A pandemia e a paranoia me afastaram de Alba por dois longos anos.
Retornei, semana passada, à capital dos grandes vinhos e boa
cozinha do Piemonte.
Devo confessar que
algumas surpresas, nem sempre agradáveis, ocorreram em minha breve passagem
pela região.
As “Langhe” e seus vinhedos, continuam belíssimas, os turistas, de todas as partes do mundo, voltaram tomando de assalto restaurantes, bares, hotéis, agro turismos etc., mas algo mudou sensivelmente e para pior: Os preços ...
Sim, o turismo, na região, exige cartões reforçados, “bombados”.
É verdade que nosso Real se valorizou, frente ao Euro, em
quase 12%, mas os preços piemonteses e de toda a Itália, pulverizaram a boa
notícia com aumentos de 15-20 e até 30%.
Encontrar um bom hotel, agro turismo ou B&B, com diárias
abaixo de 100 é raro, quase impossível.
O “Alba Residence”, meu endereço favorito em Alba, que em 2020 oferecia ótimas acomodações com diária de 50-60 Euros, em 2022 não entrega seus macios colchões por menos de 100 Euros.
Os restaurantes, que permaneceram fechados durantes meses, querem
recuperar os perdidos “Euros-Covid” com aumentos importantes e conseguir
almoçar ou jantar, mesmo bebendo apenas uma taça ou duas de vinho, por menos de
40/50 Euros, somente em sonho….
Feliz o tempo em que meu amigo Franco Bertolone levava para
sua adega um litro de Barolo “Vigna
Rionda” de Tommaso Canale desembolsando 10 Euros.
Nem todos os produtores locais tiveram o privilégio e a sorte
de Davide Rosso, herdeiro de Tommaso Canale, de
frequentar o famoso “Curso Predador” da quase-vinícola
Miolo, mas quietos, quietos, aumentaram seus preços em 15-30-40%.
Comprar, diretamente do produtor, um bom Barolo ou Barbaresco,
por menos de 30 Euros, é quase tão difícil quanto encontrar um petista
inteligente.
Após consumir litros e litros de gasolina, visitar várias
vinícolas e quase enfartar com os altos preços, tive um pouco de sorte e
encontrei duas moscas brancas: Barbaresco
“Vallegrande 2017” Ca’ del Baio (27 Euros) e Barolo
“Pernanno 2016” Sobrero (37 Euros).
Ca’ del Baio e Sobrero, duas velhas conhecidas, aumentaram
seus preços, mas não exageradamente e ainda é possível beber seus ótimos
Barbaresco e Barolo por preços quase humanos.
Quem apostou que a pandemia limitaria as vendas, aumentaria os
estoques das vinícolas, o que forçosamente levaria à uma diminuição dos preços,
perdeu a aposta: Os produtores, dos grandes tintos piemonteses, quase já não
têm garrafas para vender e somente as entregam para quem pagar mais.
A senhora Sobrero, que há anos me vende garrafas de seu Barolo,
me atendeu friamente e quando pedi um desconto respondeu que seria impossível
descontar um Euro sequer.
Maneira mais elegante de dizer: “...se quer, quer e se não quiser há quem queira e f.. ”.
Diferente foi a recepção na Ca’ del Baio.
Depois eu conto.....
E ainda ganha R$2,00 de cashback kkkk
ResponderExcluirVinho chateau petrus 1997
https://www.americanas.com.br/produto/3272681815
.....e o mais interessante que pode ser falso. O Petrus é um dos vinhos mais falsificados do planeta
ExcluirEstimado pestvs magnum: Nao falta vinho bom e barato no mundo. Manda essa turma de predadores andar de moto com o bozo.
ResponderExcluirVai é andar de jegue com o molusco!
ExcluirDiante destes preços abusivos praticados pelos italianos nao é uma ótima oportunidade de valorizar os nacionais? #contemironia
ResponderExcluirVinícola Villa Francioni leva para SC três medalhas da Decanter, um dos maiores concursos de vinhos do mundo
Sim, especialmente as tremendas-bostas caras da Villa Francioni. Vinho tinto seco Dilor Suruba Vinícola R$ 650 (120 Euros) . Enloqueceu?
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