Ou seria mais correto escrever “Salva-Rabos”?
Mais uma vez os predadores gaúchos, com lágrimas aos olhos,
pedem ao governo salvaguardas para poder enfrentar a predatória concorrência
dos vinhos importados.
As lágrimas de crocodilo são falsas, os argumentos ridículos e
a preocupação, com a sorte dos pequenos produtores de uvas, refletem uma
desonestidade intelectual digna de um Oscar, se houvesse, para o cinismo.
Os nosso bravos e abnegados predadores vinícolas preocupados
com as famílias dos pequenos produtores?
Desde quando?
O que interessa, para eles, é faturamento alto, dinheiro no bolso
e o resto, produtores de uva, trabalhadores do campo, qualidade, preços razoáveis,
consumidores etc. que se f.......
Os outros predadores do setor, os importadores, também
levantam suas bandeiras, vestem suas cuecas de lata e partem à luta.
Quem é paladino dos importadores?
“The-Tip-Man” , também conhecido pela alcunha
:Bilu-Didu-Teteia.
O Tip-Man, em troca de uma boca-livre
ou um dinheirinho, abraça qualquer causa, de qualquer vinho, seja ele
importado, falsificado, nacional, extraterrestre.....
Já julgou os vinhos do Dani-Elle superiores aos da Borgonha,
mas, agora, a voz do novo patrão, Mistral, falou mai$ alto.
Nosso Tip-Man, impávido,
destemido e ousado chama de imbecis os predadores gaúchos.
Grande, corajoso, destemido, nosso Tip-Man
na luta contra as salvaguardas.
Até quando?
Até o dia em que uma Miolo, Carraro,
Geisse, Valduga, Salton etc.
da vida, lhe repassem alguma grana.
Eu, na minha modesta e insignificante opinião, quero que os
predadores do vinho, que (des)mandam no mercado brasileiro, se autodevorem e
parem de encher nosso saco e esvaziar nossos bolsos.
Vinhos caros, de qualidade mais que duvidosa, salvaguardados?
Para que?
Para poder continuar a praticar preços escorchantes, irreais e
vergonhosos por garrafas que não valem 1/5 do que custam.
Salvaguardas para continuar vendendo “Sesmarias”
por R$ 890, “Singular Nebbiolo” por R$ 375, “Cave Geisse Vintage Nature por R$
550, Maria Valduga por R$ 190?
Deveriam ter vergonha e
começar a vender vinhos brasileiros por preços brasileiros.
« Effervescence soutenue et fine, un nez de poire,
une bouche de pêche vive et charnue »
à partir de 43,90 €
Quero que alguém me convença qual a lógica em gastar R$ 84,90, para comprar o “Dadivas Chardonnay” da Lídio Carraro, quando posso beber melhor e gastar a metade (R$ 38,90), comprando uma garrafa de “Chardonnay Cosecha” da Tarapacá.
Faça como eu: há anos não compro vinhos nacionais e somente
tento bebê-los quando me oferecem gratuitamente.
Salvaguardas?
Vão à merda
Dionísio.