sexta-feira, 31 de março de 2017
DEBI-LOIDE
Um ataque de idiotice , cada dia mais frequente, me fez deletar todos os comentários.
Estou tentando reverter o desastre.
Enquanto queimo os dois neurônios que ainda me restam, gostaria de pedir , aos que comentaram as últimas matérias, que rescrevessem suas opiniões.
Desculpem
Bacco
quarta-feira, 29 de março de 2017
NÃO ESQUECI
Em minha matéria, "Boicote II" http://baccoebocca-us.blogspot.com.br/2017/03/boicote-ii.html , havia prometido
encontrar uma maneira de enviar para o Brasil alguns excelentes vinhos com
preços mais razoáveis que os praticados pelas nossas predadoras-importadoras.
Não esqueci a promessa!
Já na próxima semana visitarei alguns viticultores
piemonteses.
Darei prioridade aos
produtores de Barolo, Barbaresco, Gattinara, Timorasso, Gamba di Pernice, etc.
e tentarei conseguir preços mais competitivos para grandes quantidades.
Feita a seleção de produtores entrarei em contato com os proprietários
de duas enotecas da Ligúria, apresentar a idéia e fazer uma parceria com aquele
que mais se entusiasmar, tiver a melhor estrutura.
A enoteca que aderir terá a responsabilidade de viabilizar a
venda e a entrega dos vinhos.
Até o final do mês um site, com Barolo, Barbaresco, Gattinara,
Timorasso, Gamba di Pernice, Brunello, Tignanello, Solaia, Sassicaia,
Ornellaia, deverá ser apresentado e as compras poderão se realizadas.
No mês de maio, após minha viagem pela Borgonha, entrarão no
catálogo os Grands Crus da Borgonha (Montrachet, Corton Charlemagne,
Batârd-Montrachet, Criots Batârd Montrachet, etc.) e mais alguns vinhos mais
baratos selecionados por mim.
Se a idéia atingir o sucesso esperado a Champagne e seus
grandes vinhos, fará parte da seleção.
Os preços serão sempre bem menores daqueles exigidos pelos
nossos importadores-predadores.
Quem tiver paciência será recompensado.
Aguardem!
Bacco
sábado, 18 de março de 2017
EU SABIA QUE ALGO DE PODRE HAVIA.....
Não é para me gabar, mas, em março de 2015, eu já desconfiava
que os produtos da JBS fossem umas bostas e não precisei da PF para deixar de
consumir aquelas porcarias.
É com orgulho que reapresento a matéria que ridicularizava a
podridão que nossos globais anunciaram com orgulho (e dinheiro no bolso) enquanto
a população, como sempre, tomava......
NO
Leiam http://baccoebocca-us.blogspot.com.br/2015/03/uma-banana-para-o-jbs.html
Dionísio
NO
Leiam http://baccoebocca-us.blogspot.com.br/2015/03/uma-banana-para-o-jbs.html
Dionísio
quarta-feira, 15 de março de 2017
MARSALA VECCHIO SAMPERI
No início de fevereiro escrevi matéria comentando um jantar na
"Vineria Macchiavello" de Santa Margherita
Ligure.
No final de meus comentários prometi um post sobre o melhor
vinho da noite: "Vecchio Samperi
Ventennale"
Vamos viajar um pouco...
Portugal, pátria de grandes vinhos, é insuperável na produção
e na qualidade dos "Vinhos
Fortificados"
Quando o Porto e o Madeira
entram em discussão....... não há discussão.
Não que no mundo existam apenas Vinhos Fortificados
portugueses, mas.......
Jerez e o Marsala são dois exemplos de
outros grandes vinhos fortificados, mas perdem um pouco de brilho se comparados
aos Porto e Madeira.
Quando estou na Itália e desejo beber um fortificado se me
oferecem um Marsala torço o nariz e peço um Porto.
Não sou, confesso, um grande conhecedor desta tipologia de vinho,
mas já bebi alguns memoráveis e quase sempre na companhia de meu grande amigo
Pedro Marques, proprietário da incomparável "Garrafeira Alfaia" no
Bairro Alto.
Pedro é o meu "guru" quando o assunto é Porto ou
Madeira.
