Vivendo "exilado" no norte de Portugal, um dos países com
melhor relação qualidade de vida/preço do mundo, aos poucos vou descobrindo o
que o Porto tem a oferecer em termos de vinho e gastronomia.
No início de maio, o amigo Florian me avisou que passaria uns
dias em Portugal, viria ao Porto e teria a noite de domingo livre para
jantarmos.
Apesar de ser uma cidade bastante turística e de desfrutar, há
pelo menos dez anos, de crescente interesse, o Porto tem bem menos opções de restaurantes
abertos aos domingos: Domingo é tradicionalmente o dia em que várias das
melhores casas da cidade, especialmente as fantásticas tasquinhas que alimentam
os locais, cerram suas portas
Resolvi tentar, então, o “Escama”, aberto em março com a
proposta de, como o nome sugere, especializar-se em frutos do mar.
Localizado na centralíssima rua “Mouzinho da Silveira”, perto da estação São Bento, o “Escama” tem decoração esmerada e ambiente confortável, apesar do peso das poltronas.....
Florian e eu, começamos pedindo couvert completo (pães,
manteiga, patê de sardinha, azeitonas e salmão defumado).
Em seguida, optei por uma sopa de peixe e ele preferiu a "Cavala Curada".
Para acompanhar essa entrada, pedimos ao António, que nos atendia, a sugestão de um branco que não fosse óbvio ou produzido para agradar os fãs de medalhões pontuados.
Ele nos propôs um “Xisto Ilimitado”, do produtor Luís
Seabra, na região do Douro.
Belo vinho, que harmonizou à perfeição com os pratos do
restaurante!
Como prato principal, Florian escolheu o “Cantarilho
ao Vapor”, enquanto eu fui de
“Pregado na Brasa”
– e esqueci de tirar uma foto da minha escolha.
Em restaurantes com propostas arrojadas, é muito fácil que a
ânsia pela inovação ou o ego dos chefs façam com que a vaca (ou a baleia, nesse
caso) vá para o brejo.
Não foi o caso do “Escama”: sem apelar a coisas “de
autor”, “moleculares”, “experimentais” ou qualquer outro rótulo pernóstico, o
que comemos, ao longo de todo o menu, foram ótimos frutos do mar, muito
bem-preparados e nada banais.
Para sobremesa, ele, que é o rei dos profiteroles, provou os da casa, enquanto eu preferi a ”Bola de Berlim” – nome que os portugueses dão aos sonhos de padaria – acompanhado de gelado de manga.
Como fiz a reserva pela página thefork.pt,
tivemos um desconto de 30% sobre todos os pratos – apenas o vinho, que custa
entre 13 e 15 euros numa garrafeira, ficou de fora (pagamos 22 euros no
Escama). O total nos aliviou em 97,85 euros.
Ao final do repasto, satisfeito com a sugestão do
““Xisto Iluminado”, pedi ao António dicas de boas lojas de vinhos na
cidade, querendo escapar, mais uma vez, dos medalhões lusitanos.
Gentilmente, ele nos sugeriu duas garrafeiras, sobre as quais falarei num próximo post.
Zé
Restaurante Escama
Rua de Mouzinho da Silveira 203, Porto
+351 913 595 551
Reservas - reservas@escamaporto.com (recomendável reservar)
https://escamaporto.com/
O "Xisto Ilimitado" tinto já tomei aqui no Brasil algumas vezes, excelente. Não vi por aqui o branco. Curioso.
ResponderExcluirGosto dos vinhos do Luis Seabra. Acho os Xisto Ilimitado, branco ou tinto, muito bons no quesito preço/qualidade. Mas para mim, o melhor dele é o Xisto Cru branco. Acima do tinto, a meu ver.
ResponderExcluirPortugal se distancia da colonia mais famosa a cada ano. Por mais que os portugas sejam os franceses da iberia (bem que poderiamos invadir la, so por vinganca), estao a causar inveja aos bananicos no IDH e tudo mais, o pa. Os mamonas estavam certos.
ResponderExcluirAdoro essa Costa... vá ao ROMANDO em Vila do Conde . JULINHA na Trofa..MOTO CLUBE Trofa tbm ...experimenta
ResponderExcluirExperimentar
Devo ter mais alguns Rest .se precisar avise ...HORACIO SIMÕES tantos os Brancos como o Grf res de Castelão...e os moscateis
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