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terça-feira, 14 de agosto de 2018

O PROTECIONISMO


 


Os militares, em sua sanha nacionalista, “inventaram”, em 21 anos de poder, nada menos do que 47 empresas estatais (o PT não ficou para trás e, em seus 13 anos de desmandos, fundou outras 41 estatais).
 
 

Os milicos, não satisfeitos com o estado inchado, inauguraram uma era de protecionismo que dura até hoje.

Pois bem, deu no que deu: estamos na merda e não sabemos como sair dela.

Enquanto o mundo se mobiliza, tenta encontrar novos caminhos para fugir das Trump-armadilhas, nós, a nona economia do planeta, participamos com pouco mais de 1% nas exportações mundiais e somos uma das economias mais fechadas do planeta.

Abrir a economia?

Nem pensar!
 

Reduzir tarifas de importação?

Tá doido....

Há, todavia, uma luz no fundo do poço: O Mercosul e a União Europeia estão discutindo e quase chegando a um acordo que poderá ser ótimo para os dois grupos.

Maior importação, acesso a bens e serviço com preços menores e uma maior concorrência, resultaria, dizem, em uma melhor eficiência e produtividade.

Vai dar certo? 

Lembro que tive, há alguns meses, no Facebook, acalorada discussão com o Diego Arrebola.

Questionei se o Diego havia recebido alguma grana da Perini e Salton para elogiar dois vinhos das vinícolas citadas.

Para que…levei porrada homéricas dos fiéis seguidores do nosso campeão.

 
 Arrebola, depois do vendaval, encerrou o assunto com esta frase lapidar:

“....  O mundo do vinho no Brasil, lentamente, está mudando, sim! E você gostando, ou não, profissionais como a xxxxxxxxx, a xxxxxxx e eu somos parte dessa mudança. O primeiro aspecto dessa mudança, é que não aceitamos mais donos da verdade, pq vinho é bebida e prazer, não religião. Mais uma vez, com sua postura obtusa, você se coloca no mesmíssimo nível dos enotontos que tanto critica”

Concordo!

Posso ser obtuso, mas sou coerente: não mudo minha linha de pensamento e minhas convicções por alguns $$.

Nunca ouvi crítico, sommelier, revista, formador de opinião etc. se revoltar e abrir o verbo para criticar os preços abusivos dos vinhos nacionais.

 Há, isto sim, uma panelinha, muito bem orquestrada sempre disposta a lamber as botas dos produtores e importadores em troca de algumas migalhas e pequenos favores.

 
  Nossos eno-líderes, do alto de seus pedestais (de barro?), elogiam e nos aconselham vinhos que eles bebem somente de graça em degustações e bocas-livres patrocinadas pelos predadores nacionais.

O mais recente e emblemático exemplo de desonestidade intelectual foi protagonizado pelo Beato-Salu-Espaguete que considera “uma aberração de tão bom” um vinho de Cocalzinho.

 
Grande sommelier, que já falou tantas besteiras, continua idolatrado até nas páginas amarelas (de vergonha?) da Veja.

É sempre bom lembrar que a “aberração de tão bom” em 2013 custava R$ 65 e hoje não sai por menos de R$ 175.

Para se ter uma ideia da picaretagem, saibam que o Carrefour está vendendo “Hermitage” e “Côte Rôtie” por R$ 199.

Querem vomitar mais um pouco?

Leiam

Nosso ministro penaliza todos os enófilos brasileiros para, segundo ele, preservar os empregos de um setor que não preserva nossos bolsos.

O número de vinícolas, espalhadas pelo Brasil, não chega a 1.300 (na Itália são mais de 300 mil).

 Nossos jurássicos viticultores teimam em vinificar 80% da produção nacional com uvas não viníferas e nosso ministro nos condena a continuar bebendo Sangue de Boi, Mioranza, Cantina da Serra, Goes, Dom Bosco, Galiotto, Chapinha e outra porcarias.
 

Graças ao protecionismo, que ajuda alguns e ferra milhões, vamos continuar pagando horrores por vinhos “Aberração de tão bosta”

Meu muito obrigado ao ministro e a todos os nossos incorruptíveis formadores de opinião.

O Arrebola tem razão: O mundo do vinho no Brasil está mudando…para pior, bem pior.

Dionísio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

9 comentários:

  1. Duas dúvidas: Por que ''Beato-Salu-Espaguete''? Tem algum texto explicativo, ou legenda para eu me orientar.
    Outra, ''Arrebola,'' respondeu ''você se coloca no mesmíssimo nível dos enotontos que tanto critica” - Ou seja ele concordou que os caras que xinga aqui são ENOTONTOS como ele tambem acha?

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  2. 1) Se você olhar bem para nosso "aberração" notará que o Beato deve medir 1,90 e pesar 68 kg. Comprido + magro = espaguete . Eu sou eno-tonto , ele é eno-tonto, o Blairo Maggi é eno-tonto....somos todos.

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  3. Se o vinho brasileiro é tão bom, por que temer a concorrência?

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  4. E bom para o bolso deles

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  5. Boas questões aqui. O comportamento de produtores e importadores nacionais deveria ser analisado por psicólogos infantis. Podem aumentar os preços à vontade. As pessoas vão beber cerveja artesanal e comprar vinhos argentinos descaminhados no Mercado Livre. Ninguém está interessado na Valduga ou na Mistral, a não ser eles próprios. Aumento de margem sem que exista clientela ou mercado consumidor, só no Brasil, mesmo. Aí pensam que não sei quem Beato pode influenciar. É muita lisergia... já imagino o wine-searcher com a informação: BEATO: aberração de tão bom.

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    1. Exato. Nós repetimos a mesma coisa há anos, mas somos poucos e os
      lambe-botas, muitos

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    2. Aumento de margem sem que exista clientela ou mercado consumidor, só no Brasil, mesmo.

      Realmente... parecemos tao trouxas que tudo parece um sonho... Mas calma que nao fica nisso, voce pode usar esse pensamento em politica, em imoveis, em servicos... qualquer coisa. Pouca coisa faz sentido no bananal.



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  6. tecnicamente, a Argentina tem muito mais a perder do que o Brasil, abrindo o mercado... mas toparam

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    1. Eduardo, a argentina precisa abrir tudo que puder para sangrar logo (inclusive as pessoas) e tentar voltar a ser o que era em 1960. Eles estao mal em tudo... em gente tambem. Argentino se aproxima demais do homo bananus em idiotice e ignorancia.

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