Levei um susto quando vi um anúncio, das Lojas Americanas, em
que são oferecidas garrafas de “Château Petrus” pelo módico preço de R$ 28.900,
cada.
Chateau petrus 1997 um dos
melhores E mais raros vinho do mundo
R$ 28.900,00
Apesar do susto tive que refrear meu entusiasmo para não sair
correndo e reservar algumas unidades, afinal não é sempre que aparece uma
pechincha como esta......
Falando sério..... Acredito que é obrigatório ser rico,
deslumbrado ou retardado para acreditar que uma simples garrafa de vinho possa
valer quase 30.000 Reais.
Jogadores de futebol, colecionadores abastados-abestados
(Maluf?), magnatas, oligarcas, políticos corruptos, traficantes, ostentadores
compulsivos, que precisam “aparecer” e parecer ..... (esqueci alguns?) são os prováveis compradores de etiquetas que
ostentem preços iguais ou maiores, até, do que o Petrus anunciado pela
“Americanas”
Políticos corruptos, magnatas, oligarcas e colecionadores
ricos, eu posso entender, afinal o mundo deles não é igual ao nosso.
É um mundo em que
pobreza, miséria, luta pela vida etc. não existem, eles vivem em outra dimensão,
outra realidade, como se tudo fosse um filme, um conto de fadas.
Para um magnata os 28,900 R$, gastos na compra de um Pétrus,
representam, para os comuns mortais, os 2 centavos que sempre faltam no
supermercado na hora do troco.
Para jogadores de futebol, influencer e os outros babacas do
mesmo gênero, o
“Petrus-28.900R$” representa a porta de entrada, um passaporte, para
um mundo refinado, glamoroso.
Refinamento e glamour
que rapidamente evaporam, esgarçam, no exato momento em que a preciosa garrafa
é aberta à beira de uma piscina, em tarde de 35º, para acompanhar uma bela
feijoada completa ao som de Gustttttavo Limmmmma.
Perfeitos idiotas!
Há mais.....
Lembranças.
As cartas de vinhos, dos restaurantes brasilienses, nos anos
1990, sempre aguçaram minha curiosidade.
Notei, naqueles anos, que nas cartas de vinho, dos mais famosos
“templos gastronômicos” candangos, muitos dos quais e ainda bem já fecharam as
portas, o badalado Romanée-Conti era presença obrigatória.
Em todos os “Francisco”, “I Maestri”, “Piantella”, “Partenopea”,
“Alice”, “Zuu”, “Cielo”, “Gero” e outros que já não recordo, o
famosíssimo e caríssimo Romanée-Conti aparecia ao lado de modestos
chilenos, italianos, portugueses, argentinos etc.
A produção, dos 1,8 hectares de Romanée-Conti, é limitadíssima
e não supera as 5.000 garrafas/ano, garrafas que são entregues aos tradicionais
clientes que, regularmente e há décadas, as encomendam.
Mais uma coisa: Quem leva para casa o ícone da Borgonha deve
“engolir” garrafas de “La Tache”, “Echézeaux”,
“Richebourg” e outras mais, da famosa “Maison”.
Acontece que nas cartas dos restaurantes, nunca ou quase nunca
aparecia, por exemplo, o “Richebourg”, “Echézeaux” etc.
Pensei: “Aqui, tem.......” e havia, mesmo.....
Continua
Dionísio
Tem jogadores e jogadores! E tem o Neymar!
ResponderExcluirhttps://m.lance.com.br/fora-de-campo/internautas-descobrem-preco-astronomico-de-vinho-ostentado-por-neymar-nas-redes-sociais.html
Vou comentar na próxima postagem
ResponderExcluirInteressante analisar a alteração do fluxo dos consumidores do Romanné-Conti ao longo dos anos e das mudanças sócio-econômicas. Os industriais ingleses foram sucedidos pelos magnatas norte-americanos. Daí vieram os potentados sauditas, oligarcas russos e chineses, com espaço reservado para os políticos e novos-ricos brasileiros. É divertido ler a história da vinícola em russo (ou em idiomas de nações não tradicionalmente ligadas ao consumo do vinho) na publicidade destinada a este público. Quando escrita em francês parece ser séria e preocupada em de fato expor tradições familiares, a singularidade do terroir etc sem passar por conversa de vendedor. Aguardemos a postagem seguinte.
ResponderExcluirTem também este onde ele está vestido a rigor.
ResponderExcluirSegue:
https://images.app.goo.gl/W3QcLpEdBMvndpgA7
Fala a verdade: Morreu de inveja, hein? Olha a companhia!
ExcluirEsses vinhos de milhares de reais são pra mostrar, pra ostentar, como dizem. Ninguém compra uma garrafa dessas pra degustar em sua casa, com a família. É que nem a história do político que pagou uma fortuna em um cinto feito de couro de avestruz, e depois ficou puto porque ninguém sabia que tinha custado caro.
ResponderExcluirSe eu ganhasse na loteria ou coisa parecida, certamente iria gastar muito com vinhos. Borgonha, champagnes, barulhos, brunellos, e mesmo outros vinhos não tão caros, mas que gosto muito. Mas não iria gastar com esses rótulos ultra caros, porque pra mim tem cheiro de burrice, ostentação, cabeça vazia e outras coisas que não me agradam.
ResponderExcluirAchei estranho as Americanas vender Petrus, mas olhando a safra, faz sentido. Por uma estranha coincidência, quase todas as safras de Bordeaux que terminam com 7 foram ruins. Essa garrafa a venda é de 1997 e provavelmente deve ter uma qualidade inferior aos demais, por isso os produtores empurraram até nas Americanas. Mas vou concordar com o relator, mesmo nas grandes safras, pagar essa fortuna por uma garrafa de vinho é uma insanidade.
ResponderExcluirNa verdade não está no estoque da Americanas mas sim por um parceiro, um lojista com o singelo nome LUCA'S BABY ( sobre a loja
ResponderExcluirROUPAS DE BEBE, INFANTIL E JOVENS, MASCULINO E FEMININO,DE 0 A 17 ANOS..). Que vende outras "preciosidades" de vinhos a charutos.
Vejam:
https://www.americanas.com.br/lojista/lucas-baby?origem=blancalojista
Market place, pessoal. Isso se chama market place. Maior putaria que existe. Mas isso mostra que as americanas nao tem controle algum sobre o que vendem no website.
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