Outra razão para declinar o Marsala: O Marsala, em minha memória,
sempre esteve intimamente ligado às receitas (Scaloppe al Marsala, Zabaione,
Zucchine al Marsala.....) e, cruz credo, ao deplorável "Marsala all'Uovo"
A decisão de produzir de "Marsala all'
Uovo" (Marsala, gema de ovo, açúcar, ervas aromáticas etc.) foi,
talvez, a pior escolha comercial de toda a vinicultura italiana.
Para aumentar a venda e
popularizar o vinho, os produtores resolveram adicionar ovos a um dos vinhos
mais refinados e complexos da Itália.
Deu no que deu: Vulgarizaram e estigmatizaram, durante décadas,
o Marsala
Se eu, que tenho respeitável milhagem pelo mundo das taças,
desconfio do Marsala, imagine a cara de um enófilo de primeira viagem ao encontrar,
em uma prateleira de supermercado, Marsala ovo-aromatizado por 4/6 Euros..... Vai
achar que é um produto das vinícolas gaúchas.
Voltemos ao nosso "Vecchio
Samperi Ventennale" (Velho Samperi Vinte Anos).
No final do jantar ,quando acreditava que nada mais haveria
para me surpreender, Enrico, proprietário da "Vineria Macchiavello", abriu
uma garrafa de Marsala "Vecchio
Samperi Ventennale".
Já no primeiro gole percebi que aquele vinho não era banal,
aliás, era grande vinho.
Se a etiqueta da garrafa de Marsala não estivesse visível apostaria
em um ótimo Madeira.
A semelhança é impressionante: O "Vecchio
Samperi Ventennale", envelhecido pelo sistema "Solera",
nada deve aos grandes Madeira.
O "Vecchio Samperi
Ventennale", gema mais preciosa da vinícola Marco de Bartoli, é
produzido, exclusivamente, com uvas "Grillo" colhidas no final de
setembro.
A fermentação é realizada em tonéis de madeira à temperatura
ambiente e o envelhecimento (média 20 anos) se dá em barriques utilizando o método
"Soleras".
Linda cor âmbar, nariz muito complexo (evito declarar os incríveis aromas
que se sucedem sem parar, por pura incompetência e limitação olfativa),
na boca é potente, mas macio, aveludado e com um final interminável.
O meu entusiasmo é apenas freado pelo preço: O "Vecchio Samperi Ventennale" não se deixa beber, na Itália,
por menos de 45/50 Euros.
Quando o Vecchio Samperi Ventennale aparecer, na carta de um restaurante,
deve ser degustado acompanhando os ótimos queijos italianos.
Recomendo com entusiasmo.
Bacco.
segunda-feira, 13 de março de 2017
MISTRAL X B&B .....FINAL
Acabamos de realizar nossa
Ponta de Estoque pelo site e também em nossas lojas e filiais. Cada uma
realizou sua ponta de estoque de forma independente, com os estoques locais. Em
absolutamente todos os casos em que o cliente entrou em contato com a Mistral
reclamando do vinho que adquiriu, as trocas foram realizadas. Quanto à política
de não aceitar trocas ou devoluções, ela não se refere a vinhos que não estejam
em bom estado, mas sim a arrependimentos, para evitar que um cliente coloque
todos os produtos interessantes no carrinho, feche o pedido e depois devolva
boa parte dos itens, como já aconteceu no passado. A troca que não aceitamos é
a troca discricionária, não a troca por defeito do produto. Caso o Sr tivesse
entrado em contato com a Mistral (coisa que não fez até hoje), teria tido as 4
garrafas de Etna Bianco prontamente trocadas sem nenhum problema. Não se trata
de evitar arranhões à imagem da Mistral, mas o que fazemos naturalmente sem
alarde sempre que um cliente entra em contato conosco. E muitas vezes o cliente
nem tem razão, e efetuamos trocas de vinhos em perfeito estado.
Meias verdades......
Acredito no seguinte: "Vamos
vender as pontas de estoque e nos livrar dos vinhos a caminho da UTI. Se alguém
reclamar, esbravejar, ou encher muito o saco, trocamos os vinhos
estragados".
B&B não é, exatamente, um
blog que possa causar grandes problemas às importadoras ou aos produtores, mas
é bastante lido e apreciado por enófilos que encontram, em suas matérias, dicas
interessantes, honestas e isentas de vínculos comerciais com quem quer que seja.
Não aceitamos convites para
eventos (bocas-livres) patrocinados por importadoras, vinícolas, distribuidores,
representantes etc.etc. etc.
