viaja até Bolgheri onde será engarrafado, etiquetado e vendido por 30-40-60 ou, quem sabe, por até 220 Euros.

Se o eno-palermas-Instagram acreditam que somente as duas vinícolas toscanas os enganam, com suas dispendiosas garrafas, erram mais uma vez: Muitas etiquetas “Vinho-Moda” praticam as mesmíssimas picaretagens

Quer saber quais? Procure conhecer quais são os clientes da “Cantine Borghi” e “Vinicola Vedovato Mario” e.... Esqueça o Masseto de 1.000 euro, vá até os “Cantina Produttori Nebbiolo di Carema” onde, pela mesma quantia, você compra 50 garrafas do ótimo Nebbiolo “Carema”.



Garanto, que após o primeiro gole de Carema, até o mais ferrenho eno-palerma-Instagram votará ao normal e mandará os vinhos-moda à  #8%*£p

Dionísio

 

quarta-feira, 2 de abril de 2025

AS RAPOSAS DAS UVAS

 



Um comentário na matéria de Bacco, “Beber Bem Em Santa Margherita 2”, chamou minha atenção.

Anônimo21 de março de 2025 às 20:19

* minha pergunta sobre qual região italiana é mais rentável no vinho não foi testando sabedoria, curiosidade e interesse por informação. ( não precisa publicar )

Por um feliz acaso, há poucas semanas, assisti, na televisão italiana, alguns programas dedicados às falcatruas que periodicamente atingem, emporcalham e desacreditam o panorama vinícola da Bota.

É preciso lembrar que, com um faturamento de 13 bilhões de Euro, o vinho é um dos maiores, se não o maior, produto agrícola da Itália e tem peso importante na economia do país.



A importância do setor exigiu a criação de diversos consórcios, rígidos controles, normativas, disciplinares, limitação de plantio, etc. que, apesar das severas penas, são constantemente burlados.

“REPORT”, dedica uma serie explosiva sobre as falcatruas que são praticadas na Toscana e em especial, pasmem, na badalada Bolgheri região onde nascem os famosos e dispendiosos “Supertuscans”.

Que a Toscana, desde sempre, soube se “vender”, com maestria, é mais que notório.



A prova cabal, desta afirmação, é comprovada pelos 47 milhões de turistas que, em 2024, visitaram, Firenze, Pisa, Lucca, Siena San Giminiano, Pienza, Montepulciano, Montalcino, Arezzo, Cortona Monteriggioni etc.

 Mais uma dica: Bastaria lembrar quantos filmes Hollywood dedicou à região para confirmar que os toscanos são excelentes “vendedores” de seu território.



Mais provas?

Qual o vinho emblemático, icônico, que mais se identifica com a Itália?

Se você pensou naquela da garrafa, empalhada, de Chianti, acertou na mosca.



Os toscanos, todavia, não são exatamente santos e muito menos puros, quando o assunto é vinho.

Bacco, por exemplo e em várias matérias, alertou que os toscanos Biondi-Santi não eram nem um pouco confiáveis ao declarar, despudoradamente, que seus vinhos poderiam ser bebidos e apreciados, no auge de suas características, mesmo depois de um século.



 “REPORT”, em sua reportagem, pulveriza a seriedade dos nobres produtores (nas veias, de quase todos os maiores empresários vinícolas toscanos, corre sangue azul) ao revelar as incríveis falcatruas praticadas pelos famosos e nobres engarrafadores de Sassicaia, Ornellaia, Masseto, Solaia, Guidalberto, Le Difese, Tignanello, Le Volte, Serre Nuove etc.



Na primeira parte da série, “As Raposas das Uvas”, apresento e comento as revelações de “REPORT” sobre as picaretagens praticadas, na “Tenuta San Guido”, de propriedade dos nobres, Incisa Della Rocchetta, que deixam a nobreza de lado quando sentem o cheiro de grana, de muita grana....

Segure seu Sassicaia, aí....



“REPORT” descobriu, através de minuciosa investigação, que nem todas as uvas utilizadas na produção do “Sassicaia”, “Guidalberto” e “Le Difese” são originarias da “Tenuta San Guido”.



A “bolgherese”, Tenuta San Guido, produz, média/ano 1.000.000 de garrafas com as etiquetas de “Sassicaia”, “Guidalberto”, “Le Difese” com as quais, a nobre produtora, obtém incríveis resultados financeiros (60% lucro líquido sobre o faturamento).



As vezes o clima não ajuda.

 Muita chuva, seca prolongada, reduzem a colheita e não há cachos suficientes para produzir o costumeiro um milhão ou até mais de garrafas

Até mais, alguém perguntará?

Sim, quando há uma maior procura nem os nobres dormem no ponto e.....

Quando um ou os dois fatores mencionados se apresentam, os nobres Della Rocchetta recorrem sorrateiramente às “Cantine Borghi” como, por exemplo, em 2023 quando “Tenuta San Guido” comprou, da vinícola, localizada em Scandicci, nada menos do que 418.000 Euro de vinho a granel.



 O volume adquirido equivale, aproximadamente, a 250.000 garrafa o que representa nada menos do que 1/4 da produção da “Tenuta San Guido”.  

É preciso informar que a Cantine Borghi” é uma empresa gigantesca, que não produz nem um cacho de uva, mas compra milhões de hectolitros de vinhos da Toscana, Puglia, Abruzzo, Emilia-Romagna, Veneto etc. e os revende aos “necessitados” quando ocorrem os fatores que mencionei no parágrafo anterior.



Há mais picaretagens, mas revelarei na próxima matéria.

Uma coisa salta aos olhos: Os eno-palermas continuam pagando preços altíssimos por etiquetas “batizadas” com vinhos de 2/3 euros o litro.

Dionísio