Saco cheio dos políticos que nos fazem de palhaços há décadas,
da violência, do descaso, das injustiças, da roubalheira, etc. etc. etc.?
Que tal vender tudo,
juntar a grana, comprar uma propriedade vinícola na Itália e viver tranquilamente
nas colinas do Toscana, Piemonte, Veneto, Marche etc. produzindo vinho?
Não estou abordando Portugal, Espanha ou França por não
conhecer suficientemente o mercado daqueles países.
Difícil?
Sonho maluco?
Nem tanto!
Viver do vinho, sem querer se transformar em um grande empresário,
produzindo um bom produto e dele viver, não é tão complicado assim.
Essa é uma matéria que interessa, particularmente, aos que tem
entre 45 e sessenta anos, um razoável patrimônio, amor pelo vinho e coragem de
viver um sonho.
Não é necessário, nem obrigatório, comprar uma vinícola renomada
gastando os tubos, é preciso, apenas, o acompanhamento honesto por parte de um
bom agente imobiliário.
Há quem fez o caminho inverso: Visitou a França algumas vezes,
aprendeu a beber vinho e se apaixonou pela bebida.
De volta ao Brasil percebeu que vendendo sua máquina fotográfica,
deixando para trás uma profissão de pouco sucesso, poderia comprar uvas da Carraro, vinificá-las e, com
um bom marketing, vender, para um monte de trouxas, suas garrafas por preços
astronômicos.
Hoje nosso ex fotógrafo é proprietário de 30 hectares e produz
vinhos mais caros que os franceses.
Você que quer mudar de vida e não está pensando em se
transformar em um mais um fake da serra gaúcha ou catarinense, onde um caolho
pode ser rei, pesquise os preços de algumas propriedades vinícolas italianas e
verá como não é difícil ser viticultor na Toscana, Piemonte, Sardenha, Veneto, Ligúria
......
B&B pretende demostrar, nesta matéria, como isso é
possível e não utópico.
B&B vai indicar alguns caminhos das pedras, ou melhor, das
vinhas, para encontrar um bom lugar e realizar seu sonho de se tornar um viticultor.
Mãos à obra!
A crise que se abateu e que continua fazendo estragos na
economia de vários países europeus, atingiu seriamente o setor imobiliário
reduzindo bastante os preços de todos os imóveis inclusive os das propriedades
rurais.
Vamos imediatamente para o que interessa.
O preço de um hectare de vinhas, na Itália, oscila entre 10.000 a 600.000 Euro.
A média nacional é de 36.000 Euro.
Os vinhedos mais baratos se encontram na zona de produção do Copertino DOC (Puglia)
na do Cannonau (Sardegna) e em Orvieto (Úmbria).
Com pouco mais de 10/15 mil Euros, nessas três denominações, é
possível encontrar, facilmente, vinhedos à venda.
Estão aí já duas
belíssimas opções: Sardenha e Orvieto.
Na maravilhosa Sardenha e na fantástica Orvieto, até eu, que
sou bobinho, moraria.
Não gostou da Sardenha?
Orvieto (olhe bem a localização no mapa antes de descartar),
não agradou?
Vamos para o norte!
Gosta da Toscana?
Um hectare de Carmignano DOCG custa,
em média, 50.000 Euros e você estará
comprando parreiras onde se produz vinho desde 800 DC.
O vinho Carmignano,
para que não sabe, é pai de todos os “Supertuscans” (Ornellaia, Solaia,
Sassicaia, Tignanello, Masseto…): Há mais de 500 o Cabernet está presente na
região.
Carmignano não tem charme suficiente?
Que tal, então, San Gimignano, suas terras, suas colinas e suas torres medievais?
Ha uma propriedade, nas
proximidades ,à venda, por 1.900.000 Euros.
Por este preço (que cai , no minimo 15/20%)
você leva 6 hectares de vinhas (Vernaccia di San
Gimignano DOCG) , 4 hectares de oliveiras e bosques, casa de 800 m² e uma
estupenda vista da aldeia com suas torres.
Há robustas ofertas, em todos os cantos da Itália, para todos
os gostos e bolsos.
Não pretendo detalhar todas, seria impossível, mas anexo o
endereço de um site especializados em imóveis rurais.
Em sua próxima viagem à Bota reserve algum tempo para
pesquisar as ofertas; quem sabe, você se anime.
Dionísio
Fala Di,
ResponderExcluirEstou nesse mercado tentando barganhas na Italia. Nem precisa de patrimonio liquido tao grande.
Na verdade ha uma dica melhor ainda: Comprar uma boa vinicola com divida alta. Sabe por que? Porque custa 0.00 EUR mais as dividas. Essas podem ser ajeitadas no banco que cobra astronomicos 5% ao anos. SE voce conseguir reverter os resultados, a vinicola pode dar um lucro bom na venda ou entao tocar a vida com muita dignidade.