B&B compra e paga os
vinhos que consome.
O público de B&B é composto,
em sua maioria, por enófilos e consumidores atentos.
Quando indicamos determinado produto, quase
sempre, a etiqueta sugerida some das prateleiras das enotecas.
Um exemplo?
A Barbera Bersani, depois
de nosso comentário favorável, sumiu das prateleiras da Brilho.
A crítica agressiva (nossa
especialidade) também surte efeito e a Mistral, que de boba não tem nada, sabe,
perfeitamente, o "estrago" que B&B pode causar à imagem da filial
brasiliense.
Aproveitando o sábado e o
desejo da importadora de trocar, "sem
alarde", as
garrafas de Etna Bianco (que já estavam marrons), fomos, Bacco e eu, à Mistral
para efetuar a troca.
João Batista, gerente da
filial, que é nosso conhecido há longos anos, parecia estar aguardando nossa
visita.
Tratamento cordial, atenção
redobrada...... em 15 minutos a troca foi efetuada.
Não com outras garrafas de
Etna Bianco, cujo estoque zerara, mas com outros vinhos de igual importância.
Agradecemos, publicamente, a
atenção de João Batista e aproveitamos a oportunidade para declarar que os
vinhos, trocados pela Mistral, não apresentaram defeitos.
O pensamento do dia: "Os enófilos
não entendem bosta nenhuma e pequenos defeitos passam despercebidos. Se colar,
colou......Se gritar a gente dá um jeito"
Nos, gritamos.......
Dionísio
sexta-feira, 10 de março de 2017
MISTRAL NOEL
Nada como três matérias, milhares de acesso e 71 comentários contrários,
para acionar a campainha de alarme de nossas importadoras (no nosso caso, específico, a Mistral).
Para os que não leram, ainda, aqui vai o link que provocou
importadora.
Depois de 20 dias a Mistral percebeu que, simplesmente,
ignorar o fato não adiantaria e resolveu dar as caras com esta nova esperteza
(picaretagem?) via Facebook.
Leiam.
Mistral
Prezado Sr. A Mistral efetua trocas de todos os vinhos adquiridos na
importadora ou suas filiais e que por ventura estejam estragados. Para que
possamos ajudá-lo, o Sr tem que entrar em contato conosco diretamente, e não
somente através de um pseudônimo, pois não temos como identificar seu pedido
desta forma, nem como contatá-lo. Teremos o maior prazer em atendê-lo e
solucionar seu problema, caso ele seja trazido até nós, o que até o momento não
ocorreu. Aguardamos seu contato pelo telefone (11) 3372-3411 falar diretamente
com nossa gerente Renata Ciconi ou pelo email info@mistral.com.br . Obrigado.
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Nossa resposta:
Baccoebocca
Bacco: Não sei quem mente...... O site da MIstral ou a gerente? No Site e Lojas
da Empresa é explicitado, através de cartazes e avisos, que mercadoria em
promoção não é trocada "Os vinhos de Ponta de Estoque têm uma condição muito
especial de venda e por esta razão não poderão ser trocados".Eu não quero ajuda !
Quero 4 garrafas de Etna Bianco Tenuta delle Terre Nere em perfeito estado .
Não acredito que o pseudônimo tenha dificultado a solução do problema. Acredito
que a Mistral tenha percebido que uma troca sairia mais barato do que um
arranhão na Imagem. Mais uma coisa: As 4 garrafas de Etna Branco foram abertas
e o vinho foi para o esgoto. Muito obrigado, Mistral.
A única voz, que nossas predadoras de vinhos escutam, é aquela
que atinge a carteira......
Não quero nem um copo de vinho da Mistral, até porque o vinho Etna
Bianco já foi para o ralo, mas tenho certeza que, nas próximas promoções, a picaretagem
da importadora será menor: A Mistral pensará duas vezes antes de expor o cartaz
que confirma sua vigarice: "Os vinhos de Ponta de Estoque têm uma condição muito
especial de venda e por esta razão não poderão ser trocados".
Se a Mistral, através de sua gerente Renata Ciconi, se
prontifica em trocar as garrafas de Bacco é bem provável que reponha as de todos
os clientes ou faça como eu e jogue no ralo os vinhos estragados antes de
vendê-los.
