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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

DE VOLTA PRO MEU ACONCHEGO....


Depois de faturar algum no cerrado do Planalto Central e mais precisamente em Cocalzinho de Goiás, onde nosso longilíneo escalador de cruzeiros medievais “descobriu” o mais novo eno-embuste vinícola nacional, o famoso “Beato-Salu-Aberração-de-Tao-Bom” retorna para seu terreiro
e.….“Estou de volta pro meu aconchego trazendo na mala alguma graninha....”

 

Nossa “aberração de tão bom” deixa o “terroir” dos cupins e volta, revigorado, ao seu habitat para pilotar mais uma “aberração”, agora, em São Paulo e Rio de Janeiro, dirigida aos eno-endinheirados-abestados: “ 20 Anos do Almaviva”.

Dia 28 de Agosto, 35 eno-abestados no “Fasano Mare” e dia 1º de setembro, 70 eno-tontos no “Fasano São Paulo”, serão convidados a abrir a carteira e despejar, nos caixas da empresa, nada desprezíveis R$ 3.190 (cada) para poder apreciar 20 safras do “emblemático” vinho chileno “Almaviva”.


A Concha Y Toro é especialista em vinhos “emblemáticos”.

 No distante 1987 o recém-nascido “Don Melchor” começava a ser preparado para galgar os mais altos degraus da eno-crítica mundial.

O enólogo Enrique Tirado e uma boa grana da vinícola chilena, conseguiam arrancar 96 pontos para o “Don Melchor” da coretí$$ima Wine Speculeitor.

A Concha Y Toro é freguesa habitual da revista americana e quase todos os anos compra uma pontuação que garanta a inclusão de seus vinhos nos “Top 100”.

 

Não entendi bem, mas a vinícola chilena, nos últimos tempos, está muito mais interessada em alavancar a etiqueta “Marques de Casa Concha” do que “Dom Melchor” e “Almaviva”:  “Marques de Casa e Concha” aparece com mais frequência  e em melhor colocação  do que a “Don Melchor” e “Almaviva” nas “ Top 100 List”.

Não sei qual a atual tabela de preços da Wine Speculaitor, mas você ainda acredita que a revista não cobra para inserir os vinhos em sua lista anual?

Se você acredita, está bem próximo da total eno-estultice, potencial consumidor do vinho produzido em Cocalzinho e mais que apto a desembolsar R$ 3.190 para jantar nos “Fasano” e se deliciar com o “Almaviva”

 

Não sei se o preço salgado inclui um show onde será possível apreciar os dotes acrobáticos do Beato Salu escalando uma réplica do cruzeiro medieval da Borgonha, mas......O show deve continuar....

 

Só para lembrar: Bacco, nos links abaixo, relata e descreve o jantar no
“La Ciau Del Tonavento” (uma estrela Michelin) regado a Dom Pérignon que custou 190 Euros.
 

No “Fasano” o jantar com “Almaviva” custará Euros 680.

Parabéns aos eno-abastados-abestados que fizeram reservas e ...... vocês merecem.

 

Dionísio

7 comentários:

  1. Infelizmente, esse não é um caso isolado:

    https://revistaadega.uol.com.br/artigo/international-tasting_11274.html


    Uma pena que aqui no Brasil há quem alimente essas degustações megalomaníacas.

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  2. Brasileiro , quando o assunto é vinho, adora ser roubado

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  3. Se vocês tiverem paciência e estômago, leiam isso:

    http://www.saintvinsaint.com.br/2018/09/vinhos-naturais-vinhos-probioticos/

    Ela consegue até diferenciar o ácido ascórbico da vitamina C, dizendo que o ácido ascórbico é a Vitamina C sintetizada artificialmente. A fórmula deve ser diferente, segundo os naturebas.

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    1. Esta mulher é abstémia e presidente da Alcoólicos Anônimos . Quem lê o que ela escreve nunca mais toma um copo de vinho

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  4. Não dá mesmo para acreditar nos tais críticos de vinhos. Vejam os pares de comentários de um famoso em Portugal, sobre vinhos diferentes, em dias diferentes. Muda só um pouquinho de um para outro. Deve ter um banco de comentários.

    http://blog.w-anibal.com/?p=7893
    http://blog.w-anibal.com/?p=7890

    http://blog.w-anibal.com/?p=7932
    http://blog.w-anibal.com/?p=7929

    Nem olhei outros posts, mas isso deve se repetir. E o crítico recebe vinhos dos produtores para provar e fazer um quia bem conhecido. Mas ele é bonzinho e diz que a entrada dos vinhos no guia dele é gratuita. Bom negócio.


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  5. Picaretas não são uma exclusividade nacional. Acreditar na total imparcialidade e isenção de guias revistas , críticos etc. que vivem do vinho é acreditar na honestidade do Maluf

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