Quando o mundo vinícola sai das vinhas para conquistar a fama
percorre dois caminhos: Preocupação e mania de qualidade ou grande
investimento em marketing.
O grande produtor, que jamais consegue atingir altíssima
qualidade, precisa, forçosamente, investir em marketing.
Alguém ainda lembra de quando o Don Melchior foi considerado,
pela “Wine-$peculator”, o melhor Cabernet Sauvignon do Mundo?
Alguém se recorda quando o Casanova di Neri foi eleito, pela
mesma revi$ta, o melhor vinho do planeta?
Confira a lista dos melhores 100 vinhos da “Wine $peculator”
de 2013-2012-2011 e me informe o atual ranking dos dois ex-campeões.
Será que a Casanova di Neri e Concha & Toro, que
desapareceram do mapa, esqueceram como vinificar para obter garrafas premiadas?
Claro que não!
As duas vinícolas apenas fecharam, por enquanto, as torneira$ lubrificante$ e
esperam uma nova oportunidade para comprar um bom lugar na classificação.
O pequeno produtor, quando deseja dar um salto para a fama, precisa
ser grande na qualidade e honestidade de seus vinhos.
Exemplos: Jean Claude
Bachelet, Fratelli Alessandria, Franco Pacenti, Pierre Antoine Jambon,
Gianfranco Soldera, Marc Colin e milhares de outros viticultores
pequenos, sérios e competentes.
Quando o pequeno produtor tenta encontrar o caminho para a “glória”
se unindo comercialmente à personagens mundanas, reluzentes, endinheiradas, mas
carentes de escrúpulos e pobres de ideais, pode chegar ao estrelato,
mas o preço da passagem é sempre muito alto: Renúncia da vontade própria e grande vocação para capacho.
O parceiro endinheirado precisa alimentar o ego, sempre.
A fome de fama é alimentada com festas, recepções, entrevistas,
degustações, eventos, holofotes etc. etc. etc.
O produtor-capacho e colaborador da plantão , é produto descartável
facilmente substituível: Há sempre um capacho mais servil.
Vinho bom detesta luz.........
Onde quero chegar?
Semana passada, por uma feliz, ou infeliz coincidência, me
encontrava na Toscana na companhia de Bacco e outro amigo.
Uma semana cheia de bom humor, bons vinhos, boas surpresas,
mas de algumas decepções, também.
Vou iniciar a viagem toscana, que narraremos em etapas, Bacco
e eu, pelas decepções.
Montalcino, uma das mais prestigiosas cidades do vinho do
planeta, nunca foi centro gastronômico importante.
Poucos e não mais que razoáveis restaurantes, cozinhas apenas medianas
sem inventiva ou imaginação.
O território incinese
está anos luz distante de um grande centro gastronômico, por exemplo, como Alba.
Apenas para informar: Em Alba e arredores, há uma dúzia de
locais com uma, duas e três estrelas Michelin.
Em Montalcino não há um restaurante sequer ostentando a famosa
estrela.
“Boccon Divino”, meu endereço predileto da cidade, era o
único que apresentava uma cozinha acima da média.
Frequento o “Boccon Divino”, para os que não sabem, desde os anos 90.
Frequento o “Boccon Divino”, para os que não sabem, desde os anos 90.
Com os amigos, após os costumeiros aperitivos na
“Fiaschetteria Italiana” servidos com generosa abundancia pela grande amiga
Teresa, tomamos o caminho do “Boccon Divino” para almoçar.
Dia chuvoso, frio, triste …Nada melhor que uma bela taça de
Brunello para reencontrar a alegria.
Na carta, uma surpresa: Brunello 2007 “La Fiorita”, em taça.
Perguntei para Marina, sócia e cozinheira do local, como o
“raro” Brunello havia aterrado na carta do restaurante e, ainda por cima, era
oferecido em taça.
A minha pergunta fazia sentido: Havia sido impossível
encontrá-lo nas enoteca da cidade.
“Meu cunhado, Roberto Cipresso é o produtor. O que não é
exportado, nós divulgamos e vendemos no restaurante É um grande vinho. Um
grande Brunello”.
Marina percebeu nossa conversa em português e enquanto servia
o vinho, continuou: “Minha irmã e o Roberto estão em São Paulo ajudando na
vindima”.
A cordialidade no rosto da Marina desapareceu quando comentamos
ironicamente que a única colheita possível em São Paulo seria de fumaça dos
ônibus e das indústrias.
Gelo total!
A Marina, provavelmente ofendida com a gozação, não voltou
mais para nossa mesa nem para trazer a conta.
O Cipresso e sua mulher Alessandra, irmã de Marina e sócia do restaurante,
haviam viajado até São Paulo para dar consistência ao lançamento do “Bueno-Brunello-Pornô” (enólogo italiano ou francês é sempre idolatrado
pelos críticos nativos) .
Aproveitado a viagem nada mais justo do que conhecer as vinhas do locutor e sócio no Rio Grande do Sul, realizar, provavelmente, algumas filmagens onde apareciam cortando meia dúzia de cachos filmagem que serão, certamente, utilizadas em futuras picaretagens.
Para o pessoal de Montalcino o enólogo contou a história da vindima brasileira em São Paulo.....
Aproveitado a viagem nada mais justo do que conhecer as vinhas do locutor e sócio no Rio Grande do Sul, realizar, provavelmente, algumas filmagens onde apareciam cortando meia dúzia de cachos filmagem que serão, certamente, utilizadas em futuras picaretagens.
Para o pessoal de Montalcino o enólogo contou a história da vindima brasileira em São Paulo.....
É o custo da fama que é preciso pagar.
É o Cipresso, em busca do sucesso....
Será?
Amanhã tem mais.
picaretas sem fronteiras... do jeito que brasileiro gosta.
ResponderExcluirmudando de assunto: Dionísio, Bacco, vocês conhecem esse produtor aqui?
http://www.malgra.it/pagine/eng/vini/barbaresco_monciraldo.lasso
vi esse Barbaresco no Oba a um preço razoável...
E não tinha o Buenello em copo de requeijão? Que pena. Como este mundo é pequeno, não? Você foi encontrar logo a cunhada do cidadão! Logo vai descobrir que jogavam bola juntos quando eram pequenos, e que ele era o pior do time, mas jogava, pois era o dono da bola.
ResponderExcluirSalu2
A diferença é essa: B&B pesquisa e revela o que ninguém sabe.
ResponderExcluirE a modestia entao..... ninguem tem igual, nem o Bilu Teteia. Ou aquele outro arti$ta no RJ.
ExcluirVoces sao bons, mas vamos mais devagar ai. Que feio apertar a propria buzina.
então , ta. Diga em qual outro site brasileiro vc leu algo sobre a picaretagem do Brunello pornô do Galvão. Fon Fon
ExcluirO fato de haver poucos, minimo, quase nada de comentaristas ou blogueiros ou gente que saiba alguma coisa e diga tudo com isencao ja define o mercado brasileiro. Terra de trouxas, ignorantes, desinformados, predadores, picaretas (a turma de sempre que preenche o vacuo provocado por ignorancia).
ExcluirQuantos blogueiros de caneta facil ha mesmo na franca ,espanha, italia, ou ate portugal?
Imagina o tonto que cheira moringa num mercado serio? Ou o chapa branca carioca? . Vao de retro.