Bacco
segunda-feira, 6 de março de 2017
TRASCAMPANAS SAUVIGNON
Os finais de tarde são sagrados para os italianos.
Nas grandes, médias e mesmo nas pequenas cidades, depois das
18 os bares são tomados de assalto: É chegada a hora do tradicional
"aperitivo".
Os "aperitivos" dos italianos, petiscos variados, embutidos,
queijos, pizzas em pedaços, salgadinhos, salsas etc., são quase sempre regado
com vinho branco, tinto, rosé, ou espumante.
Não importa a cor, mas o vinho é sempre o preferido.
A opção "2" é a bebida da moda: Spritz.
No Brasil, onde a cultura não é vinícola (o preço não permite o consumo diário), o pessoal
ataca de cerveja: O Brasil é cervejeiro.
Eu, que não bebo cerveja nem sob tortura, quando quero tomar
uma taça de vinho, em Brasília, preciso encontrar alguns amigos para dividir
uma garrafa.
Locais para beber uma taça, em nossa capital, são raros, caros
e os mais recomendáveis continuam sendo o "Piantas" na 403 Sul e "Brilho" no
Gilberto Salomão.
Tarde de sábado, sol e calor intensos.
Resolvi melhorar as estatísticas do consumo vinícola e
convidei um amigo para dividir uma garrafa na enoteca "Brilho".
Enquanto esperava meu convidado pesquisei, nas prateleiras da
loja, à procura de algo interessante e que não inviabilizasse, definitivamente,
meu debilitado cartão de crédito.
"Trascampanas Sauvignon 2012"!
Um estalo e uma grata lembrança.
Há alguns anos havia provado, na mesma "Brilho", um "Trascampanas
Verdejo" e o vinho espanhol me deixara de queixo caído.
A vinícola "Bodega Gótica", ilustre desconhecida,
no Brasil, produz alguns brancos memoráveis.
A boa lembrança do "Verdejo Trascampanas" me fez esquecer,
momentaneamente, meu pouco entusiasmo pela casta Sauvignon e resolvi pedir uma
garrafa do "Trascampanas
Sauvignon 2012"
Um dos mais interessantes Sauvignon (Loire excluso) que já bebi!
No "Trascampanas" não há o insuportável cheiro de urina de
gato e, menos ainda, o enjoativo aroma de maracujá que domina
os Sauvignon de quinta categoria do Novo Mundo
No "Trascampanas" há,
sim, aromas florais discretos, sofisticados e acredito ter percebido leves notas
de salsão.
Na boca, o vinho, se apresentou mineral, com ótima estrutura, elegância,
nada enjoativo ou cansativo, características presentes na maioria dos Sauvignon
do Novo Mundo que me fizeram quase odiar a casta.
O "Trascampanas Sauvignon 2012" desceu
tão bem que resolvi comprar 6 garrafas para reabastecer minha esquálida adega.
Uma boa briga serviu para baixar o preço: os
originais R$ 118 "desceram" para razoáveis R$100.
Razoáveis R$100 quando e se comparados aos R$ 90 do deplorável Bueno
Bellavista State Miolo Branco ou do aos
insultuosos R$ 105 do Sauvignon da catarinense Pericó.
Sauvignon
Trascampanas, vinho que recomendo com entusiasmo.
Bacco
quarta-feira, 1 de março de 2017
BOICOTE II
Fazendo minha parte no boicote às picaretagens da Mistral
& Cia Ilimitada.
Conheço alguns caminhos que possibilitariam o envio de vinhos,
para o Brasil, com preços bem razoáveis, levando em conta a roubalheira praticada
pelas predadoras nacionais.
Nunca me interessei, mas sei que as possibilidades existem e não
são muito complicadas.
Em minha próxima viagem, para a Itália, tentarei colocar em
prática o "boicote".
O caminho é fácil: basta ter um parceiro (comerciante de
vinhos) que não tenha medo de burocracia.
Conheço algumas enotecas que podem topar.
Apresentarei a idéia e aquela que mais se interessar terá
minha colaboração e suporte.
Uma coisa eu garanto: todas as etiquetas serão entregues, no
Brasil, por valores inferiores (menos da metade) daqueles praticados pela
Mistral.
Será um procedimento legal e sem nenhum problema.
Aguardem.
Bacco
PS. Um exemplo
Brunello di Montalcino Foligni:
Preço Mistral R$ 602,23
É possível vender por R$ 190/230