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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

ÁGUA E VINHO 2


Intrigado e curioso, com o “experimento” do blogueiro italiano, resolvi repeti-lo durante um almoço na sexta feira 26.

Queria aprofundar e alargar o teste aumentando o número de “provadores” e, para tanto, convidei quatro “cobaias”: Duas “cobaias” com conhecimentos acima da média e duas nem tanto assim.

Na quinta feira resolvi procurar o “vinho-teste” nas gondolas do Carrefour


Após momentos de incertezas e dúvidas decidi comprar um dos vinhos que mais detesto: Carmenere Chileno 2018 “Tronos Reserva” (considero o Carmenere, especialmente chileno, uma “tremenda bosta”).

Bela etiqueta, 13º, R$ 42, 00…. Perfeito.

Na sexta, antes da chegada das “cobaias”, abri a garrafa e, imitando Jesus, transformei uma taça de água mineral em vinho.

Provei o Carmenere original e, como de costume, detestei.


Em seguida experimentei o vinho batizado.

 Minha impressão: A cor lembrava um belo Pinot Noir, o aroma agradável, o paladar, bem melhor do que o original, recordava um comum e honesto Bardolino ou Valpolicella.

Contente com minha “alquimia” continuei bebendo com prazer meu “Carmelino” (Carmenere/Bardolino) e quando me dei conta já havia “detonado” quase meia garrafa.

Parei.

As “cobaias” chegaram em horários diferentes, provaram meu “Carmelino” sem serem influenciados e todos opinaram sem saber o julgamento um dos outros.

O resultado?

Risível, como sempre acontece quando a degustação é às cegas.


É preciso esclarecer que duas “cobaias” possuíam larga experiência e bom conhecimento vinícola e as outras...... nem tanto.

“..... É italiano! Um Pelaverga ou um Gamba di Pernice.

“..... Acho que é um Cabernet Sauvignon ou um Merlot”

“..... Barbaresco (assim mesmo: curto, grosso e decidido)

“..... Piemontês…Talvez um Barbaresco.

Em nenhum momento, assim como aconteceu com os sommeliers italianos, foi percebida a adição da água e a casta, Carmenere chilena, foi solenemente “esnobada” e nem lembrada.

Ultimas considerações: A garrafa de “Carmelino” secou em poucos minutos.

 Confundir um “Carmenere” aguado com um Barbaresco é o fim da picada.

 O mundo do vinho é difícil, estranho e cheio de surpresas


Quem quiser dar boas risadas, repita o teste

Bacco







7 comentários:

  1. A cobaia que chutou que era CS ou Merlot não estava tão longe...

    Acrescentar água mineral melhora tanto assim o vinho? Vais dar idéia para os produtores nacionais... rsrsrs

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  2. Quanto de água no batismo?

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  3. Quer dizer se eu comprar um vinho Gatão e adicionar água ele vira um Don Melchor? Beleza!

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    Respostas
    1. Por que? Você quer estragar o Gatão???

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    2. Você quer um Don Melchor ou não? Entrego a fórmula original e teima com o Gatão...

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  4. Para conseguir um Don Melchor recomendamos: TSA, chips de carvalho, osmose inversa, adição de mosto retificado, taninos enológicos, ácido láctico, PVPP, tartarato neutro de potássio, microfiltração tangencial, metabissulfito de potássio, goma arábica, Cloridrato de tiamina, caseína , dióxido de silício, bentonita. Tente com os ingredientes sugeridos caso não consiga reproduzir a mesma merda da Concha y Toro, nos peça uma nova fórmula

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