Das três, uma:
1ª O Didu-Bilu-Teteia não entende nada de vinho
2ª É um desonesto intelectual 3ª É sócio do Dani-Elle.
1ª O Didu-Bilu-Teteia não entende nada de vinho
2ª É um desonesto intelectual 3ª É sócio do Dani-Elle.
Somente adotando uma das três hipóteses é possível
digerir o texto abaixo
“continuo
achando os vinhos do Marco Danielle espetaculares. Continuo achando que o
jornalismo do vinho não lhe dá o devido valor. Continuo achando que sua
seriedade no que faz é exemplo e continuo achando que se ele fosse menos
esquisito (adoro esquisitos, diga-se, tenho muitos amigos esquisitos…), seria
melhor para o Atelier
Tormentas e seus
fantásticos vinhos.
Eu continuo achando que o Didu-Bilu-Teteia é
apaixonado pelo Dani-Elle. Somente uma paixão avassaladora pode levar alguém a
achar que a seriedade do Dani-Elle é
proverbial.
Nosso seríssimo produtor vinícola, embalado, afirma:
“Nossos vinhos são produzidos de forma
artesanal, em quantidades muito pequenas.....”
Nosso gênio vinícola
possui o dom da palavra fácil, mas nem sempre é verdadeira.
A “forma artesanal” na
produção vinícola do Dani é tão verdadeira quanto a probidade do Maluf.
Dani, o “artesanal” vinifica nada menos que 11 castas.
Pinot Noir,
Tannat , Merlot , Alicante Bouschet , Cabernet Sauvignon, Arnoison (complicação
típica danielliana para uma uva da família do Chardonnay)
Sauvignon Blanc, Teroldego , Barbera, Serprino (outra complicação daniellana : O Serprino é
da família da Glera, uva mãe do Prosecco), Cabernet Franc.
Quem vinifica 11 uvas, quase todas
compradas de terceiro, não poderia e nem deveria se autoproclamar “artesão”.
Quem trabalha assim está louco para se transformar em um grande industrial.
Para conseguir dar o salto falta apenas um sócio financiador; lábia, o
Dani-Elle, já tem e de sobra.
O Bilu-Didu-Teteia com muito “ARS ARDOR” e pouco “HONOR” continua
Ganhei dele esta garrafa de
Sauvignon Blanc e deixei descansar um mês e ontem foi o dia de prová-lo com meu
ex-segundo degustador, Ramatis Russo, meu filho nobre. Decantamos uma hora e
servimos.
Descansar um mês?
Decantar, por uma hora, vinho branco gaúcho?
Só falta, agora, o Bilu-Didu-Teteia decantar uma
garrafa de Mioranza branco suave.
ADORAMOS!!!! Tinha mim uma lamparina discreta, uma calda de doce de
abóbora, um feno velho molhado e isso tudo um pouco abaixo do cítrico de limão
siciliano e do capim molhado mais comum do Sauvignon Blanc
A lamparina do Didu-Bilu-Teteia deveria iluminar
sua cabeça de abobora e cheia de capim
ADOREI Marco Daniele. O vinho tem personalidade e originalidade além de
puro. Tudo o que procuro num vinho, me emocionou
Não falei? Finalmente o Didu-Bilu-Teteia se revelou:
É adoração! É paixão pura!
Depois,
com a evolução que não parava, veio um incrível aroma de miúdos grelhados,
notados pelo Ramatis. Não resistimos e pedimos uma linguiça de Pato (você já
provou a linguiça de Pato da Enoteca Saint Vin Saint?…), e não deu outra. Era
isso mesmo, show!
O
vinho deverá entrar para comercialização em outubro segundo o site
do Marco Danielle. sugiro uma visita ao site do Tormentas, há coisas bem
interessantes lá, inclusive depoimentos de pessoas de respeito no mercado.
Recomendo
É sempre a mesma ladainha: O Dani-Elle lança um produto, manda uma
garrafa para seu apaixonado crítico que, com seu grande conhecimento e total
isenção, recomenda o vinho.
Pergunto: Com o modelo de crítica, acima, é possível pensar que, um dia, nosso
mundo vinícola sairá da mediocridade?
Respostas serão bem vindas.
Dionísio