Divida liquida de 100,000 EUR custa de juros ''somente'' 5,000 EUR ano.
Mas que nao tenham ilusao que a vida do produtor he facil. Tem que produzir (nem todo ano a producao he maravilhosa, depende da natureza), tem que vender, que RECEBER.
Conheco varios produtores europeus que levam CALOTE nos USA, Brasil, e outros paises...a vida de produtor he sempre dificil.
Para quem nao quer comprar area muito grande, fica sempre a opcao de terceirizar as uvas ou mesmo o vinho. Voce acompanha tudo, diz o que quer e alguem faz tudo isso.
Mas ainda assim bem menos complicada, perigosa e dificil que a vida em certos paises. Haiti, Brasil, Syria....
Bom artigo!
Vc abordou o assunto por outro ângulo e já quer exportar. O ideal seria vender aos turistas, aos restaurantes e bares da região. Conseguir que um wine bar coloque seu vinho para venda em taças é meio caminho andado.
ExcluirMais uma coisa: O seu banco, que cobra 5% de juros ao ano, deve ser de um produtor gaúcho . Bacco conseguiu um "FIDO" (cheque especial) por 2,5%.
Gostei do assunto, embora seja um apedeuta em relação ao conhecimento sobre vinhos, ainda que apaixonado pelo assunto. Teria como abordar mais sobre a matéria ou até mesmo mostrar um plano de negócios? quantos hectares ficaria viável o negócio, número de funcionários fixos (imagino que um técnico ou engenheiro deva ser bem remunerado) e variáveis, custo fixo e variável, etc Acredito que se vender para o mercado interno seja menos trabalhoso para um pequeno produtor que não tem escala e nem dinheiro para o famigerado marketing, mas a competição interna deve ser bem acirrada, ainda mais para um novato e "stranieri". Talvez seria interessante, dependendo do lugar, montar junto um pequeno bar ou restaurante ou até mesmo uma hospedaria rural para manter o fluxo de caixa mais constante.
ExcluirQuem vai responder será o Bacco que já começou a fuçar... aguarde
ExcluirDi, tambem gosto da opcao de alugar uma casa bem aprazivel no eixo portugal espanha italia. Moleza em termos de custo, deixa o dinheiro investido em titulos do tesouro bananico e adios tudo isso.
ExcluirPara quem nao quer confusao, comprar uns poucos hectares no campo tambem é mole. Dai vai brincar de produzir azeite, vinho, etc.
Mas que nao tenham ilusoes em relacao a se inserir na sociedade. O tal "calor brasileiro humano" nao se encontra tao facilmente la. Nem aqui, mas existe essa balela....
Vamo paga conta.
Di e JR,
Excluirsempre fui um interessado no assunto, mas sempre desisto por, ao fazer as contas, chegar a conclusão de que mais vale a pena beber vinho dos outros do que tentar fazer o meu próprio.
Sabem onde procurar essas propriedades em dificuldades? Assumir uma distressed property pode ser mais interessante.
Anônimo 1 , o calor brasileiro humano é encontrado facilmente , basta não impor o "calor" . Em poucos meses , a não ser que você escolha a Val D'Aosta, muitas barreiras impostas até pelo idioma, caem. Se não tentar não vais saber
ExcluirBacco
Anônimo 2 , no link anexo há uma grande quantidade de opções ,mas em matéria próxima , conforme já adiantou Dionísio, vou aprofundar o assunto
ExcluirBacco
Você esqueceu do segredo do sucesso do ex-fotógrafo: convencer um cantor gorducho a espalhar rasgados elogios ao seu vinho, comparando-os aos melhores da Borgonha!
ResponderExcluirAquele gordo entende de vinho como o PT entende de probidade
ExcluirEntão fico no aguardo. Mas, fico imaginando o quão difícil deve ser se inserir nas associações/cooperativas locais de produtores, principalmente italianos e franceses (dos espanhóis fujo). Minha esposa é portuguesa e possui um naco de terra com uma casinha de pedra, a meia hora do concelho de Viseu (cidade que gosto muito) que ela não vende porque está perto dos primos (deve ter no máximo 1 alqueire). Quem sabe no futuro?
ResponderExcluirPS Uruguay barato tambem. Se separaram do bananal e deram algo que presta.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirTem Razão, o Uruguay é outra opção , não tão charmosa ,mas uma opção
ExcluirPost bacana. Valeu.
ResponderExcluirUma questão: como fica a questão de visto de permanência nesse caso?
Quem investe nunca tem problema de permanência
ResponderExcluirCertamente que levando dinheiro suficiente qualquer país do mundo vai te receber de braços abertos.
ResponderExcluirA questão é: quanto de investimento é necessário para tal, no caso da Itália?
No link há uma grande variedade de propriedades e preços. Na próxima matéria detalharei melhor.
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