Recebo, de um atento seguidor
de B&B, uma mensagem que, para variar, cansa minha beleza.
A WinumDay, desconhecida loja
de Caxias do Sul, elogia e promove um vinho que uma empresa gaúcha (pra
variar...) criou em homenagem à imigração italiana: Arbugeri
1885
Nome estranho, todavia, é
merecida a homenagem, mas há, nela, um festival de cagadas.
1ª
cagada: O Arbugeri 1885 é “....um vinho elaborado com muito carinho e
dedicação pelo enólogo Eduardo Arbugeri em homenagem aos imigrantes italianos”.
O nosso enólogo homenageia os
imigrantes da Bota vinificando o Arburgeri 1885 com as “italianíssimas” castas Petit Verdot
e Alicante
Bouschet.
Mas voltemos ao Arbugeri 1885
Quem canta e decanta o Arbugeri
é, assim parece, um peso pesado da “sommerderie” nacional: Thiago
Borne.
O currículo de Thiago
impressiona (os eno-tontos?): Sommelier Internacional FISAR, Juiz Internacional para Qualificação de Vinhos IWTO/FISAR, WSET 3.
O
profissional gaúcho nao economiza elogios ao 1885
Nosso sommelier WSET 3 continua sua apologia enológica e afirma
que o Arburgeri 1885, vinificado em 2008 (será?) Permaneceu mofando na adega
durante 7 longos anos (será?).
Não há controle algum, no nosso
Brasil vinícola e nossos Thiago poderia afirmar que as garrafas permaneceram 7 horas,
8 dias, 29 anos ou que estão mofando na adega desde 1885 sem que ninguém e
jamais possa contradizê-lo.
Não há controle, então ....
Falou, tá falado.
Já estou cansado de ser
sodomizado pelos produtores nacionais e vou, desde já, afirmando que não
pretendo comprar e muito menos beber o 1885.
Devo, porém, tirar o chapéu ao
nosso Thiago 1885 que invade o picadeiro, onde
comediantes pesos pesados de nossa “sommerderie”, apresentam suas palhaçadas.
Thiago1885 entra de sola no picadeiro e dá sinais que não
chegou para ser coadjuvante: pretende ser um dos palhaços mais importante do
circo.
Beato “aberração de tão bom” Salu, Didu Bilu Teteia & Cia., tomem cuidado..... Thiago 1885 chegou para ficar.
Leiam o comentário, do Thiago 1885, que vai, desde o sublime ato da
abertura da garrafa, até o magico momento da degustação.
“...Estava realmente muito ansioso para matar minha curiosidade
sobre o que este vinho iria revelar na taça. Depois de uma breve luta para a
retirada da cera, saquei a rolha e verti o precioso líquido na taça. Os
primeiros adjetivos que vieram foram: duro, forte, mastigável - uma bordoada nos sentidos! Abro o armário e pego outro
equipamento de trabalho: o decanter. Enquanto o vinho respira por 30 minutos
(se você tiver paciência, sugiro deixar pelo menos 45 minutos), vou, a
minúsculos goles, esvaziando a primeira servida da taça e percebendo o que
viria da jarra.
Finalmente servi a segunda taça, e aqui estão as impressões: temos no olfato aromas de grande intensidade e complexidade que começam com frutas negras maduras e em compota (groselha e ameixa), passando para frutos secos (figo), tabaco, sous bois, cogumelos, chocolate amargo, baunilha, cacau, café e finalizando com notas defumadas. Em boca é potente e encorpado, tem taninos firmes e maduros completados por uma acidez gastronômica. Seu sabor acompanha toda a complexidade da paleta olfativa.
Magistral !
Finalmente servi a segunda taça, e aqui estão as impressões: temos no olfato aromas de grande intensidade e complexidade que começam com frutas negras maduras e em compota (groselha e ameixa), passando para frutos secos (figo), tabaco, sous bois, cogumelos, chocolate amargo, baunilha, cacau, café e finalizando com notas defumadas. Em boca é potente e encorpado, tem taninos firmes e maduros completados por uma acidez gastronômica. Seu sabor acompanha toda a complexidade da paleta olfativa.
Magistral !
Juro que ao ler o trecho em que
Thiago o percebeu “…duro, forte, mastigável”, experimentei uma tênue excitação; afinal não é
todo dia que o encontramos duro, forte e mastigável....
Quando terminei a leitura (meia
hora depois de tê-la iniciada) dos 12 aromas, que Thiago 1885 encontra em uma
simples taça de vinho, pensei na bosta do meu nariz que, coitado, mal consegue
distinguir um ou dois odores e sempre inventa o terceiro.
Mas, a vida é assim…injusta.
Ao Thiago 1885 meus parabéns e
desejo um enorme sucesso para o seu “…duro, forte, mastigável”
Dionísio
Depois disso, veja o que vem por aí. Gran Reserva Merlot Anima da Bueno Wines, pela bagatela de 529 reais.
ResponderExcluirSe o dolar americano for para R$ 20.00 seriam somente USD 26.00. Nem tao caro.
ExcluirJá vimos e a matéria está no forno
ResponderExcluirO Anima da Bueno custa exatos R$ 529,99! Que der 530 reais ainda leva um centavo de troco
ResponderExcluirO Fulvia já perdeu o seu posto:
ResponderExcluirhttp://www.saintvinsaint.com.br/produtos/?busca=serena
I N A C R E D Í T A V E L !!!!!!!!R$ 499. PQP
ResponderExcluirInacreditável mesmo! Eu provei este vinho, sem saber quanto custava. Depois, ao ver o preço, me assustei. Bem, cada um cobra o que quiser pelo que vende. Só resta saber se vai ter gente para comprar.
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