O frio, silencioso e fantástico inverno nas colinas do Barolo
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segunda-feira, 21 de março de 2016
terça-feira, 15 de março de 2016
CIVITA DI BAGNOREGIO
Não pretendo mais falar de vinhos até que a corja, que
transformou o nosso país em uma fazenda da Friboi, abandone o osso.
Há, no entanto, algumas antigas fotos, resgatadas de um velho
e abandonado computador, que merecem ser comentadas.
São fotos de aldeias, lugares e locais que nunca e por puro
descaso, comentei.
As primeiras, que apresento agora, são de uma pequena aldeia
na província de Viterbo: "Civita di Bagnoregio".
Civita di Bagnoregio, lugarejo conhecido, também,
como "La città che muore" (a
cidade que está morrendo) é um lugar incrível.
O único acesso, possível, se dá por uma longa e íngreme rampa
para pedestres onde carros não podem transitar.
Particular atenção deve ser dedicada à foto do bar.
Quando puderem visitem Civita di Bagnoregio..... Pura emoção
Bacco
sexta-feira, 11 de março de 2016
NÃO AGUENTEI
Semana passada, Diego Arrebola,
foi coroado, na AB$ de São Paulo, o melhor sommelier do Brasil.
No mundo do vinho o melhor sommelier do Brasil será sempre tão
respeitado quanto o melhor surfista da Bolívia no mundo das ondas.
Sim, eu sei, eu sei....
Na Bolívia não há mar, mas, também, sei que no Brasil não há
tradição, cultura vinícola e os vinhos, cá engarrafados, beiram o ridículo.
Um país que continua produzindo 75% de seus vinhos com uvas
não viníferas não pode ser levado a sério.
Como se não bastasse, o deserto cultural vinícola, a maioria
de nossos "sommerdiers" aprende e se diploma em umas das AB$ que brotam, impunemente,
por todo território nacional.
A AB$ foi fundada, no Rio, por um italiano, em 1983.
Por ser um bom negócio, doar status, charme, bocas livres
etc., para seus diretores, as AB$ foram se espalhando pelo Brasil afora e,
hoje, estão presentes em vários estados (até no Ceará).
As AB$ sempre são comandadas pelos mesmos grupelhos que se
alternam na presidência, democraticamente e com a mesma regularidade dos irmãos
Castro em Cuba.
Exemplo?
O presidente da AB$ de Brasília
é o mesmo desde 2001.
Em seu site a AB$ se declara "...
sem fin$ lucrativo$", mas cobra uma grana preta por seus cursos,
fatura, aproveita viagens grátis e vende até a alma para 27 "parceiro$".
Os parceiros, em sua esmagadora maioria, são produtores de
vinho e importadoras.
Comerciante e produtores, no Brasil, é mais que sabido, não são
e nunca foram inocentes como belas borboletas.
As empresas Salton, Valduga, Mistral, Aurora, Chandon, Vinci,
Grand Cru etc., que patrocinam a bela vida dos diretores da AB$, por razões óbvias,
jamais poderão ser criticadas.
Começa, justamente aí, a picaretagem da AB$: A AB$ nunca
criticou e não poderá criticar, jamais, um produto de seus patrocinadores.
Até aquela merda de Gamay, da Miolo, ganhou aplausos da AB$.
O pior, todavia, não é esta promiscuidade vergonhosa.
A assustadora falta de conhecimentos e o despreparo de seus
diretores e presidentes compromete qualquer formação profissional.
A AB$, em meado dos anos 2000, foi criticada duramente por
B&B em uma série de matérias.
Aos poucos, percebendo que no site da associação havia uma
enorme quantidade de idiotices, a direção da AB$ passou uma esponja no passado
e deletou todas as matérias da antiga página.
Em nosso proverbial amadorismo perdemos inúmeras matérias, mas,
semana passada, consegui recuperar um velho computador e encontrei algumas
pérolas, na página da AB$, quando o Arthur de Azevedo era o então presidente (continua
sendo?)
Nosso glorioso presidente,
do alto de sua sapiência vinícola, descreve, com rara felicidade, o Piemonte e
seus vinhos.
Leiam com o respeito, e sem gargalhar....
Afinal, apesar de bufão, o sujeito foi o presidente da AB$
Endereço
Av. Faria Lima, 1800
8º andar
CEP 01451-001 SP
Tel: (011)3814-7853
(011)3814-1269
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A REGIÃO DO PIEMONTE E BARBARESCO
Localização
O Piemonte localiza-se no noroeste da Itália, tendo os Alpes como
limite ao norte e a oeste, e o Mar da Ligúria ao sul. Ainda fazem
parte da região noroeste da Itália as províncias da Lombardia, Ligúria
e Valle d’Aosta. No Piemonte, as principais regiões vinícolas são
Barolo, Barbaresco, Barbera, Alba e Asti.
Localização
O Piemonte localiza-se no noroeste da Itália, tendo os Alpes como
limite ao norte e a oeste, e o Mar da Ligúria ao sul. Ainda fazem
parte da região noroeste da Itália as províncias da Lombardia, Ligúria
e Valle d’Aosta. No Piemonte, as principais regiões vinícolas são
Barolo, Barbaresco, Barbera, Alba e Asti.
De cara, nosso presidente, revela raro conhecimento geográfico e sem se importar com milhões de lígures que vivem, há séculos, em Genova, Savona, Imperia, Alassio, Ventimiglia etc., varre do mapa a Ligúria e, finalmente, leva o Piemonte até a praia.
