Constato, infelizmente, que o número de idiotas no mundo
aumenta, rapidamente, sem trégua e os parvos já são a maioria da humanidade.
Estima-se que sejam 800 milhões os analfabetos no planeta, mas
se adicionarmos os analfabetos-funcionais o número mais que dobra.
Para que se tenha uma ideia, do que 1,6 bilhões de iletrados representam,
bastaria lembrar que a população mundial, em 1920, era composta por 1,9 bilhões
de indivíduos, ou seja, quase o mesmo número de analfabetos e semianalfabetos existentes
em 2022.
14 NEURÔNIOS
Livros? Nem pensar.
Teatros? Credo….
Informação, diversão, passatempo, cultura? Instagram
Música? Bem, na música a vitória é da mediocridade total e
irreversível.
O brasileiro trocou Ary Barroso, Tom Jobim, Cartola, Noel Rosa,
Dorival Caymmi, Dolores Duran, Milton Nascimento, Elis Regina, Gal Costa etc.,
por Pablo Vittar, Jojo Todynho, Wesley Safadão, Valesca Popozuda, Xamã ….
Funk e sertanejo, duas banalidades musicais, podem ser
assimiladas, compreendidas, digeridas e consumidos até por aqueles que possuem,
apenas, 14 neurônios
Qualquer imbecil consegue entender as repetitivas e primarias
cantilenas sertanejas: “..... não vivo sem você - minha vida está perdida –não
me deixe - volta pra mim...”.
Se alguém acredita que, culturalmente, alcançamos o fundo do
poço, lembro que é sempre possível piorar: Mediocridade não tem limite.
Alguém perguntará: “B&B quer, agora,
ser crítico musical? ”
Não, mas o setor vinícola brasileiro aposta na mediocridade para
conquistar, definitivamente, os enoloides “14
neurônios” que curtem Wesley Safadão, Anitta, Kevinho, Valesca Popozuda
etc.
A mediocridade nunca anda sozinha.
Uma prova?
Há alguns meses acompanhei uma discussão, no Facebook, onde
centenas de enoloides comentavam e elogiavam o quase-vinho “Pérgola”.
Quando um quase-vinho, como o Pérgola (há muitos outros),
invade as redes sócias e atrai centenas de comentários, vão para o ralo as
últimas esperanças de que um dia o Brasil seja considerado um produtor sério.
Quem bebe Pérgola adora Wesley Safadão & Cia.... é a
vitória da mediocridade vinícola e musical.
OS DIVULGADORES
O Brasil é o paraíso dos quase-vinhos e dos quase-sommeliers.
Já notaram o impressionante número de “mestres do vinho” que
assaltam as redes opinando, comentado, indicando, guiando degustações, harmonizando,
ministrando cursos etc.?
Qualquer cara de pau, que tenha bebido 12 garrafas e
frequentado um curso picareta, já se considera apto e pronto para “encinar” o
que não sabe.
As “vinícolas” nacionais, que teimam produzir porcaria com “labruscas”,
recrutam verdadeiros exércitos de influenciadores, postadores e Youtubers, para
divulgar suas eno-obscenidades.
Há inúmeros vídeos, de you-bostubers, exaltando a qualidade
dos quase-vinhos nacionais, mas escolhi apenas dois links que representam perfeitamente
os “14 Neurônios Wesley Safadão”.
https://www.youtube.com/watch?v=RbfMguQe5nA
https://www.youtube.com/watch?v=I-wEoZHhk1w
Não é surpresa, então, que os “14 neurônios” tenham conseguido
confirmar, mais uma vez, o “Pérgola” como vinho mais vendido do Brasil.
O pessoal do Wesley Safadão merece engolir Pérgola, Quinta, do
Morgado, Chalise, Sangue de Boi, Cantina da Serra, Dom Bosco, Colina, Canção e
outras tremendas-bostas que, impunemente, invadem as prateleiras dos
supermercados.
Resultado: O Brasil, do vinho, bebe mal e bebe caro.
Há, também, o pessoal “22 Neurônios” que
ouve Wesley Safadão e acredita estar
curtindo Frank Sinatra.
São os “22 Neurônio” hipnotizados pelos Mandrakes do vinho nacional.
Quem são .... Na próxima matéria revelarei.