Na matéria anterior teci alguns comentários sobre o turismo
predatório que tomou de assalto o pouco que ainda restou do parque das “5 Terre” e agora tentarei informar
como “sobreviver” em Portofino, Santa Margherita e
arredores.
Portofino, na
primavera ou verão?
Nem sob tortura.
Se as “Cinque Terre” são uma caricatura do passado, Portofino é
o purgatório do presente.
Hordas de turistas, “mordi e fuggi” (morde e foge), que apesar de todos os obstáculos,
contratempos e problemas, teimam e insistem na insana aventura de conseguir
alguns selfies, em dois dos mais badalados e exclusivos pontos turísticos da
Itália, logo percebem que Portofino e Santa
Margherita não são exatamente o “paraíso” e muito menos metas
baratas e acolhedoras.
O “mordi e fuggi”, poucos minutos
depois da chegada, já percebem que a estada, nas duas aldeias lígures, não será
exatamente um mar de rosas.
Ao descer do trem, na estação de Santa Margherita, um ônibus,
com destino “Portofino”, espera, acolhedor e sedutor, a horda dos
apressados e ansiosos turistas que mal conseguem disfarçar o frenético desejo
de conhecer, o mais depressa possível, o mítico, charmoso e badalado recanto da
Ligúria.
Já na hora da compra do
bilhete, o turista, para poder percorrer os pouco mais de 5 km, da sinuosa e
belíssima estrada, que em menos de 15 minutos o deixará na mítica pracinha de Portofino,
deverá desembolsar nada irrelevante 7,80 Euros (R$ 41).
O preço do bilhete serve como aviso e rápido treinamento para
todas as carteiras e cartões: Portofino estará esperando linda, sedutora, como
sempre, e...... pronta para os esfolar.
Sim, acredite, os turistas são regular e sistematicamente
depredados e esfoladas pelos bares, lojas de souvenires, boutiques,
restaurantes, estacionamentos (6 Euros/hora), etc.
que praticam, sem o menor constrangimento e pudor, galácticos preços (um refrigerante, 8 Euros).
Os “mordi e fuggi” invadem a famosa e charmosa
pracinha, percorrem as três ruelas da aldeia, sobem a ladeira, até a igreja de São
Jorge e cemitério anexo, visitam o Castelo Brown, tentam, desesperada e
inutilmente, descobrir se a famosa dupla Dolce & Gabbana está tomando banho
de sol em sua milionária “Villa” mediterrânea , fotografam tudo o que é possível
fotografar, fazem selfies em todas as posições ( para mulheres, pernas cruzadas e “boca cu de
galinha”, são obrigatórias...) e, missão cumprida ,retornam exaustos à
cinematográfica pracinha.
Terminada a maratona obrigatória, de uma ou duas horas,
literalmente depredados nos bares, restaurante, lojas de souvenires chineses,
etc., correm, desesperados, ofegantes, suados e quase sem dinheiro, para
alcançar o primeiro barco ou ônibus que os levará até a quase humana (será?) Santa Margherita onde a Coca-Cola custa, “apenas”, 5 Euros… (R$26)
Em Santa Margherita, os preços são mais “acessíveis”, quase
humanos, mas a grosseria e mal educação, dos “sammargheritesi”, continua
proverbial: A impressão, que se tem, é de que fazem um enorme esforço
para “suportar” e atender os turistas que ainda teimam em visitar a cidade.
Após e além ter sido literalmente esfolado, em Santa Margherita e Portofino,
é preciso uma boa dose de paciência para não mandar, toda hora, comerciantes,
donos de restaurantes e bares etc., à.....
Continua
Bacco
Pra que se estressar se na "esquina" temos isso.
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