Basta consultar um mapa para verificar que o nosso
presidente é um imbecil-geográfico.
Não contente, com a primeira imbecilidade, nosso
"mestre" rebaixa Lombardia, Valle d'Aosta e Ligúria.
As regiões , acima elencadas, são rebaixadas para simples províncias.
As regiões , acima elencadas, são rebaixadas para simples províncias.
O bufão não acerta uma!
Barolo, Barbaresco, Barbera, Alba e Asti não são regiões vinícolas.
Barolo, Barbaresco,
Alba e Asti são cidades, emprestam nome às denominações vinícolas e somente "Barbera" é uma uva.
Clima
Os invernos costumam ser muito severos, com freqüentes inversões de
neblina, que cobrem os vales. Os verões são bastante quentes, apesar
de não apresentar calor excessivo, porém as tempestades de granizo
podem causar danos às videiras nesta época do ano. Os longos outonos
permitem que a Nebbiolo, uva de maturação tardia, seja cultivada nesta
região com grande sucesso.
Inversões de neblina, verões bastante quentes sem calor
excessivo, tempestades de granizo.... Parece o samba do crioulo doido.
Parece um discurso de nossa presidenta ou de alguém que não sabe nem consultar corretamente o Google.
Aspecto
O relevo desta região é dominado por montanhas (Piemonte significa
literalmente "pés dos montes") e pelos vales dos diversos rios que
cortam a região. As uvas são cultivadas nas encostas que propiciam boa
drenagem e perfeita exposição ao sol. Em áreas clássicas, como Barolo
por exemplo, todas as encostas com orientação sul são cobertas por
vinhedos, enquanto na Lombardia muitas parreiras se estendem até as
ricas planícies de aluvião, próximas dos vales dos rios.
Parece um discurso de nossa presidenta ou de alguém que não sabe nem consultar corretamente o Google.
Aspecto
O relevo desta região é dominado por montanhas (Piemonte significa
literalmente "pés dos montes") e pelos vales dos diversos rios que
cortam a região. As uvas são cultivadas nas encostas que propiciam boa
drenagem e perfeita exposição ao sol. Em áreas clássicas, como Barolo
por exemplo, todas as encostas com orientação sul são cobertas por
vinhedos, enquanto na Lombardia muitas parreiras se estendem até as
ricas planícies de aluvião, próximas dos vales dos rios.
Nosso geógrafo mor continua com fixação pela Lombardia e insiste em confundi-la com o Piemonte.
Viticultura e Vinificação
O Piemonte é dominado por duas uvas tintas, a Nebbiolo e a Barbera.
Com a Nebbiolo é produzido o rico e potente Barolo e o elegante, mais
feminino, porém às vezes muito potente Barbaresco. A uva Barbera
possui uma produção muito maior que a Nebbiolo, apresentando um bom
potencial, que começa a ser explorado na produção de vinhos de melhor
qualidade. No passado, os grandes vinhos tintos da região foram muito
prejudicados pelo longo período de amadurecimento em grandes tonéis de
madeira, já que muitos produtores só engarrafavam seus vinhos após
vendê-los. Esta prática acabava por destruir a fruta dos vinhos e
causando sua oxidação. Há até hoje muita controvérsia com relação ao
tipo de tonel e o tempo ideal para o amadurecimento dos vinhos desta
região.
Os vinhos de Barbaresco costumam ser mais acessíveis e mais frutados
que os de Barolo, devendo ter um período de amadurecimento de no
mínimo 2 anos, sendo um ano obrigatoriamente em tonéis de carvalho ou
castanheira.
Aqui nosso Rolando Lero se supera e comete uma série de
erros.
O Piemonte não é dominado por duas uvas tintas.
A Barbera é a uva mais presente no território com 30%, em
segundo lugar aparece a branca Moscato com 21%, em terceiro a Dolcetto com 13% e, finalmente,
a Nebbiolo com 9%.
Não consegui entender .... " os
grandes vinhos tintos da região foram muito prejudicados pelo longo período de
amadurecimento em grandes tonéis de
madeira, já que muitos produtores só engarrafavam seus vinhos após
vendê-los."
madeira, já que muitos produtores só engarrafavam seus vinhos após
vendê-los."
Desde quando o longo período em tonéis prejudica o vinho?
O Brunello, será uma porcaria?
Será que a AB$ quer modificar, também, a vinificação do mítico
vinho toscano diminuindo para 6 meses a passagem em madeira?
Mais uma pérola: "..... já que muitos produtores só engarrafavam seus vinhos após vendê-los."
Onde o bufão terá lido esta besteira?
Vejam as fotos
Como pode ser tão superficial, mal informado e ignorante, o
presidente da uma associação vinícola?
Se tais idiotices são repassadas aos alunos e futuros
sommeliers, imaginem a cultura vinícola de nossos profissionais.
O senhor Arrebola pode, até, ser melhor sommelier do Brasil, se alegrar pela vitória, fazer seu marketing (nada contra...) mas, pelo sua formação na AB$, sempre será mais um surfista
da Bolívia.
AB$ = Associação Bufões Sommeliers
quinta-feira, 3 de março de 2016
BASTA
Recebemos várias mensagens protestando contra o nosso longo
silêncio e cobrando novas matérias.
Desanimados e desiludidos, com o grave momento pelo qual passa
nosso país, acreditamos que falar de vinho, no atual cenário, seja superficial,
inútil e alienante.
Temos matérias prontas, algumas de impacto, mas somente
voltaremos a postar quando a quadrilha que se apossou do Brasil suma do Brasil
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