A Itália, em 2017, com seus 45,6 milhões de hectolitros, se
confirma maior produtor de vinhos do planeta à frente da França e Espanha, seus
mais próximos concorrentes.
A área de plantio cobre 637.634 hectares e as 310.000 empresas
vinícolas italianas, em toda sua cadeia produtiva, empregam 1.250.000
trabalhadores.
O faturamento total, do segmento, beira os 15 bilhões de Euros
e as exportações alcançaram os 5,8 bilhões de Euros.
Números expressivos e importantes para a economia italiana.
Tudo róseo, tudo azul?
Nem pensar!
Em 2018 (até agosto) já foram efetuados, no setor vinícola,
7.000 controles e 2.113 análises.
Foram encontradas 994 irregularidades que resultaram em 257
sequestros correspondentes a um valor de quase 13 milhões de Euros.
A Itália, que possui o mais rigoroso sistema antifraude da
Europa no setor vinícola, realiza uma média de 14.000 controles e 3.500
analises por ano.
Mesmo com toda os controles e cuidados as fraudes continuam
acontecendo.
Na França há mais seriedade?
Nem pensar!
O departamento de controles de fraudes da França descobriu que
o grande produtor “Raphael Michel” entre
outubro de 2013 e junho de 2016 vendeu o equivalente a 13 piscinas olímpicas de
vinho de baixíssima qualidade etiquetando as garrafas com as prestigiosas
denominações Côte-du-Rhône e Châteauneuf-du Pape.
As autoridades francesas calculam que a fraude atingiu 48 milhões
de litros o que corresponde a 15% da produção da Côte-du-Rhône nos anos
incriminados.
O escândalo atinge dimensões impressionantes.
Foi revelado, também,
que a “Raphael
Michel”, aproveitado o livre comércio
entre o Chile e a China e através de sua filial operacional chilena, inundou o
pais asiático com milhões de garrafas de vinho falsificado.
Uma das primeiras consequências: O Carrefour suspendeu
imediatamente toda e qualquer compra do grupo Raphael Michel.
Você, que já não aguenta tanta safadeza, fique de olho nos
vinhos da “Raphael
Michel” para não levar mais uma
eno-entubada.
Um dos raros países que nunca fraudou seus vinhos é o Brasil.
Alguém tem notícia que foram encontradas irregularidades nos
vinhos da Miolo, Salton, Carraro, Valduga, Perini etc.?
Pois é..... Nossos produtores dão exemplos de seriedade e
respeito aos consumidores e deveriam ser imitados pelos franceses, italianos,
espanhóis, portugueses, americanos….
Mordazes, ácidos e sádicos...É assim que este Blog sempre se referiu aos produtores brasileiros de vinhos, taxando-os de "imbroliones" ao venderem vinhos que não vale uma fração do que pedem. Ironizaram fortemente o Sesmarias da Miolo. E de repente pinta aqui, num domingo crepuscular um inusitado post elogiando os embrulhões brasileiros? A$$ombro$o...Muito.
ResponderExcluirElogiando? Você não percebeu a ironia? Os produtores nacionais não são e nunca foram fiscalizados e podem praticar ,impunemente, todas as falcatruas que desejarem.
ResponderExcluirEu sou advogado e tenho guardadas edições do diário oficial e durante o tempo imperial vinhos como adriano ramos pinto, Moet chandon, etc já eram falsificadas nestas bandas por produtores gaúchos e de Jundiaí .
ResponderExcluirSe quiser posso ver onde estão guardadas tais edições.
Se encontrar pode até escrever uma matéria que a gente publica
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